ISSN 1982-775X CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTECONOMIA 6° REGIÃO 14oGestão www.crb6.orq.br v. 1 - n. 2 nov. 2008 Sistema CFB/CRBs lança Projeto Mobilizador no MEC Entrevista com Lígia Dumont FRBR Curso de Bibiiotecor: ECI/UFMG Norma, regra, novo código... 40 anos de histor-a Conhecimento e Informação E a qualidade do seu trabalho SophiA Biblioteca O facilitador do seu dia-a-dia Buscamos todos os dias soluções integradas que auxiliem o bibliotecário, não só a organizar seu acervo, mas também a disseminar conhecimento e informação para seus usuários. Valorizamos a importância desse trabalho e, por isso, desenvolvemos uma solução em software sob medida para você. E um sistema de simples operação e, dentre suas funcionalidades, você tem: > Uso dos padrões internacionais Z 3 9 .50, ISO2709 eMARC > Controle de periódicos > Terminal Web completo customizado > Catalogação de materiais distintos » Serviços completos para seus usuários Descubra o que mais o SophiA pode fazer por você. 15 Informações: 0800 55 7074 www.sophia.com.br SophiA T Gestão de bibliotecas Editorial  14a Gestão do CRB - 6a Região tem o prazer de apresentar o n. 2 da Revista CRB-6 Informa, que se consolidou por in termédio da portaria n. 063 datada de 05 de agosto de 2008, e passa a representar um instrumento de divulgação de temas de ISSN 1982-775X interesse da classe bibliotecária, bem como de ações desenvolvidas pelo Conselho Re Conselho Regional de gional de Biblioteconomia da 6a Região - Biblioteconomia Minas Gerais em prol da categoria. 6a Região - CRB-6 Este número contou com a colaboração dos dois cursos de Biblioteconomia do es Av. Afonso Pena, 867 - salas I . I 10 a I . I 12 Belo Horizonte/M G - C E P 3 0 130-002 tado, ECI-UFMC e curso de Bibliotecono Telefones: (3 I) 3222-4087/3224-8355 mia de Formiga - UNIFOR-MG, na dispo- CRB-6 - 14aGestão nibilização de artigos de seus professores, bem como informações, entrevistas e depoimentos. Estas parcerias terão continuidade e pretendem fortalecer os elos Presidente: Sônia Miranda de Oliveira (CRB-6/13 8 1) entre a academia e os profissionais por intermédio de seu órgão fiscalizador - o Vice-Presidente: Denise Aparecida! Ramos (CRB-6/1000) CRB-6. Tesoureira: Consuelo Lara (CRB-6/881) Destacam-se neste número os artigos sobre o FRBR que apresenta as novas 10 Secretário: Joéfisson S. dos Santos (CRB-6/2130) Exigências Funcionais para Registros Bibliográficos, temática que vem sendo deba 2a Secretária: Rosemeire de Freitas (CRB-6/17 14) tida e propagada em todas as esferas da Biblioteconomia, pois provoca mudanças significativas no processo de catalogação; um artigo sobre a história do curso de COMISSÃO DE TOM ADA DE CONTAS Coordenador: Valter Antônio de Araújo (CRB-6/2168) Biblioteconomia de Formiga, que tem importância reconhecida não só no estado Integrantes: Anália das Graças C. Ponteio (CRB-6/1556) de Minas Gerais bem como nacionalmente e um artigo relatando as ações pro André de Souza Pena (CRB-6/2136) movidas pelo sistema CFB/CRB e a divulgação do "Projeto Mobilizador Biblioteca Escolar: construção de uma rede de informações para o ensino público. Na coluna COMISSÃO DE LICITAÇÃO Entrevista, a diretora da Escola de Ciência da Informação da UFMG, professora Lígia Coordenadora: Tânia Cristina de Oliveira (CRB-6/1747) Dumont, relatou as mudanças por que vem passando a ECI e sobre o novo perfil Integrantes: Maria Angela D. dos Santos (CRB-6/1055) do usuário de bibliotecas e de outros sistemas de informação que, segundo ela, Fernanda Alvarenga de Assis (CRB-6/2220) deve se refletir na formação do bibliotecário. Também é destaque o balanço geral da 14a Gestão do CRB-6 - 2006/2008, com ênfase nos resultados da fiscalização COMISSÃO DE PATRIMÔNIO do Conselho. Coordenadora: Tânia Cristina de Oliveira (CRB-6/1747) Leia ainda sobre a entrega de placas aos professores Mestres dos dois cursos de Integrantes: Anália das Graças G. Ponteio (CRB-6/1556) Biblioteconomia escolhidos por intermédio de enquete feita no site do CRB-6, e Joéfisson Saldanha dos Santos (CRB-6/2130) homenageados durante a Semana do Bibliotecário, dentre outros assuntos. COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO Esperamos que este instrumento se consolide e possa ser aperfeiçoado pela I 5a Coordenadora: Maria Ângela D. dos Santos (CRB-6/1055) Gestão do CRB-6, a qual desejamos sucesso nessa nova empreitada. Integrantes: Rosemeire de Freitas (CRB-6/1714) Sheila Margareth T. Adão (CRB-6/2106) Sum ário COMISSÃO DE ÉTICA E n tre vista Coordenador: André de Souza Pena (CRB-6/2136) Integrantes: Valter Antonio de Araújo (CRB-6/2168) Lígia Maria Moreira Dumont ........................................................................................ 4 Denise Aparecida Teixeira Ramos (CRB-6/1000) A rtig o U N IFO R -M G COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMAS Curso de Biblioteconomia de Formiga: 40 anos de h istó ria....................... 9 Coordenador: Joéfisson S.dos Santos (CRB-6/2130) ntegrantes: Consuelo Lara (CRB-6/881) Homenagem........................................................................................................................... 16 : csemeire de Freitas (CRB-6/17 14) A rtig o ECI/U FM G 3 > .'tS S à 0 DE DIVULGAÇÃO FR B R ............................................................................................................................................. 20 Icodenaòora: Margarita Torres Fonseca (CRB-6/13 6 1) riH s a rte s : Sônia Miranda de Oliveira (CRB-6/1381) D estaque le n e e Aoaredda Teixeira Ramos (CRB-6/1000) Sistema CFB/CRBs ............................................................................................................... 26 Edcor.al: Sônia Miranda de Oliveira C o m un icação Sadanha dos Santos Toma posse a 15a gestão do C R B - 6 ........................................................................... 30 ;Fonseca : lo c a s G. Ponteio Inform es tOfcora 14a Gestão do C R B - 6 ......................................................................................................... 32 rc S_-r>ero: :s I ,e -a CRB-6/1 38 I ) N o tícia s ■ ■ ta A raújo (DRT 666/CE) “O bibliotecário tem que s e r . . . " .................................................................................. 36 ; : r: Zrnes Dias sam olares Teses e D is s e rta ç õ e s ................................................................................................... 38 !— rjáICx " 0 Bibliotecário lida com a informação w em qualquer suporte em que ela se encontre" Ligia Dum ont, d ireto ra d a Eseola d e Ciência d a In form a rã o d a UFM C O zumbido de furadeiras e o ba formação com o de Biblioteconomia cário precisa se reciclar constante ter de ferramentas contrastam com e Gestão da Informação. Não satis mente - como em toda área - pois a os sons característicos das salas de feita com tanta novidade, a Escola tecnologia mudou o fazer de várias aula e laboratórios da Escola de C i prepara-se também para dar início profissões. Nós trabalhamos com a ência de Informação (ECI), no cam ao seu primeiro mestrado profis informação e ela agora está em vá pus Pampulha. Sob o olhar atento sional - Gestão da Informação no rios suportes, não apenas no papel. da diretora da Escola, professora Lí- Ambiente Universitário. Adicionamos "e Gestão da Informa gia Dumont, operários e arquitetos Nesta entrevista exclusiva à re ção" ao nome do curso, exatamen estão transformando a tradicional vista CRB-6 Informa, Ligia Dumont te para mostrar que o nosso pro Biblioteca Etelvina Lima em uma fala sobre as mudanças por que fissional também evoluiu. Porque biblioteca modelo, com paredes de vem passando a ECI e sobre o novo o nome Biblioteconomia remete a vidro e 151 computadores que se perfil do usuário de bibliotecas e livro e a biblioteca, que são coisas rão usados pelos alunos da ECI e de outros sistemas de informação físicas. O médico, por exemplo, pelos usuários. que, segundo ela, deve se refletir na não tem sua definição profissional Mas esta não é a única mudança formação do bibliotecário. ligada à palavra "hospital". A nossa em implantação na ECI. A partir de área tem um nome que gostamos 2009, o curso passará a se chamar Por que o acréscimo ao nome do muito, mas agora ele mostrou esse Biblioteconomia e Gestão da Infor curso? pequeno problema: remete a um mação, com o intuito demonstrar à lugar físico, ao qual a nossa pro sociedade que o bibliotecário tem As novas tecnologias da informa fissão não está restrita. Claro que competência profissional e forma ção evoluíram, o perfil do usuário a instituição Biblioteca ainda é o ção acadêmica para lidar com a in está diferente, e o bibliotecário tem grande depositário da informação, formação em qualquer suporte em que acompanhar estas mudanças. mas não podemos estar presos ao que ela se encontre. Essa é uma grande preocupação no suporte. Queremos que o curso se Também em 2009 tem início o nosso currículo. Não é possível se chame Biblioteconomia e Gestão curso de graduação em Arquivolo- formar, entrar