Boletim Paroquial Folha (In)Formativa Ano 2022|Nº5|24 a 30 de janeiro de 2022 ANO PASTORAL 2021+22 ONDE HÁ AMOR, NASCEM GESTOS «Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho» Lucas 10, 34 III DOMINGO DO TEMPO COMUM (C) «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura.» Lc 1, 1-4; 4, 14-21 A liturgia deste domingo coloca no centro da nossa reflexão a Palavra de Deus: ela é, verdadeiramente, o centro à volta do qual se constrói a experiência cristã. Essa Palavra não é uma doutrina abstrata, para deleite dos intelectuais; mas é, primordialmente, um anúncio libertador que Deus dirige a todos os homens e que incarna em Jesus e nos cristãos. Na primeira leitura (Ne 8,2-4a.5-6.8-10) , exemplifica-se como a Palavra deve estar no centro da vida comunitária e como ela, uma vez proclamada, é geradora de alegria e de festa. A segunda leitura (1Cor 12, 12-30) apresenta a comunidade gerada e alimentada pela Palavra libertadora de Deus: é uma família de irmãos, onde os dons de Deus são repartidos e postos ao serviço do bem comum, numa verdadeira comunhão e solidariedade. No Evangelho (Lc 1, 1-4; 4, 14-21) , apresenta-se Cristo como a Palavra que se faz pessoa no meio dos homens, a fim de levar a libertação e a esperança às vítimas da opressão, do sofrimento e da miséria. Sugere-se, também, que a comunidade de Jesus é a comunidade que anuncia ao mundo essa Palavra libertadora. Intenções das Eucaristias 2 > Quinta-feira [27]: Não há Eucaristia > Sábado [29] às 17h00: Eucaristia Quitéria de Sousa e pais; Artur Matos Lobo, esposa, filho, genros e nora | Filhos; Margarida Almeida de Sousa (aniversário de falecimento) e família; Luís Oliveira, esposa e filha | Filhos; David Manuel Castro e família; Emílio Ferreira Oliveira Machado e pais; > IV Domingo [30] do Tempo Comum | C ... 09h00: Eucaristia Rodrigo Carvalho de Andrade e Laurinda de Freitas; Manuel Ferreira; Margarida Mendes, Albertina Amália e marido | Sobrinha Natália Neto; DOMINGO DA PALAVRA DE DEUS (23 de janeiro de 2022) O Papa Francisco instituiu um dia dedicado à valorização da Sagrada Escritura no calendário litúrgico católico. Numa carta apostólica conhecida como “motu proprio”, com o título “Aperuit illis”, que significa “Abriu-lhes”, Francisco diz que “a dedicação de um domingo do Ano Litúrgico particularmente à Palavra de Deus permite, antes de mais nada, fazer a Igreja reviver o gesto do Ressuscitado que abre, também para nós, o tesouro da sua Palavra, para podermos ser no mundo arautos desta riqueza inexaurível.” O dia escolhido é o III Domingo do Tempo Comum, que costuma coincidir com o final do oitavário da oração pela unidade dos cristãos, um período de reforçada atividade ecuménica. Francisco insiste que essa escolha não é “mera coincidência”, uma vez que “a Sagrada Escritura indica, a quantos se colocam à sua escuta, o caminho a seguir para se chegar a uma unidade autêntica e sólida”. Em 2022 o III Domingo do Tempo Comum calha a 23 de janeiro. CARTÓRIO PAROQUIAL Em São Mateus - Quinta-feira, dia 27, não há cartório; Em Riba de Ave - Sábado, dia 29, das 10h00 às 12h00; Agenda da Semana 3 DIREITOS PAROQUIAIS Foram distribuídos uns envelopes para que cada família contribua com a sua oferta (direitos paroquiais). O envelope servirá também para atualizar o ficheiro paroquial. Pedia a cada família que procurasse preencher a frente desse envelope. Obrigado! ESCOLAS DE FAMÍLIAS O Departamento Arquidiocesano da Pastoral Familiar promove, no próximo dia 29 de janeiro , a 3ª Sessão da ESCOLA DE FAMÍLIAS que, desta vez, se realizará no Arciprestado de Barcelos , (Centro Paroquial de Pereira), às 21h00 , nas modalidades presencial e online , pelas plataformas digitais da Arquidiocese. O tema é “E EM CASO DE INFIDELIDADE?”