V DOMINGO DA PÁSCOA – ANO A EUCOLOGIA Orações próprias do V Domingo da Páscoa (Missal Romano, p. 356). Oração Eucarística V/C com prefácio próprio (Missal Romano, pp. 1169-1173). Bênção solene para o Tempo Pascal (Missal Romano, p. 558). ACOLHIMENTO + ACTO PENITENCIAL Somos peregrinos, sedentos de verdade e vida. Perdidos mas reencontrados no abraço do Pai, encontramos em Jesus a imagem mais perfeita do amor… A Palavra de Deus deste V Domingo da Páscoa ressoa em nós com especial vigor. Jesus quer que estejamos com Ele, que acreditemos n’Ele. Só Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Sim, no Evangelho de hoje, Jesus apresenta-Se como o caminho para a vida eterna, a pedra angular que suporta a relação com o Pai. Porque nem sempre andamos pelos caminhos certos, porque nem sempre caminhamos junto de Cristo, peçamos perdão... Confesso a Deus todo-poderoso... •Senhor, Caminho para o Pai, tende piedade de nós! •Cristo, Verdade que liberta, tende piedade de nós! •Senhor, Vida em abundância, tende piedade de nós! ORAÇÃO PÓS-COMUNHÃO Entre os dias 10 e 17 de maio, a Igreja, que está em Portugal, celebra a Semana da Vida, um desafio proposto [Sacerdote] por São João Paulo II. Este apelo foi feito aquando do encerramento do Sínodo da Europa, em 1991. Na sua Encíclica sobre o valor inviolável da vida humana, intitulada “O Evangelho da Vida” (25.03.1995) o saudoso Papa reiterou este mesmo apelo (EV, n.º 85). Os Bispos portugueses, em resposta ao seu primeiro apelo, decidiram, no Ano Internacional da Família – 1994 – instituir a Semana da Vida, na terceira semana de maio. Esta iniciativa decorre, habitualmente, na semana em que se celebra o Dia Internacional da Família (15 de maio). Assim, durante esta Semana da Vida, rezemos a Maria, e com Ela, esta Oração pela Vida, que nos foi pedida e transmitida por São João Paulo II (EV 50): Ó Maria, aurora do mundo novo, Mãe dos viventes, confiamo-Vos a causa da vida: olhai, Mãe, para o número sem fim de crianças a quem é impedido nascer, de pobres para quem se torna difícil viver, de homens e mulheres vítimas de inumana violência, de idosos e doentes assassinados pela indiferença ou por uma suposta compaixão. Fazei com que todos aqueles que creem no vosso Filho saibam anunciar com desassombro e amor aos homens do nosso tempo o Evangelho da vida. Alcançai-lhes a graça de O acolher como um dom sempre novo, a alegria de O celebrar com gratidão em toda a sua existência, e a coragem para O testemunhar com laboriosa tenacidade, para construírem, juntamente com todos os homens de boa vontade, a civilização da verdade e do amor, para louvor e glória de Deus Criador e amante da vida. Ámen. CREDO BAPTISMAL . Credes em Deus Pai, que Se revela plenamente em Jesus Cristo, Seu Filho? . Credes em Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida? . Credes no Espírito Santo, que faz da Igreja geração eleita e Povo sacerdotal? . Credes na vida eterna, na comunhão plena de vida e amor com o Pai e o Filho e o Espírito Santo? ORAÇÃO UNIVERSAL Caríssimos irmãos: oremos a Deus Pai e, por Seu Filho Jesus Cristo, [Sacerdote] Caminho, Verdade e Vida, peçamos-Lhe todas as graças para a Igreja e para o mundo, dizendo, com alegria: R. Senhor, vós sois o nosso caminho! 1. Pelos pastores e pelos fiéis da santa Igreja, para que sigam Jesus ressuscitado, caminho para o Pai, verdade que ilumina e vida em abundância, oremos. 2. Pelos que prestam algum serviço aos cidadãos, para que o façam com espírito fraterno e estejam atentos às carências dos mais pobres, oremos. 