no mercado e não da Informação para mostrar que o gia e, no ano seguinte, o de Muse- acompanhar essas mudanças, que nosso profissional está ligado à in ologia, que terão tronco comum de continuarão a evoluir. O bibliote- formação. C R B-6 7*^>-t-rvw*. - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 A partir de quando se dará essa horária também teria que diminuir cleo fixo da Arquivologia, e os ou mudança? bastante. Isso significaria um curso tros grupos trabalharam fazendo o mais enxuto, de uma formação mais tronco comum dos outros cursos. A partir de 2009, quando co rápida, que atendesse às demandas meçaremos com o novo currículo, da contemporaneidade. Mas, claro, O que há de comum nesse tron no qual serão incluídos automati sem perder os conteúdos que achá- co? camente os alunos que já estão na vamos importantes. Escola. Também em 2009 começa Assim chegamos ao novo cur Esse núcleo tem um pouco das rá o curso de Arquivologia. O de rículo de Biblioteconomia, já com três áreas. E na área específica da Museolologia será implantado em novas características: flexibilizado, Biblioteconomia e Gestão da In 2010 . com formação complementar, fa formação estão as disciplinas que zendo essa interface com os outros considerávamos fundamentais, Quais as diferenças do novo cur cursos da Universidade. algumas com alterações, outras rículo? modernizadas, principalmente no A criação dos-^sjjs cyrsos inter que se refere à área de tecnolo Essa reforma começou a se de feriu na elaboração do fiovo currí gia. Acho que essa é a parte mais linear desde que o Ministério da c u lo ?^ nova, aplicada à área de Biblioteco Educação (MEC) editou as novas nomia. Um exemplo de disciplina diretrizes curriculares, que aten Estávamos trabalhando só com o que foi modernizada está na área dem à Lei de Diretrizes e Bases da de organização e tratamento da Educação (Lei n.° 9.394, de 20 de “ O PERFIL DO informação, onde se coloca cata dezembro de 1996). De acordo logação, classificação, indexação, e com a Secretaria de Educação Su USUÁRIO ESTÁ se introduzem os bancos de dados perior do MEC, as diretrizes curri como modernização. Os bancos de culares têm por objetivo servir de DIFERENTE, E O dados estão passando sempre por referência para as instituições de adequações, devido às novas tec ensino superior na organização de BIBLIOTECÁRIO TEM nologias da informação. É na área seus programas de formação, per de organização e tratamento da in mitindo uma flexibilidade na cons QUE ACOMPANHAR formação em que mais podem ser trução dos currículos plenos. Com aplicadas as novas tecnologias. A base nesse indicativo, montamos ESTAS MUDANÇAS" segunda área são as fontes de in grupos para estudar a nova legisla formação, pois agora quase todas currículo de Biblioteconomia, mas ção e ver qual seria a aplicação no estão online. Um exemplo são as já havia uma demanda antiga de nosso currículo, então de Bibliote enciclopédias. Quase não se com criar o de Arquivologia. Foi então conomia. Criamos sete comissões pra mais enciclopédia em papel, que o Programa de Apoio ao Pla temáticas: porque para atualizar um verbete no de Reestruturação e Expansão era preciso republicá-la toda. Essas das Universidades Federais (Reuní) a) Fundamentos teóricos e me fontes de informação geral e mes trouxe essa oportunidade, e veio todológicos da Ciência da In mo as especializadas estão quase também a idéia de aplicar o tronco formação; todas na internet. Não nos atreve comum para as outras formações b) Princípios gerais da organiza mos a falar que o papel vai acabar, da área de Ciência da Informação, ção e tratamento da informa adotadas pelo Conselho Nacional porque ler, até hoje é em papel, ção; de Desenvolvimento Científico e pois ler e estudar na tela é muito c) Usuários da informação; Tecnológico (CNPq): Arquivolo desagradável. Mas a publicação em d) Fundamentos culturais, po gia, Biblioteconomia e Museologia. papel, sim, essa pode-se dizer que líticos e sociais da informa Aliás, havia uma recomendação da caminha para acabar. O usuário é ção; Unesco, da década de 1980, de que quem fará as cópias, não é mais o e) Gestão da informação; esses cursos poderiam ter um troco editor quem se encarrega de impri f) Fontes e uso da informação; comum. Achávamos essa sugestão mir. Sobra cada vez mais trabalho g) Tecnologia da informação. muito pertinente. Assim, reestru para o usuário. turamos as comissões temáticas, E começamos a partir da flexi criando uma para estudar o nú bilização dos currículos. A carga CRB-6 ■Vrwfr - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 5 En trevista Como isso altera a formação do à tomada de novas decisões. São Bibliotecário7 informações importantíssimas em áreas como contabilidade, seção Essa mudança de modus ope- de pessoal, guarda de documentos, randi da leitura e da procura da com tabelas de temporalidade que informação mudou o usuário, que indicam quando se pode descartar hoje entende muito mais de como tais informações. Além desta par resgatar uma informação do que te legal tem também o aspecto da antigamente, quando ele dependia memória da instituição. As teses, da biblioteca, dos catálogos. Hoje por exemplo, podem ser considera em dia ele é muito mais exigente, das documentos arquivísticos. Ou conhece fontes, e o profissional da seja, tem muito mercado para esse informação tem que estar adiante. profissional, já que toda empresa Com a informação online, as pes ou instituição deve ter seus docu soas estão entendendo muito mais mentos organizados para não per os nossos cânones bibliotecários, der tempo e dinheiro. Para o curso que antes eram todos dentro da de Museologia, vamos instituir esse biblioteca, dependiam de catálo semestre a comissão temática que gos, classificações, indexações, vai definir as disciplinas específicas. palavras-chave. Se o profissional Mas já fizemos o núcleo comum, não se atualizar, vai ficar comple consultando especialistas. Temos, tamente defasado. E vai deixar o por exemplo, uma disciplina que usuário desprotegido, porque até se chama Introdução a Biblioteco um certo ponto o usuário vai, mas nomia, Arquivologia e Museologia. quando a informação fica em ban E outra de Bibliotecas, arquivos e cos de dados muito mais comple museus digitais. Já estamos prepa xos, em que é preciso usar motores rados para receber a Museologia no de busca, saber resgatar realmente tronco comum. a informação, é aí que o bibliote cário se faz indispensável. O aluno poderá ter as três for mações? Qual será diferença na formação de cada um desses três profissio Sim, desde que peça Obtenção nais? de Novo Título. A opção do aluno por um dos cursos é feita na inscri Cada uma dessas áreas têm ção do Vestibular. Ao ser aprovado suas especificidades. A Biblioteco no Vestibular, ele não entra da Es nomia trabalha com a informação cola de Ciência da Informação, mas em todos os seus suportes e em em um de seus cursos. todas as áreas - é a informação que gera conhecimento. Arquivo- A Escola vai contratar novos logia lida com a informação que é professores? gerada dentro de uma instituição, não necessariamente em papel. Por Sim, serão seis para o curso de exemplo: a ECI gera publicações, Arquivologia e mais sete para o de atas, resoluções, prestação de ser Museologia. Atualmente somos 36 viço, enfim, toda informação que docentes. ela gera e é registrada em algum suporte, e esse é o objetivo da Ar- E sobre a criação de um mestra quivologia, que precisa organizar do profissional? essa informação, de forma orgâni ca, para que ela possa ser recupe Essa demanda surgiu dentro da rada com facilidade, e dar suporte própria Universidade, quando a Bi- Horizonte - v. n. 2 - nov. 2008 blioteca Universitária e o reitor Ro naldo Pena nos pediram para criar um curso para reciclar o pessoal da UFMG. Vai se chamar Gestão da Informação no Ambiente Univer sitário. A primeira demanda e os primeiros alunos serão os bibliote cários do nosso Sistema de Biblio tecas, e as aulas devem começar no primeiro semestre de 2009. Mas depois pretendemos continuar ofe recendo esse mestrado, pois está havendo, no mercado, uma gran de necessidade de bibliotecários que trabalhem em universidades. O MEC exige que qualquer curso universitário tenha biblioteca com bibliotecário inscrito no Conselho da sua juridição ou região. O que todos os suportes da informação, transição, em que usamos papel e acontecia muito no princípio eram desde o papel, que é o suporte outros suportes. as contratações temporárias, mas tradicional, à informação digital Assim como o bibliotecário, o isso aos poucos está se impondo, e a online. Por isso, estamos co usuário também usa os dois. Além o que foi muito bom para a profis locando nesse ambiente todas as dos computadores das salas de são. O curso terá duração de dois formas de suporte e de captação aula, vamos espalhar micros no anos, com aulas provavelmente às de informações. Vamos disponibi meio do acervo, entre as estantes, sextas e sábados. Serão I I discipli lizar computadores para o público porque o usuário também pode nas, sendo