. Depois das duas sessões anteriores, onde se abordaram temas como a educação da fé e como lidar com a autoridade e a liberdade nas relações paternais e filiais, ambas a poder ainda ser visualizadas nos canais: Youtube da Arquidiocese. e Facebook. Pede-se a todos os interessados, que se inscrevam, por favor, no site da Arquidiocese de Braga. PAPA PEDE “REVOLUÇÃO DA TERNURA” PARA DISTINGUIR CASTIGO DE REDENÇÃO O Papa afirmou na passada quarta-feira que só uma “revolução da ternura” pode libertar de uma justiça que não permite que alguém se reerga facilmente e que confunde redenção com castigo. Falando especificamente dos reclusos, Francisco disse que “é justo que quem errou pague pelo próprio erro, mas é ainda mais justo que quem errou possa redimir-se do próprio erro”, e que “não podem existir condenações sem janelas de esperança”. A reflexão integrou a catequese sobre a figura de São José como pai na ternura, em que o líder da Igreja Católica falou sobre a passagem do Evangelho de São Lucas que apresenta a figura do “Pai misericordioso” (Lc 15, 11-32), conhecida tradicionalmente como a parábola do filho pródigo. O pontífice explicou ainda que “Deus não tem medo dos nossos pecados” porque é maior do que eles e porque “Ele é Pai, Ele é amor, Ele é carinhoso”. O Papa Francisco convidou os católicos a encontrarem-se com esta misericórdia de Deus, “especialmente no sacramento da Reconciliação, fazendo uma experiência de verdade e ternura”. ÚLTIMA ... Onde há amor, nascem gestos Jesus Cristo é mais do que palavra escrita; é a Palavra feita carne, que cumpre todas as promessas: “O Espírito do Senhor está sobre mim [...]. Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir”. “Constituirmos um só corpo” O texto da Primeira Carta aos Coríntios, neste Terceiro Domingo (Ano C), serve-se do corpo humano para desenvolver a reflexão sobre a forma como nos integramos na comunidade (paroquial), em particular, e na Igreja, em geral. O Espírito Santo, o protagonista de toda a ação eclesial, conserva a unidade, sem abafar a diversidade (cf. Episódios anteriores). A analogia somática concretiza a harmonia na diversidade, porque os diversos membros, diferentes entre si, completam-se e constituem-se como um só corpo: “todos nós [...] fomos batizados num só Espírito para constituirmos um só corpo e a todos nos foi dado a beber um só Espírito”. A comunidade é composta por uma pluralidade de membros e de ideias, de modos de ser e de pensar idênticos e distintos, assim como o corpo é composto por muitos membros, sendo que todos são necessários em complementaridade mútua. Quando cada um dos membros percebe a unidade na diversidade, isso ajuda a fomentar a humildade e a mútua necessidade. Todos diferentes, ao mesmo tempo, todos necessários. Isto permite abordar um aspeto muito delicado: a tentação da autossuficiência por parte daqueles que pretendem prescindir dos outros. A autorreferencialidade gera indiferença, potencia a divisão. Ao contrário, sentir-se parte do mesmo corpo é perceber que todos os membros estão dispostos de modo interdependente, que cada um beneficia das qualidades e das ideias dos outros. É um ato de suprema inteligência escutar o irmão, estar atento a novos pontos de vista. É a capacidade de ir ao encontro do outro, aquele encontro que surge do reconhecimento de que estamos unidos, ligados a um bem maior. As distintas funções que constituem a harmonia de um só corpo conduzem-nos hoje à dinâmica da escuta da palavra de Deus e da escuta dos outros membros. Primeiro, a escuta da palavra divina, pois o protagonista é sempre o Espírito Santo. Hoje é o Domingo da Palavra de Deus! Depois, a escuta dos outros membros do corpo, de modo a estabelecer a saudável harmonia entre todos os membros do corpo. Discernimento O discernimento é o modo mais adequado para a escuta da palavra de Deus, a fim de permitir que o Espírito Santo ilumine a nossa vida. Queira Deus que o processo sinodal nos exercite na arte do discernimento pessoal e comunitário. É uma graça de Deus. Mas requer o nosso compromisso, pela oração e pelo diálogo. Escutamo-nos uns aos outros, de modo a perceber a vontade divina: “escuta de Deus até ouvir com Ele o grito do povo; escuta do povo, até respirar nele a vontade a que Deus nos chama” (Papa Francisco). Trata-se de fazer do discernimento um estilo de vida que aumenta a harmonia, como se requer dos membros do Corpo de Cristo. O discernimento ajuda a construir comunidades repletas de grandiosos e saborosos frutos.