3. Pelos cristãos perturbados e abatidos, para que acreditem em Deus Pai, no seu Reino e nas promessas de vida eterna do Evangelho, oremos. 4. Pelos que andam perturbados pelo medo e pela desconfiança, em relação ao futuro, por causa desta pandemia, para que ponham no Senhor a sua confiança e nEle encontrem força para caminhar, oremos 5. Por todos nós e pelos outros irmãos cristãos, para que o Espírito nos torne pedras vivas deste templo que é a santa Igreja, oremos. Senhor, nosso Deus e nosso Pai, que em vosso Filho nos mostrastes o caminho [Sacerdote] para chegarmos até Vós e em Vós vivermos, dai-nos a graça de sermos pedras vivas do templo santo que é a vossa Igreja. Por Cristo, nosso Senhor. Ámen. HOMILIA O fragmento evangélico de hoje pertence aos discursos da despedida compilados pelo evangelista João no contexto da Última Ceia. Este V Domingo de Páscoa (ano A) lembra que, nós, cristãos, somos chamados a ser “pedras vivas” do “templo espiritual” que é a Igreja de Deus (2.ª leitura), Corpo de Cristo. Esta vitalidade da Igreja exprime-se na diversidade dos ministérios (1.ª leitura) em sintonia com os seus eixos centrais: liturgia (celebrar), catequese (evangelizar), caridade (servir). São três pontos de apoio para que a comunidade cristã seja capaz de renovar a esperança (salmo) e reavivar nos seus membros a fé em Jesus Cristo, “o caminho, a verdade e a vida” (Evangelho). Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Reflitamos sobre as palavras de Jesus a Tomé: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” e “o que me viu, viu o Pai”! … Jesus é o único caminho certo, é o caminho justo da vida cristã. Sim, os cristãos são peregrinos. A vida da fé é um caminho… O discípulo segue Cristo: a. CAMINHO – ser cristão não é cumprir regras mas comprometer-se com uma pessoa; não é servir uma organização mas dar vida a um corpo. b. VERDADE – em Cristo descobre a sua dimensão, a sua vocação, percebe a sua grandeza e vê a diferença... c. VIDA – só Cristo é capaz de preencher até ao fim e ao fundo o espaço do coração humano; só Ele dá a força e a alegria de viver, não obstante tantos limites e impedimentos externos. Quem segue Jesus, entra no coração de Cristo. Entra nas suas preocupações e participa da sua solicitude pelo seu rebanho, «quem acredita nele, realiza, faz as suas obras»... «Aproximemo-nos do Senhor»... implica «entrar na construção». Cristo chama-nos não somente a caminhar com Ele nesta peregrinação da vida, Ele envia-nos em seu lugar, para sermos suas testemunhas no mundo junto dos que andam à procura do Caminho, da Verdade e da Vida… envia-nos para servir…e, este serviço em Igreja deve ser humilde, sem protagonismo, sem protesto... como Maria, a Mãe. Meditemos, ainda, sobre diálogo de Jesus com os discípulos. Ele dá-se à mesa, ainda, na ceia (cf. Jo 14,1- 6). Jesus está triste e todos estão tristes: Jesus disse que seria traído por um deles (cf. Jo 13,21) e todos percebem que algo de ruim aconteceria. Jesus começa a consolar os seus: porque um dos ofícios, “dos trabalhos” do Senhor é consolar. O Senhor consola os seus discípulos e aqui vemos como é o modo de consolar de Jesus (“Não se perturbe o vosso coração”..). E, como é que o Senhor consola? É importante saber isso, porque também nós, quando na nossa vida devemos passar momentos de tristeza, aprendamos a perceber qual é a verdadeira consolação do Senhor. Nesta passagem do Evangelho vemos que o Senhor consola sempre na proximidade, com a verdade e na esperança. São estes os três traços da consolação do Senhor. Deixemo-nos tocar pela consolação do Senhor, ela não