quatro obrigatórias. Há -terem os 151 computadores - in fazer consultas no papel e ver si disciplinas como Didática e prática cluindo cerca de 60 nas duas salas tes citados como referência e vice- do ensino de orientação de refe de aula que funcionarão dentro da versa. Queremos mostrar que isso rência. Uma parte pesada mas que biblioteca, pois ela é também la é a contemporaneidade da pro achamos necessária é a gestão fi boratório. Os micros vão ficar dis fissão. O usuário vai poder trazer nanceira. Incluirá ainda a gestão de postos em bancadas, com espaços seu laptop, pois as bancadas terão recursos humanos, administração entre si, porque o bibliotecário hoje tomadas, com pontos de energia e de recursos tecnológicos, elabora ainda trabalha muito com manuais acesso à Internet wireless; também ção de projetos, elaboração, gestão e códigos em papel, que precisam pode usar os micros da biblioteca. e captação de recursos, gerencia ser consultados simultaneamente Queremos filiar a biblioteca a vários mento de coleções. É um curso vol ao computador. O aluno aprenderá bancos de dados internacionais - tado para o gestor da informação, a trabalhar com os dois meios, si que são pagos, e caros. não para as técnicas de tratamento multaneamente: ao mesmo tempo da informação. em faz consultas a outras fontes Qual o acervo da Biblioteca Etel para catalogar e indexar, desenvol vina Lima? Pode nos falar sobre a biblioteca ver pesquisas no computador para modelo que está sendo implanta saber se aquele autor já publicou, Ele é especializado, mas como a da? se já tem o ISBN, dentre outras nossa área perpassa muitas outras. pesquisas. Para isso, vai aos ban Possuímos, por exemplo, uma área A idéia inicial era reformar fisi cos de dados ao mesmo tempo em de estudos que se chama Informa camente a Biblioteca Etelvina Lima, que está classificando um assunto, ção e Sociedade, muito focada no para que ela fosse modernizada, já e usa manuais de distribuição de usuário e seu contexto; trabalha que essa mudança do perfil do cur classes, de tratamento da infor mos para pessoas, às quais que rículo inclui a nossa maior institui mação para montar o banco de da remos levar conhecimento e infor ção, que é a biblioteca. Queremos dos digital da biblioteca. Ou seja, mação. Precisamos nos lembrar de mostrar que a biblioteca tem que queremos mostrar essa interface, que há alguém nesse fim de linha, trabalhar, tratar e saber lidar com pois estamos ainda numa época de temos que interpretar e fazer lin- CRB-6 1*^0 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 En trevista guagens que facilitem seu enten é um tom lilás. Como vocês podem como para a comunidade em geral. dimento. Devido ao usuário, essa notar, estamos nos esmerando até Isso está também ligado ao com área de Informação e Sociedade é nos mínimos detalhes: os tons de plemento no nome do curso - Ges muito forte, e por isso uma parte paredes e do chão vão girar em tor tão da Informação - pois mostra o do acervo é da área de Ciências Hu no dessa cor. Nos vidros, na barra que é uma nova biblioteca dentro manas e Sociais. Mas a nossa bi de separação de segurança, vamos de padrões mais modernos, mais blioteca é especializada em Ciência usar o símbolo, com a chama em atualizados. Hoje trabalham na Bi da Informação. tom lilás, cor que simboliza a pedra blioteca quatro bibliotecários, e vão Ela é uma biblioteca laboratório do nosso anel de graduação. O hall chegar outros dois, com a abertu e uma biblioteca modelo: tem que de entrada da biblioteca terá im ra de concurso proporcionada pelo expressar palpavelmente o que o presso no chão o direcionamento REUNI. Temos também três funcio curso está ensinando, o que o cur para as outras salas, como setor de nários técnicos - devemos ganhar so entende o que seja uma biblio referência, salas de aula, acervo e mais dois - e dois jovens da Cruz teca. Como ela não é tão grande - processamento técnico. Vermelha. 406 metros quadrados numa área Tivemos também a preocupação retangular - e como nossa Escola da luminosidade sobre o acervo. Quando a biblioteca estará aber tem um pátio interno, imaginamos ta ao público? Como os raios ultravioletas afetam que seria interessante que até de muito o papel, deixando-o mais fora e de alguns ângulos a bibliote quebradiço, conseqüentemente, Pretendemos inaugurá-la ainda ca seja vista como um todo. Assim, com uma durabilidade menor, as este ano. Aliás, ela não parou de os alunos e outros interessados po luminárias afixadas sobre as es funcionar, mesmo com a reforma. dem visualizar como ela funciona. tantes receberão uma película es Mas mobiliá-la e deixá-la como pecial que filtra 90% desses raios. queremos, pronta, com os compu Ela terá paredes de vidro? A luminosidade menor será apenas tadores, será mesmo no final des sobre o acervo, e não nas áreas de te ano. Os recursos para a reforma Sim, é interessante poder ter leitura. Teremos ainda uma sala de física, a infraestrutura e uma boa essa visão de como funciona uma videoconferências. Nossa intenção ajuda para equipamentos vieram da biblioteca como um todo. A maio é que a Biblioteca Etelvina Lima Financiadora de Estudos e Projetos ria das paredes, com exceção das sirva como modelo, tanto para as (Finep). Recebemos também recur salas de aula, serão de vidro. A área outras bibliotecas da Universidade sos da Reitoria da UFMG. de lazer será aprazível, com sofá, abajur, mesinha, máquina de café e de refrigerante, revistas novas, jornais diários; essa área, como toda a biblioteca, vai ser aberta ao público. A biblioteca terá acesso para cadeirantes e outros porta dores de necessidades especiais. A arquiteta responsável pelo projeto está analisando a utilização de si nais de toque e de chão, para que o cego possa entrar sozinho na bi blioteca e poder chegar ao setor de referência. Também queremos por programas para leitura de telas. Queremos que a biblioteca seja de fato aberta a todos. Estamos usan do, na decoração, a cor e a marca da Biblioteconomia: o símbolo é a Lâmpada de Aladim sobre um li vro; o fogo saindo significa conhe cimento, desejo de se conseguir conhecer mais. E a cor é safira, que 8 CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 Curso de Biblioteconomia de Formiga: 40 anos de história. Sônia Miranda de Oliveira 1 Tânia Cristina de Oliveira 1 2 RESUMO Este artigo pretende apresentar, de forma sintética, a história do Curso de Biblioteconomia de Formiga, ofere cido há mais de 40 anos pelo atual Centro Universitário de Formiga - UNIFOR-MG, desde sua criação em 1968, até chegar aos dias atuais. Apresenta também a trajetória profissional de alguns egressos que se destacaram ao longo destes anos, com suas opiniões sobre o curso e como os conhecimentos nele adquiridos, contribuíram para suas inserções no mercado de trabalho. PALAVRAS-CHAVE: BIBLIOTECONOMIA - HISTÓRIA. UNIFOR-MG - CURSO DE BIBLIOTECONOMIA. EGRES SOS - UNIFOR-MG. INTRODUÇÃO radores locais e das cidades circun- Fundação Universidade do Oeste A história do Curso de Bibliote vizinhas se realizasse. de Minas (FUOM). Em I966, ago conomia da cidade de Formiga se A comunidade se uniu em tor ra já no governo de Israel Pinheiro confunde com a própria história do no de um ideal e cada um auxilia da Silva, outra lei estabelece nova atual, Centro Universitário de For va como podia. Um prédio de três redação à de n. 2 .8 19, e dá outras miga - UNIFOR-MG. Para entender andares, localizado no centro da providências. Nesta nova lei, além a trajetória deste curso e sua im cidade foi doado para alocar a en de cursos de graduação fica per portância para a Biblioteconomia, tão universidade, além de outros mitida a ministração de cursos de não só do estado de Minas, mas de terrenos e doações em dinheiro. pós-graduação em nível de espe todo o país, é necessário que seja Foi criada uma fundação para criar cialização e a gratuidade do ensino feita uma retrospectiva no tempo e manter nos termos da legislação para quantos provassem falta ou que se inicia em I963, quando o federal, um instituto de Ensino Su insuficiência de recursos. A Fun então Governador do Estado de Mi perior de pesquisa e de formação dação foi considerada no mesmo nas Gerais era José de Magalhães profissional em todos os ramos do ano, como instituição de Utilidade Pinto. Em janeiro deste ano o Go saber técnico e científico (MENE Pública, pela Lei Municipal n. 622 vernador assinou a Lei n. 2 .8 19 que ZES; CASTRO, 1990), que contou e já possuía bens imóveis, móveis criava a Universidade do Oeste de inicialmente com duas faculdades e patrimoniais que lhe permitiam Minas, cuja sede era na cidade de pioneiras: a Escola de Biblioteco desempenhar suas atividades com Formiga. nomia e a Faculdade de Filosofia, êxito e qualidade. Em 1969 recebeu Começou a partir daí, a luta dos Ciências e Letras. o mesmo título, agora em nível Es formiguenses para que essa lei fos Já em 03 de setembro de I965, tadual, pela Lei Estadual de abril de se regulamentada e o sonho de ter, por intermédio do decreto n. I969, publicada no Minas Gerais, na cidade, uma instituição que ofe 8.659, o ainda Governador, José Diário do Executivo. recesse cursos superiores aos mo de Magalhães Pinto, instituiu a 1 Presidenta do CRB-6 - Mestra em Tecnologia - CEFET-M G - Professora Titular do Curso de Biblioteconomia de Formiga - Biblio tecária do CEFET-M G . 2 Coordenadora da Comissão Permanente de Licitação e de Patrimônio do CRB-6 na 14a Gestão - Especialista em Conservação e Restauração em Bens Culturais Móveis - CECO R-U FM G e Especialista em Alfabetização pela Universidade Castelo Branco. CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 9 A rtig o U N IFO R -M G JUSTIFICATIVAS PARA CRIAÇÃO madora de profissionais dos mais sua economia, educação, cultura DA FUOM EM FORMIGA diversos ramos de atuação, sendo e sociedade se expandirem, depois Formiga não foi escolhida aleato responsável pela graduação de pro da construção do UNIFOR-MG. A riamente para sediar a FUOM, mas fessores de quase todas as áreas do história da FUOM se mistura com a dentre vários motivos, um dos que conhecimento, de todas as regiões história do povo formiguense. se destaca é o de contar com po do Estado de Minas Gerais. sição geoeconômica privilegiada. Além dos motivos já descritos, TRANSFORMAÇÃO DA FUOM A cidade funciona, até hoje, como que justificam a criação de uma EM CENTRO UNIVERSITÃRIO núcleo aglutinador dos mais vivos universidade no interior do estado, Em mais uma conquista, que interesses culturais das comuni mais especificamente em Formiga, favoreceu toda a comunidade, no dades da região. Menezes e Castro cabe salientar ainda, a necessidade dia 05 de agosto de 2004, a FUOM (1990, p. I 7) afirmam que Formiga, de evitar a intensificação da mi tornou-se Centro Universitário, es exerce na região em que se localiza gração dos jovens da região para a tabelecendo assim, um novo para as mais definidas e marcantes in capital para poderem estudar, além digma e um outro conceito em ter fluências “ [...] seja no tocante aos da necessidade de se interiorizar mos educacionais. Com este novo aspectos econômicos, seja nos de a educação superior, promovendo status, o UNIFOR-MG agregou va natureza cultural, criando-se em mais igualdade e democracia de di lores aos seus certificados e diplo torno dessa atuação um verdadeiro reitos, visto que a FUOM promo mas; seu ensino tornou-se muito tropismo positivo, em que a cidade vería cursos gratuitos que possi mais valorizado e, com o início das é ponto de convergência de toda bilitariam a inserção de jovens no atividades de Iniciação Científica e uma área sócio-econômica.” . mercado de trabalho de forma mais Pesquisas, a instituição passou a Além da posição de liderança rápida e econômica, melhorando integrar, ainda mais, ao desenvolvi na região, Formiga destaca-se por também, a qualidade do ensino de mento sustentado da região. se situar em distâncias quase que 2o Grau, pois os professores atuan A estrutura e a organização das iguais das cidades do Rio de Ja tes na região teriam acesso a uma unidades de ensino da FUOM mo neiro, São Paulo e Brasília, o que formação mais qualificada e ade dificaram-se a partir da criação do aumenta suas potencialidades na quada aos conteúdos por eles mi Centro Universitário - UNIFOR- região, pois congrega várias formas nistrados. MG, e hoje conta com mais de 20 de acesso não só à capital minei Há de citar também a reconheci mil metros quadrados de área cons ra e cidades do estado, mas tam da tendência do município em ser truída, onde estão instaladas salas, bém aos grandes centros do país. pólo turístico, seja pela sua rique biblioteca, laboratórios, praças de A cidade funciona como centro za histórica, tradições folclóricas e alimentação, salão de eventos, gi de irradiação de linhas de ônibus artísticas, como por suas belezas násio de esportes e demais depar intermunicipais e interestaduais naturais, que atraem milhares de tamentos do Centro Universitário, conduzindo milhares de passagei visitantes durante o ano todo para sendo ministrados mais de 20 cur ros diariamente. Estas facilidades, o desfrute das comodidades e in sos de graduação, cursos de pós- durante muitos anos, fizeram com tensas atividades às margens do graduação e de Educação a Distân que a FUOM fosse instituição, for lago de Furnas. cia a milhares de estudantes. madora de ensino de graduação e Grande parte das sociedades pós-graduação, convergente de evoluídas, citadas pela História, é O CURSO DE BIBLIOTECONO todo Estado, capacitando pessoas tida como berço do conhecimen MIA DO UNIFOR-MG das mais variadas áreas habilitan to. Muitas delas abrigavam estru O UNIFOR-MG possui uma Bi do-as para o exercício de suas pro turas intelectuais e sobreviviam, blioteca atualizada, que oferece fissões. socialmente, através delas. Mes produtos e serviços de qualidade E foi assim que, ao longo dos mo as que se baseavam em outros aos usuários, Laboratórios de In anos, Formiga conquistou foros segmentos, distinguiam-se pelo formática, Laboratório de Processa de cidade de alto nível intelectual, valor que davam à educação e à mento de Informação e Laboratório cultural e artístico. A tradição de formação de seus indivíduos. Em de Conservação e Preservação de cultura ultrapassou os limites da geral, observa-se que as peque Documentos (LCPD). Tais espaços cidade e até hoje o município é re nas cidades, após a instalação de de aprendizagem contribuem para ferência nesta área. A FUOM teve estruturas de ensino, se transfor que o aluno estabeleça a relação papel significante na construção mam em grandes centros urbanos. entre teoria e prática, tão impor da imagem cultural da cidade e for Esse é o caso de Formiga, que viu tante na formação do profissional 10 CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 da informação. O curso de Biblio ção dentre outras. valorizam a formação obtida no teconomia conta, também, com Qual seria a explicação para este UNIFOR-MG. projetos de pesquisa - realizados fato? Por que o egresso do UNIFOR- Vários profissionais oriundos do pelo corpo docente da Instituição MG está inserido em quase todas Curso de Biblioteconomia do UNI- - que oferecem oportunidades de as áreas geógraficas ou profissio FOR-MG, atuam em Bibliotecas estágio aos estudantes que, des nais do estado ou país? O que faz Universitárias, inúmeros em Biblio de a formação acadêmica, mantêm este egresso diferente do formado tecas escolares e públicas, vários contato com diversas realidades na pela Escola de Ciência da Informa ingressaram na academia, sendo área de atuação. O UNIFOR-MG ção da UFMG e de outras escolas muitos professores com mestrado possui outro diferencial: o curso de do país? e doutorado, dentre vários ramos Biblioteconomia passou em 2008 a A resposta mais acertada para do mercado da informação. ser oferecido em apenas três anos, estes questionamentos, talvez re A seguir serão apresentados al fato este que o torna singular entre sida no fato, de que os alunos que guns profissionais que se sobres as escolas de Biblioteconomia do ingressam no curso de Biblioteco saíram e que foi possível contato, país. nomia do UNIFOR-MG, pretendem tendo em vista que vários atuam Diante de tantas mudanças e atuar em qualquer parte do país, em em outras regiões do país. melhorias, não é sem razão que o qualquer tipo de biblioteca, e apre A bibliotecária NIRLEI MARIA curso de Biblioteconomia do UNI- sentam uma pré-disposição para OLIVEIRA graduou-se em 1988, FOR-MG recebeu o “Certificado 3 querer morar em outras regiões iniciando sua carreira profissional Estrelas” , do Guia do Estudante que a do curso, visto que, o curso três meses após sua formatura. 2007, e Conceito A na avaliação é tradicional e existe há mais de 40 Obteve seu título de mestra em Ci do MEC. Há mais de 40 anos, com anos na cidade de Formiga, o mer ência da Informação pela PUC-SP tradição e credibilidade, o curso de cado de trabalho no município e re em 1993. Trabalhou como coorde Biblioteconomia forma profissio gião já encontra-se saturado, por nadora da Biblioteca da Fundação nais altamente capacitados para o tanto, locais distantes e ambientes Norte-Mineira de Educação, atual mercado de trabalho, sendo que, diferentes de atuação atraem bas Universidade Estadual de Montes mais de 80% dos alunos formados tante os egressos nesta instituição Claros e UNICAMP. Atualmente estão trabalhando e se destacan formados. Sem contar a formação coordena a Biblioteca do UNIPI- do no cenário da Biblioteconomia mais tecnicista oferecida pelo cur NHAL, em Espírito Santo do Pinhal nacional. A inserção destes alunos so, que facilita, de certa forma, a (SP), e é docente da disciplina Me se dá principalmente nos estados aprovação em concursos e desperta todologia da Pesquisa nos cursos da região sudeste e centro-oeste o desejo dos alunos para a atuação de graduação e pós-graduação da do país, mas existem profissionais em ambientes de Bibliotecas em mesma instituição. Publicou vários formados em Formiga atuando em geral. É necessário no entanto, já artigos científicos, livros e capítulos todas as regiões