engana. Ela é próxima, é verdadeira e nos abre as portas da esperança. *** No Evangelho deste Domingo Jesus fala de moradas. Mas as moradas de que Ele fala não se referem nem aos apartamentos nem às vivendas em que vivemos e que estamos habituados a ver. Jesus fala da «casa» de Seu Pai, das «muitas moradas» que lá há, e fala em preparar «um lugar». No princípio, tal como os discípulos, poderíamos pensar nestas moradas como um local físico, um destino ao qual poderíamos chegar se conhecêssemos «o caminho». No entanto, Jesus leva-nos a um conhecimento mais profundo daquilo a que se refere quando revela onde Ele e o Pai moram: cada um d’Eles mora no outro. Uma das surpresas deste Evangelho é exactamente essa: o domicílio de Jesus não é um espaço, mas uma relação: «Eu estou no Pai e o Pai está em Mim». O caminho para este domicílio é Jesus, que nos leva até ao coração de Deus. E o Evangelho desafia-nos a entrar numa relação profunda com Jesus, o que significa que, em última instância, devemos também entrar em relação com o Pai. De facto, embora proclamemos em muitos funerais, este texto evangélico é um autêntico e agradável roteiro, traçado para toda a vida. É enternecedor o diálogo de Jesus com Tomé (na 1.ª parte), que exemplifica o nosso lado cético e muitas das nossas dúvidas. Jesus tenta aligeirar a angústia dos seus amigos, reduzir a sua ansiedade e as suas vacilações. E notemos, a receita conta o medo é a mesma de sempre: a fé. Quem escolhe Jesus como Caminho, Verdade e Vida, viverá o Evangelho com paixão e intensidade, e experimentará antecipadamente que nem a tristeza da morte o poderá separar da sua amizade… Por isso, se, a partir da fé, não damos ao Senhor uma resposta totalizante…acontecer-nos-á como a Filipe (2ª parte do Evangelho): tanto tempo, para nada! Em sentido profundo, conhecimento e fé andam de mãos dadas. Ambos exigem uma confiança sem reservas. Na 2.ª leitura, S. Pedro, tal como S. João, fala do nosso relacionamento íntimo com Deus em Jesus Cristo, mas usando imagens diferentes. Deus não mora numa casa de pedra mas numa casa espiritual feita de «pedras vivas». E nós somos essa casa espiritual, essas «pedras vivas»: também fomos escolhidos e somos preciosos «aos olhos de Deus». Toda a acção religiosa tem como objectivo a união com Deus. E o grande anúncio do cristianismo é que Deus realiza este objectivo ao vir ao nosso encontro em Cristo e ao fazer-nos ir até Ele também em Cristo: «Ninguém vai ao Pai senão por Mim». Jesus identifica-se com o Pai e convida-nos a invocar o Seu nome, a rezar e a confiar, embora no contexto do quebra-cabeças da fé, e nós temos dificuldade em manter um avisão de conjunto. O caminho de Jesus está cheio de consolações, de glória e também de cruzes, mas sempre com a paz na alma. Perguntemo-nos como é o nosso caminhar, como vai o nosso caminho que iniciamos no Baptismo? Esta é a nossa pergunta do dia, façamo-la, nuns momentos. Como sou/estamos neste caminho cristão? Parados, enganados, sempre às voltas, detendo-nos diante das coisas que nos agradam, ou seguindo Jesus: “Eu sou o caminho”? E peçamos ao Espírito Santo que nos ensine a caminhar bem, sempre! E quando nos cansarmos, façamos uma pequena pausa e avante. Peçamos esta graça. À medida que o ano litúrgico se encaminha para o Pentecostes, somos cada vez mais desafiados a encontrar Jesus ressuscitado. E encontrámo-l’O na nossa vida quotidiana quando fazemos as Suas obras e quando O reconhecemos em cada ser humano. O desafio prático da nossa condição de baptizados consiste não só em nos fazer mergulhar na relação