do país. que estas premissas se baseiam em de livros na área de Biblioteconomia Quase todas as bibliotecas uni constatações feitas junto aos alu e no ano de 2007 foi a única brasi versitárias da Rede Federal do Esta nos dos dois cursos, que estudos leira selecionada pela Organización do de Minas Gerais, possui em seus aprofundados de egressos das duas Universitária Interamericana (OUI), quadros de servidores efetivos, pro escolas sejam feitos, para que seja com sede no Canadá e atuação em fissionais formados pela Escola de comprovado de forma científica, o 26 países, para trabalhar como tu- Biblioteconomia, salientando que que os alunos, professores e insti tora no curso à distância “Planifi- em várias, somente egressos advin tuições contratantes, afirmam. cación Estratégica en Bibliotecas”, dos desta escola atuam. Acrescen orientando alunos de vários países ta-se ao rol de instituições dirigidas EGRESSOS DO UNIFOR-MG EM da América Latina e Caribe. ou que contam em suas equipes DESTAQUE Nirlei afirma que o Curso de com bibliotecários formados pelo Foi feito um levantamento de Biblioteconomia de Formiga é UNIFOR-MG: bibliotecas públicas, bibliotecários formados pelo Cur competente na formação de seus escolares, especializadas, arquivos, so de Biblioteconomia de Formiga, profissionais, pois proporciona co centros de documentação, tribu desde os primeiros formandos até nhecimentos teóricos e técnicos nais, cartórios, órgãos das forças os mais recentes de profissão, vi atualizados e condizentes com as armadas, portais de informação, li sando com isto verificar a inserção exigências do mercado de trabalho vrarias, editoras, jornais, hospitais, dos mesmos no mercado de tra e indispensáveis na prática profis cursos superiores e de pós-gradua balho e apresentar destaques que sional. Além de fornecer referencial CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 II A rtig o U N IFO R -M G para a atuação na Administração pelas federais, que é seu conteúdo. do Exército Brasileiro em Campo de bibliotecas, Gerenciamento de Segundo Andresa, em Formiga não Grande - MS. Atualmente con Sistemas Automatizados, Organi se pode optar por uma ou outra tinua lecionando no Instituto de zação de Arquivos e Gestão da In matéria, lá se estuda as matérias Ensino Superior da FUNLEC - IESF formação, itens exigidos pelas ins todos os anos, por isso elas têm nos cursos de Biblioteconomia e tituições empregadoras no país. mais conteúdo. “Aqui em Brasília, Secretariado Executivo-Bilíngüe. até pouco tempo, os profissionais Rodrigo afirma que, de certa forma, NEIDE APARECIDA GOMES formados em Formiga tinham pre sua inserção no mercado de traba graduou-se em 1982, é especia ferência nas vagas de emprego.” lho, tenha sido fácil, principalmen lista em Conservação, Preservação Quando ela chegou em Brasília, te devido à organização do curso e Restauração de Documentação 1994, faltavam bibliotecários, e do UNIFOR-MG, que apresentava, Gráfica pelo SENAI/ABER - São em duas semanas foi contratada uma estrutura curricular rígida e Paulo/SP, com titulação de mestre pelo Centro Universitário de Bra altamente tecnicista, além é claro, em Ciência da Informação obtido sília - UniCEUB, onde trabalhou da falta de profissionais na região, na UNB - Brasília/DF no ano de por 6 anos. Despois fez concurso para assumirem, não só os traba 2000. Atuou, inicialmente em uma público e começou a trabalhar no lhos biblioteconômicos, bem como biblioteca escolar, depois em 1987 Ministério da Justiça, onde é fun a docência na área. atuou na Biblioteca Pública de cionária do quadro permanente até Ouro Preto/MG até ser aprovada no hoje. Realizou prestação de servi LEONARDO FERNANDES concurso público da Universidade ços no Conselho da Justiça Federal SOUTO graduou-se em 1998 e Federal de Ouro Preto em 1990, em (por três anos) e na UNB também iniciou sua carreira profissional 2000 foi transferiu-se para a UNB. (por quatro anos). Foi chefe da Bi em 1999 na Biblioteca Central da Trabalhou como consultora e ocu blioteca do Ministério da Justiça e Universidade de Uberaba. Em 2003 pou o cargo de bibliotecária chefe atualmente ocupa cargo de con concluiu seu mestrado em Ciên da Divisão de atendimento ao usu fiança na Biblioteca do Tribunal Re cia da Informação, com ênfase em ário na UNB. É atualmente Vice- gional Federal da I a Região, como Administração de Sistemas de In Presidente do Conselho Federal de Encarregada do Setor de Seleção e formação. Concluiu o doutorado Biblioteconomia (CFB) em sua 14a Aquisição. em Ciência da Informação, na ECA/ Gestão e coordena o Repositório USP, em 2008. De 2002 a Institucional da UNB e o projeto de 2006 trabalhou na Biblio Repositório Institucional do siste teca Central César Lattes, ma CFB/CRBs. da UNICAMP, sendo apro Neid ressalta que “quando fiz o vado em concurso público, curso as aulas eram três vezes por em 2006, para atuar como semana, mas nem por isso eram de bibliotecário na PETRO- baixa qualidade. Era enfatizada a BRAS, onde atualmente parte técnica do curso o que nos desenvolve trabalhos na deu uma base forte para exercer Gestão do Relacionamento a biblioteconomia e nos permitiu com o Cliente e em Gestão buscar a atualização profissional. da Informação e do Conhe Um outro aspecto que gostaria de cimento dentre outros. destacar é que nos era transmitido Leonardo acredita que o valor da profissão, o reconheci RODRIGO PEREIRA formou-se a característica principal do curso mento e isto estimulava nos alu em 2002, e logo após sua cola do UNIFOR-MG, quando de sua nos uma auto estima com relação ção de grau recebeu convite para formação, era a excelente formação a profissão escolhida.” gerenciar a biblioteca do Institu básica oferecida, que possibilitava to de Ensino Superior da FUNLEC o desenvolvimento de uma sólida Outra bibliotecária atuando no - IESF Campo Grande - MS, além base teórica e conceituai que co Distrito Federal é ANDRESA ELIAS de ministrar aulas no único curso locava no mercado, profissionais DUARTE. Ela graduou-se em 1993 de Biblioteconomia disponível no aptos a atuarem em diferentes seg e na sua opinião o Curso de Biblio Estado. Passou em vários concur mentos. Ele afirma, também que a teconomia de Formiga tem um di sos, optando por assumir o cargo infra-estrutura física do curso havia ferencial em relação aos oferecidos de bibliotecário do Colégio Militar melhorado, proporcionando otimi- CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 12 zações significativas na rotina das no Instituto de Engenharia de São foi por intermédio dele, que rece aulas. Paulo (IE/SP) onde atuou, conco beu subsídios para atuar na área mitantemente, na FASP. Trabalhou de biblioteconomia. Ela começou a também na FUNDACENTRO/São trabalhar no CESUR em Rondonó- Paulo e posteriormente, na FECAP, polis-MT assim que se formou e é hoje UNIFECAP. Trabalhou, em coordenadora da biblioteca atual 2002, no projeto do repositório mente. Atua também como docen legal do SENAC/SP. Em 2003 pas te na UFMTCampus Rondonópolis/ sou a ser Bibliotecário do Centro MT no curso de Biblioteconomia. Universitário São Camilo-SP, onde desempenha atualmente, após pro CINARA OLIVEIRA NUNES cesso seletivo, o cargo de Gerente que formou-se em 2003, afirma de Bibliotecas do Centro Univer ter muito orgulho em dizer que sitário São Camilo. Foi conselheiro é bibliotecária, profissão que lhe titular da Comissão de Tomada de proporcionou enormes desafios e Contas do CRB-8 - SP. Recebeu, oportunidades de desenvolvimen SHIRLEY DA LUZ SOARES DE em 2007, o prêmio ‘Laura Russo’ to intelectual e pessoal. Cinara ARAÚJO graduou-se em 1997 e já de Biblioteconomia pela ação so declara que “ É notória a grande em 1998 foi aprovada em concurso cial desenvolvilda nas Bibliotecas inserção dos alunos graduados público para a Biblioteca da Univer do Centro Universitário São Cami pela Escola de Biblioteconomia de sidade Federal de Itajubá - UNIFEI- lo (Sensações Literárias). Marcus Formiga, no mercado de trabalho, MG. Ela afirma que “como o prazo Vinícius atribui sua inserção pro percebo o destaque que esses alu para estudar foi curto, o conteúdo fissional, oportunizada pelo curso nos vem conquistando a cada dia, e visto no curso foi fundamental para de Biblioteconomia de Formiga, não exagero em dizer que estamos que eu passasse neste concurso.” como determinante para seu su exercendo a profissão por todo o Continuando, Shirley acredita que cesso profissional obtido até agora. território brasileiro, levando nossos o curso do UNIFOR-MG é muito Ele acredita que “o corpo docente conhecimentos e toda a aprendiza bom e não deixa nada a desejar, se e a orientação curricular da época gem que adquirimos nesta escola, comparado com cursos de univer em que formei, foram determinan com os nossos mestres.” sidades públicas. tes para que pudesse iniciar minha Cinara acredita que a possibili Ela é bibliotecária da EMBRAPA- carreira na área de Biblioteconomia dade de desenvolver estágio em vá Cerrados - Brasília/DF desde 2003, em igualdade de condiçoes com rias instituições, durante a gradu após ser aprovada em concurso. outros colegas formados por Insti ação, como foi seu caso, tenha lhe tuições de Ensino Superior em nível preparado para exercer a profissão, Nacional” . pois nos estágios praticou todas as teorias aprendidas durante o curso. Assim que se formou, foi tra balhar na Faculdade de Ciências Sociais Aplica das de Extrema - FAEX, em Extrema - MG, onde realizou algumas con sultorias também. Foi para São Paulo, onde está até hoje, passando pelo Complexo Jurídico Damásio de Jesus e Fa culdade de Direito Prof. MARCUS VINÍCIUS RIOS DE Damásio de Jesus. Atu MACEDO formou-se em 1993 e SHEILA CRISTINA FERREIRA almente é Bibliotecária Pleno, res em 1994 iniciou sua carreira pro GABRIEL graduada em 1998 con ponsável pelo Núcleo Técnico da fissional na cidade de São Paulo sidera que seu curso foi bom, pois Biblioteca, no IBMEC São Paulo. CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 13 A rtig o U N IFO R -M G professores, em sua maioria, vin graduação até hoje. dos de Belo Horizonte para minis Com relação ao curso do UNI- trar as disciplinas. Trabalhou como FOR-MG, Marlene confirma a qua bibliotecária do Colégio Polivalente lidade do mesmo, afirmando que em Divinópolis, após aprovação em desde sua graduação isto já era concurso público, permanecendo reconhecido. Acrescenta que desde no cargo até 1975. No mesmo ano então, o curso tem sido bem ava recebeu uma proposta para tra liado, sendo que, em sua última balhar em Brasília, em um projeto avaliação, ele estava entre os me financiado pela Organização das lhores do País. Nações Unidas para Agricultura e Ela acrescenta “ É importante sa Alimentação - FAO e o Governo lientar que os egressos do curso de RENATO JOSÉ DA SILVA, gra Brasileiro, que mais tarde originou Biblioteconomia de Formiga não duou-se em 1997 e em 1998 as a Biblioteca Nacional de Agricultu têm receio em buscar novas experi sumiu a Biblioteca da Faculdade ra, hoje apenas Centro de Informa ências e novos mercados de traba de Direito de Mato Grosso. Con ção e documentação do Ministério lho em outras regiões. Hoje temos cluiu seu mestrado em Ciência da da Agricultura e Reforma Agrária bibliotecários formados no mesmo Informação pela PUC-Campinas -CID/MARA. curso, bem posicionados no mer em 2003. Atualmente é doutoran No final dos anos 70, foi convida cado de trabalho. Foram Diretores do em Ciência da Informação pela da a chefiar uma biblioteca setorial de Bibliotecas Universitárias, como Universidade de São Paulo - USP da Fundação Getulio Vargas locali da Universidade Federal de Viçosa É professor assistente do Curso de zada no Programa de Pós-Gradua ou bibliotecários destacados em Biblioteconomia da Universidade ção em Desenvolvimento Agrícola instituições como Unimontes, PE- Federal de Mato Grosso. Renato - CPDA no Rio de Janeiro. Implan TROBRAS Ministério da Justiça e afirma que o curso de Bibliotecono tou o Centro de Informação sobre outras. Outros optaram pela carrei mia do UNIFOR-MG lhe forneceu o Semi-Árido-CISA, na Universida ra acadêmica e formaram-se como as bases para atuar como profissio de Federal da Paraíba em convênio mestres e doutores” . nal e obter destaque e sucesso na com o Banco Interamericano de Continua afirmando que “ No carreira. Desenvolvimento-BID. Trabalhou curso de graduação em Biblioteco no IBICT, a partir de 1982, onde nomia eu aprendi muitas teorias, exerceu muitas funções. Foi trans mas só pude aplicá-las nos diferen ferida para o setor de fomento à tes contextos em que trabalhei. Foi pesquisa do Conselho Nacional de preciso aprender sozinha a elabo Desenvolvimento Científico e Tec ração e manutenção de uma rede nológico - CNPq, onde trabalhou social de amigos de profissão que com o tratamento das propostas me apoiaram ao longo da minha de financiamento à pesquisa e for carreira acadêmica e profissional” . mação de pesquisadores nas áreas de Ciência da Informação, Comu CONSIDERAÇÕES FINAIS nicação Social, Museologia, Arqui- Muitos são os motivos para reco vologia e Turismo. Foi pesquisadora nhecer a importância do Curso de visitante financiada pela CAPES no Biblioteconomia de Formiga para a Curso de Mestrado da Universida classe bibliotecária no estado e no MARLENE OLIVEIRA TEIXEIRA de Federal da Paraíba. Após aprova país em geral. O fato de ser um cur DE MELO graduou-se em 1970. ção em concurso para docente da so que se confunde com a própria Obteve seu título de mestra em Universidade Federal de Alagoas, história da profissão e que vem, so Ciência da Informação pela UFRJ/ em 1999, implantou o curso de Ci lidamente, há pelo menos 40 anos IBICT em 1988. Defendeu seu Dou ência da Informação com habilita formando profissionais qualificados torado em Ciência da Informação ção em Biblioteconomia nesta ins- e com forte inclinação para excelên pela UNB em I 998. tiuição. Em 2000 foi aprovada em cia na técnica profissional, justifica Fez parte da primeira turma do concurso para docente da Escola o orgulho dos profissionais nele curso de Biblioteconomia de For de Ciência da Informação da UFMG formados em apontar a qualidade miga, que contava na época com onde leciona para graduação e pós- dos conhecimentos obtidos, bem 14 CRB-6 1*^0-trvw* - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 como valorizar sua formação. para atuar com todos os tipos de que habilitam “ BIBLIOTECÁRIOS” , É necessário que bibliotecários de suporte em que a informação se visto ser a profissão reconhecida todas as regiões do país lutem pela apresente, bem como em todos os e regulamentada desde a década abertura de novos cursos de biblio ambientes em que seja disponibili de 60. Não é mudando o nome teconomia e pelo fortalecimento zada, sejam eles físicos ou virtuais. dos cursos que será mudada nos dos já existentes, pois quanto mais Esta constatação é apresentada sa imagem como profissionais. É profissionais existirem e quanto aqui, para que seja feita uma refle necessário uma intensificação na melhor for o serviço prestado por xão coletiva, não só entre nós pro formação de profissionais mais cul eles, mais nossa profissão se con fissionais, mas, principalmente no tos, mais leitores, mais capacitados solida, fortalece e ganha espaço no interior da academia, sobre o pro tecnicamente, e principalmente, mercado de trabalho. fissional que ela está formando. Ser com noção bem clara do que seja Ter quantidade não significa generalista no sentido de ter co sua profissão e seu papel na socie qualidade nos serviços prestados. nhecimentos amplos e habilida dade. Não apenas como Portanto, mais do que criar cursos des em várias áreas mero “zelador” da in e modernizar seus nomes, é ne e atividades formação armazena cessário que seja feita uma grande é louvável da e tratada por ele, mudança nos currículos e nos pro de mas, principalmente, cessos de formação como promotor da e educação con cultura, incentivador tinuada dos da leitura, dissemina- b ib lio te c á dor de informação de rios. excelência e formador Até então, de cidadãos mais cons os profissionais formados cientes, informados e responsá pelo UNIFOR-MG, destacam-se em veis. concursos ou em seus locais de tra Nosso papel na formação de balho, principalmente pela flexibili uma sociedade melhor é grande, dade que apresentam, adaptando- sejável, no entanto, a formação pois, lidamos com o maior tesouro se em várias regiões geográficas, atual, na maioria dos cursos, é de da atualidade que é a informação e em vários tipos de bibliotecas e profissionais desinformados, des esta, se bem disseminada promove ambientes, mas também pela ten preparados tecnicamente e que mudanças e crescimento igualitário dência a serem profissionais muito querem ser qualquer outra coisa, ejusto. bem formados tecnicamente, fato menos Bibliotecários. Isto é no mí este, que os tornam preparados nimo contraditório vindo de cursos REFERENCIA MENEZES, Agda VazTonelli de; CASTRO, Lucimar de. Memória histórica da Escola de Biblioteconomia e da Biblioteca “Angela Vaz Leão”. Formiga: Fundação Educacional Comunitária Formiguense, 1990. 