com o Deus Uno e Trino, mas também em mergulharmos na relação com cada um dos nossos irmãos. Jesus ressuscitado é o caminho que nos leva ao coração de Deus, ao coração do irmão, ao coração de todos os que são reflexos do Criador. Jesus é o Verdadeiro Caminho para termos Vida. Semana da Vida: O tema deste ano lembra-nos que a fragilidade humaniza a vida. É uma consciência que se agravou, com a experiência desta pandemia provocada pelo coronavírus. Disse o Papa Francisco: “Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados, mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento” (Homilia, 27.03.2020). *** PAI-NOSSO: Quem me vê, vê o Pai! Jesus permite-nos entrar na intimidade com o Pai e permite-nos a ousadia de rezar... Livrai-nos, Senhor, de todo o mal; e de todo o egoísmo, que nos isola no nosso pequeno mundo; livrai-nos do orgulho que despreza os outros, até ao ponto de sermos injustos para com eles. Dai-nos sentimentos de respeito, de compreensão, de estima e amizade para com todos, enquanto esperamos a vinda gloriosa de Jesus Cristo, nosso único Salvador Senhor Jesus Cristo, Vós traçais para os Vossos discípulos os caminhos que os levam ao Pai, para O louvarem; e aos homens, para os amarem, servirem e viverem na Vossa paz. Mostrai-nos o Vosso rosto, e poderemos reunir-nos à Vossa volta, como pedras vivas da Vossa Igreja, como é da Vossa vontade. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo. MOMENTO PÓS FRACÇÃO DO PÃO Uma vez que não podemos comungar sacramentalmente através da Pão consagrado da Eucaristia, façamos a nossa comunhão espiritual, nesta oração: ENVIO MISSIONÁRIO (Depois da bênção final, seguir-se-á um envio missionário mais desenvolvido.) Ide, Deus Pai vos anima e fortalece com o dom do Espírito Santo. R/ Ámen. Ide, Jesus Cristo é vosso caminho, a vossa vida e vossa verdade. R/ Ámen. Ide, o Espírito Santo habita em vós e vos dá capacidade para fazerdes boas obras. R/ Ámen. AVISOS Semana da Vida: Catequese digital: A Catequese da Infância (2.ª a sábado) e Catequese da Adolescência (4.ª feira) + a Catequese com o Bispo Nuno (ao sábado à tarde) … participem (#catequesemcasa) A terminar, lembro o convite a celebrar Maria em casa no mês de Maio, com a assinatura do Papa Francisco e do nosso Arcebispo (que sugere um terço de flores em cada casa)… Sim, o Mês de Maio, Mês de Maria: oração do Terço, todos os dias, às 21h. Transmissão pelo Facebook…. Continuemos Unidos em Oração… Admiramos, e bem, os que estão na linha da frente, merecedores de toda a consideração e gratidão pública… Que todos sintam também a Tua bondade e generosidade. DESAFIO FINAL [Sacerdote] “Sede as pedras vivas…” Que espécie de pedras somos nós na construção da nossa Igreja? Pedras que procuram ajustar-se umas às outras, em harmonia com a “Pedra angular”? Ou pedras que se opõem umas às outras e se eliminam mutuamente? Que “Templo espiritual” estamos nós a construir? Cheios de fé e de confiança, em Cristo, nossa esperança, ide em Paz e o Senhor vos acompanhe! Senhor Jesus, hoje queremos acolher no nosso coração a tua palavra e pô-la em prática na nossa vida. À semelhança de tua Mãe, que invocamos como Nossa Senhora de Fátima, ajuda-nos a aceitar com humildade e amor os teus apelos a termos uma vida mais santa, e a servirmos cada um dos nossos irmãos e irmãs com toda a generosidade. Pedimos-Te, Senhor, que aumentes a nossa fé para todos os dias sabermos agradecer algo que vivemos, confiando que de Ti o recebemos e que Tu nos ajudas a viver o que nos dás.
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