101 p. v. I - n. 2 - nov. 2008 Hom e 9 dente do CRB-6, Sônia Miranda de Oliveira. Além disso, com a home nagem, a diretoria do CRB-6 teve o intuito de enaltecer a profissão e as bibliotecas escolares e públicas, já que todos os seis indicados têm uma trajetória de valorização des sas instituições. Para a professora Maria Augusta rino, Superintendente de Bi bliotecas Públicas de Minas Gerais, destacar o trabalho e a serieda de desses profissionais é também Por indicação dos bibliotecários as professoras Agda Vaz Tonelli mostrar que “felizmente, temos mineiros, em votação pelo site do (UNIFOR-MG), Bernadete Cam- pessoas que são dedicadas, nas Conselho Regional de Biblioteco pello (UFMG) e Eni Rios de Mace quais podemos nos espelhar, e que nomia - 6a Região (CRB-6), os pro do (UNIFOR-MG) - receberam ho tecnicamente também são referên fessores Lúcia de Fátima Vieira da menagem dos representantes das cia na área” . Silva, do Centro Universitário de entidades parceiras que realizaram Em seu discurso de agradeci Formiga (UNIFOR-MG) e Paulo da atividades durante a semana do bi mento, a professora Lúcia de Fá Terra Caldeira, da Escola de Ciência bliotecário. tima Vieira da Silva afirmou que da Informação (ECI/UFMG), foram “Ao prestar esta homenagem, “onde há um bibliotecário se tem homenageados durante a Semana quisemos destacar qualidades des uma instituição forte” . E comple do Bibliotecário, evento realizado tes professores, que são referência tou: “Acredito na capacidade do em março deste ano, em Belo Ho para os profissionais da área pois, bibliotecário de criar seus próprios rizonte. Eles foram eleitos mestres como bibliotecários e mestres, for espaços” . Já o professor Paulo da exemplares da profissão, entre in madores de tantos profissionais, se Terra Caldeira elogiou a iniciativa dicados de ambas as instituições. destacaram ao longo de suas car do prêmio que mostra “os cami Os outros professores indicados reiras como incentivadores e defen nhos que a profissão vem trilhan - Eduardo José Wense (UFMG) e sores da profissão” , explica a presi do” e é motivo de muita satisfação Lúcia de Fátima Vieira da Silva Especialista em Tratamento da Informação Científica e Tecnológica para Estruturação de Bancos de Dados pelas Faculdades Integradas Teresa D’Ávila - União Social Camiliana. Foi diretora da Escola de Bibliote conomia entre 2000 e 2004 e coordenadora da Instituição em 2004. Desde 2007, é diretora do Museu Municipal Francisco Fonseca, de For miga. 16 CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 Paulo da Terra Caldeira Mestre em Ciência da Informação pelo Instituto Brasileiro de Informa ção em Ciência e Tecnologia e Professor do curso de Biblioteconomia da UFMG. Foi Presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia 4a Gestão. Integrou a Diretoria de Processamento Técnico da Superinten dência de Bibliotecas da Secretaria de Estado da Cultura de Minas Ge rais entre 1995 e 1996. Foi coordenador do Curso de Bibliotecono mia da UFMG entre 1997 e 1999 e é editor da revista Perspectiva da Ciência da Informação desde 1999. Agda Vaz Tonelli Menezes Especialista em Tratamento da Informação Científica e Tecnológica para Estruturação de Banco de Dados, pelas Faculdades Integradas Teresa D’Ávila, de Lorena (SP). Foi Diretora, Vice-Diretora e professora da Escola de Biblioteconomia da FUOM. Foi Conselheira do CRB-6. Coordenadora da Biblioteca Paroquial e do Museu Sacro Padre Rema do Foxius, de Formiga. Bernadete Santos Campello Mestra em Biblioteconomia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1984). É professora da Escola de Ciência da Informação da UFMG. Desenvolve pesquisas nas áreas de: biblioteca escolar, biblioteca e aprendizagem, competência informacional no ensino básico, fontes de informação e educação em biblioteconomia. Eduardo José Wense Dias Doutor em Information of Science pela University of Califórnia em I 987. Professor titular da ECI-UFMG e ex-presidente do CRB-6. “ Esse tipo de iniciativa é da maior importância, porque é uma forma de valorizar a profissão, dar mais visibilidade, reunir a comunidade, mostrar que o Conselho é atuante e está preocupado em premiar e reconhecer os profissionais. Acredito que entre as atividades que merecem premia- ção está o incentivo à leitura, trabalho diferenciado que precisa ter um bibliotecário que seja um animador cultural, que promova atividades que são próprias da biblioteca infantil, como a hora do conto.” . Eni Rios de Macedo Especialista em A dm inistração de Bibliotecas pela U FV e Didática do Ensino Superior pelo U N IFO R -M G . Professora do U nifor durante 25 anos. “E importante que se reconheça o valor do bibliotecário pois, apesar de ser uma profissão antiga, ainda não é tão reconhecida quanto seria necessário. O que merece ser homenageada é a luta diária, é o pra zer de ser bibliotecário, de ocupar um espaço e valorizar realmente o grande âmbito da profissão” . CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 17 ____ H om enagem ------------------------------ Além das homenagens, a Semana do Bibliotecário muito importante a idéia de integração dos diferentes 2008, realizada de 10 a 14 de março, foi uma demons tipos de biblioteca. Quanto ao evento, em si, achei tração de que a parceria entre as entidades da Bibliote que os trabalhos foram muito bons dentro da ótica de conomia traz importantes conquistas para a profissão trabalhar a biblioteca especializada, universitária, pú como um todo. A programação da Semana contou blica e escolar” , comentou Maria Augusta Cesarino. com eventos na Biblioteca Pública Luiz de Bessa, na A presidente da ABMG, Maria Elisa Barcelos, tam Biblioteca Central da UFMC e nas instalações da Esco bém destacou a importância do trabalho conjunto la de Engenharia da UFMG, promovidos em conjunto e do iuorkshop organizado pela ABMG, com o tema pelo CRB-6, a Superintendência de Bibliotecas Públi “ Presente e futuro da Biblioteconomia e as novas tec cas de Minas Gerais (SUB), o Sistema de Bibliotecas nologias” . Já a Diretora do Sistema de Bibliotecas da da UFMG e a Associação dos Bibliotecários de Minas UFMG, Maria Elisabeth Oliveira da Costa, explicou que Gerais (ABMG). a programação procurou falar das tecnologias atuais “A diretoria do CRB-6 está de parabéns pela iniciati e das patentes. “ Nós, da Universidade, somos muito va de trabalhar em parceria com as outras instituições. preocupados com esse tema, e temos procurado pre Estou na Superintendência há oito anos e esta é a pri parar o profissional para as tecnologias que estão no meira vez que a SUB é procurada para fazer um traba mercado” , disse. lho integrado da Semana do Bibliotecário. Considero Lançamento da Revista CRB-6 Como parte da programação da reservados para artigos acadêmi da ECI, professora Lígia Dumont, Semana do Bibliotecário 2008, o cos, a revista CRB-6 Informa pode disse acreditar que a revista tenha Conselho lançou a Revista CRB-6 cumprir um papel que é muito um importante papel ao diminuir Informa, que terá periodicidade se comum em outros países, isto é, o problema da falta de divulgação mestral, coincidindo suas edições de divulgação de notícias, traba sobre o trabalho do bibliotecário. com a comemoração do Dia do lhos e projetos, atividades que A diretora reafirmou o interesse da Bibliotecário (março) e da Semana não cabem por exemplo em revis ECI de colaborar regularmente com da Biblioteca e do Livro (outubro). tas científicas. “Achei excelente um artigo a cada edição da Revista. A portaria agosto de 2008, que A professora Maria Augusta Ce CRB'6~ cria formalmente a CONSÍIHO KOIONM. Ot O smuorecoNONUA sarino comentou que publicação, de as revistas aca fine que a Re r U ^ 'a dêmicas relutam vista tem por em fazer descri objetivo divul ção de experiências gar a biblioteco de profissionais em nomia no país e seus ambientes de contribuir para a trabalho. “ No entan atualização cien to, essa descrição é tífica da profissão fundamental para quem através de textos, está atuando na prática. informações e artigos Acho importante também científicos em geral. o espaço que a revista já Entrevista com Professora Maria Augusta Cesarino - pasmo O periódico tem Leitura: Asas da liberdade - pagino \6 está dando para a biblioteca Conselho Editorial com pública, que tem sido no país posto de nove membros, sendo 5, essa iniciativa do Conselho, pois um tema pouco freqüente na aca obrigatoriamente Conselheiros da temos uma variedade de revistas demia” , disse. A professora Lúcia autarquia, sendo um deles, o Presi que atendem ao pesquisador, mas de Fátima Vieira da Silva destacou a dente do CRB-6, e dois professores precisamos de publicações que se importância de tratar, na revista, de de cada uma das escolas de Bibliote aproximem mais da classe, do bi temas que mostrem os novos cam conomia do Estado de Minas Gerais. bliotecário que atua nas bibliote pos de atuação dos bibliotecários. Na opinião do professor José cas” , afirmou a professora Berna- Wense Dias, além de ter espaços dete Campello. Já a atual diretora |8 C R B - 6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 boiuções integradas para Conservação & Proteção de Acervos Bibliográficos Inventário Digital Localize e identifique obras perdidas e arrum e as estantes com o "num passe de m ág ica". Se você já possui sistem a de tecnologia EM tradicio nal, não se preocupe, pois você não perderá o seu trab alho e investim entos prévios, utilizando a inovadora linha de produtos com a tecnologia híbrida RFID + EM da RFIDBrasil. Sistemas híbridos RFID + EM M ais um a vez a em presa líder no m ercad o oferece um a so lu ção única e in o vad o ra, cap az de o p erar co m p ativelm en te com a trad icio n a l tecno lo g ia EM (E le tro m ag n ética ) aliad a à tecno lo g ia RFID (Id en tificação por Rádio- Freq u ên cia), o que propicia o d e sfru te de to d as as v an tag en s inerentes a cada um a destas tecn o lo g ias. Dispositivos Anti-Burla Todos os sistem as da RFIDBrasil apresentam diferenciais que m axim izam o seu potencial de segurança, atendendo às dem andas dos m ais exigentes clientes. Além de seu altíssim o desem penho operacional, incorporam dentre outros sinalização verbal, sonora e lum inosa (NBR 9 0 5 0 :2 0 0 4 ) e dispositivos anti-burla, capazes de identificarem , sem qualquer prejuízo para a estética original dos equipam entos, as tentativas de burla por parte de usuários mal intencionados. Etiquetas e Acessórios Todas as etiq u etas & acessó rio s da RFIDBrasil ap resen tam elevado desem pen ho e co m p atib ilid ad e com q u alq u e r um dos m o derno s sistem as de pad rão in tern acio n a l, d estacan do -se a etiq u eta cabelo de an jo, a única no m ercad o com fo rm a to filam e n tar, 14 vezes m ais "in v isív e l" q u e as co n ven cio n ais. Automação C o n fie as fu n ç õ e s d e e m p ré s tim o e d e v o lu ç ã o ao s se u s p ró p rio s u s u á rio s co m to ta l s e g u ra n ç a p a ra a su a B ib lio te c a , to rn a n d o -a a m a is m o d e rn a , a tra tiv a e fu n c io n a l, u tiliz a n d o a m o d e rn a te c n o lo g ia d e a u to m a ç ã o da y R F ID B ra sil. Preservação & Recuperação Preservar para n ao restaurar, re stau ra r para não perder. Nesse co n texto a RFID Brasil d isp o n ib iliza ao m ercad o pro d uto s m o dern o s e de uso in tu itivo , com q u a lid ad e arq u ivística para o pro nto co n su m o , seja em pequenos reparos ou em in terven çõ es m ais co m p lexas. iL ‘t S Ê "["1" ■ Acessibilidade Garantida pela conformidade com as normas ABNT NBR 9050:2004 e ADA (Americans with Disabilities Act) miegriaaoe A s e r es h u m a n o s e e q u i pa m e n t o s - garantida pela c er t i f i ca ç ã o UL - F C C Parte 15 A .* ! _ • I • ■ ■ ^OinpailOMiaatlt Garantida com qualquer moder no si stema de padrão internacional Continuidade Ga r an t i d a por pr odutos d e s e nv o l v i d o s e p r o d u z i do s no Brasil DDG 0800 703 5999 ou (31) 8842-7803 www.rfidbrasil.com IDBrasil Artigo ECI/UFM G FRBR Norma, regra, novo código... O que realmente significa no universo do bibliotecário moderno Profa. Dra. Cintia de Azevedo Lourenço1 CENÁRIO EM QUE NASCE O GRUPO DE ESTUDOS DO FRBR No atual contexto, são imensos Dois fatores que contribuíram pressão para se ter um “nível míni os desafios no sentido de se articu para estas mudanças ambientais: mo” de catalogação, precisava ser lar os avanços técnicos da bibliote repensada e re-avaliada cuidadosa conomia tradicional com as novas a) a introdução e o desenvol mente. E isso teria por base não só possibilidades ensejadas pela tec vimento de sistemas auto a relação entre os elementos de da nologia. O novo cenário requer dos matizados para bancos de dos de um registro, mas também, profissionais a capacitação para dados bibliográficos; e principalmente, as necessidades atuar em novos processos, assim b) o crescimento em larga es dos usuários (IFLA, 2003). Neste como o desenvolvimento de estu cala de bancos de dados seminário, foram adotadas nove dos mais aprofundados de novas nacionais e internacionais resoluções, uma das quais levou a metodologias de catalogação e in com registros de várias bi estudos de um núcleo básico de re dexação a serem aplicadas no tra bliotecas que participavam presentação descritiva, que deram tamento da informação digital. de programas de catalogação origem a um grupo de estudos na O trabalho da representação cooperativa. IFLA para definir o FRBR - Exigên descritiva hoje, nas bibliotecas di cias Funcionais para Registros Bi gitais, a partir dos instrumentos de Surgiu, assim, uma necessida bliográficos. Os estudos do FRBR catalogação, criados ao longo de de crescente de se adaptar os có se iniciaram em setembro de 1992 toda a experiência da biblioteco digos e as práticas de catalogação e foram concluídos em setembro de nomia, especialmente os surgidos às mudanças, às novas formas de 1997. A cronologia dos trabalhos e nos últimos dois séculos, é calcado publicação eletrônica e ao advento um esboço das atividades executa num manancial muito grande de do acesso em rede de recursos in- das encontram-se sintetizados no conhecimento acumulado. formacionais. QUADRO I. Dessa forma, ainda durante as Como marco importante dessas grandes mudanças e inovações das mudanças, o Seminar on Bibliogra- teorias e práticas de catalogação phic Records, realizado em 1990 na (como ISBD, AACR2, MARC etc) cidade de Estocolmo, contribuiu houve uma grande mudança no para o reconhecimento no campo ambiente operacional da cataloga da biblioteconomia mundial, entre ção. outras coisas, de que a constante 1 Professora de Catalogação e Classificação do Departamento de Organização e Tratamento da Informação Escola de Ciência da Informação/UFMG 2Q C RB-6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 QUADRO I - Cronologia do FRBR Data Evento Set./1992 Os temas do estudo foram aprovados pelo Standing Committee of the IFLA Section Cataloguing e são de signados os membros do grupo de estudos do FRBR. Outono/1995 0 grupo de estudos completa suas deliberações para um relatório preliminar. Maio/1996 Com as deliberações definidas, o relatório preliminar é enviado aos membros da seção de catalogação da IFLA e às comentaristas voluntários no mundo todo, para uma revisão por 6 meses. Fev./I 997 0 grupo de estudos se reúne para discutir os comentá rios de revisão 5/Set./1997 0 comitê aprova o relatório final do grupo de estudos sobre o FRBR. O grupo de estudos do FRBR em si, nem em termos de conteúdo teve como propósito: delinear em ou estrutura. É uma análise focada termos claramente definidos, as no usuário, onde: funções de um registro bibliográfico em relação às várias mídias, várias a) utiliza-se uma técnica de aplicações e várias necessidades de análise de entidade que co usuários. meça isolando as entidades Cobrir todo o alcance das fun chaves que são objeto de ções de um registro bibliográfico interesse dos usuários de re em seu sentido mais amplo, isto gistros bibliográficos; é, um registro que não só abarque b) o modelo desenvolvido no elementos descritivos, mas tam estudo é inclusivo em seu bém pontos de acesso (autor, títu âmbito mas não é exausti lo, assunto etc), outros elementos vo em termos de entidades, de organização (N° de classificação atributos e relacionamentos. etc) e anotações (resumos, notas Opera no nível conceituai; de conteúdos etc.). (IFLA, I 998) c) não se limita aos usuários de bibliotecas e seus fun Os termos que são a base deste cionários. Prevê um espectro estudo pedem o desenvolvimento mais amplo onde se incluem: de uma arquitetura que identifique editores, distribuidores, li e defina claramente: vrarias, serviços de recupera ção de informação diversos; a) as entidades de interesse dos prevê a inclusão dos mais usuários de registros biblio diversos materiais, mídias e gráficos; formatos; b) os atributos de cada entida d) prevê a inclusão dos mais de e; diversos materiais, mídias e c) os tipos de relacionamentos formatos. entre essas entidades. O estudo não faz suposições a priori sobre o registro bibliográfico CRB-6 o-Vrvm - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 21 _ Artigo ECÊ/UFMG __________________________________________________________________________________ A MODELAGEM DE DADOS COMO MÉTODO DE ANÁLISE A metodologia utilizada neste limites precisos para esta entidade. O conceito de obra e a linha de de estudo é baseada em uma técnica marcação entre um trabalho e outro podem ser vistos diferentemente de de análise de entidade que é utili uma cultura para outro. Mas podemos entender esta entidade como o zada no desenvolvimento de mo conteúdo da obra em si, independente de seu formato e suporte. Seria o delos conceituais para bancos de foco da descrição atualmente, no lugar do suporte. dados relacionais, que: EXPRESSÃO: E a realização de uma obra em formatos específicos: som, imagem, objeto etc., ou numa combinação de formatos. É a forma em que a) provê uma aproximação es uma obra é realizada de tempos em tempos. Aqui estarão representadas truturada para análise das as tipologias documentais independente do suporte, ou seja, podemos exigências de dados; ter um romance expresso em texto, em som, em filme etc. b) facilita o processo de defini MANIFESTAÇÃO: É a incorporação física da expressão de uma obra. ção e delineamento do que ou seja, está intimamente focada no tipo de suporte. Quando o processo está sendo trabalhado neste de produção envolve mudanças em sua forma física, o produto resultante estudo. é considerado uma nova manifestação. Assim, um romance expresso em texto, pode existir em papel, fita cassete ou em formato eletrônico de acesso local, que seriam CDs, DVDs etc. A estrutura entidade-relaciona- ITEM: É um único exemplar de uma manifestação. É uma entidade con mento derivada da análise de enti creta. Em termos de conteúdo intelectual a forma física, geralmente um dades, atributos e relacionamento, item de uma manifestação é igual à própria manifestação. Mas variações estão sendo usadas neste estudo podem ocorrer recorrentes de ações externas do produtor da manifesta como uma arquitetura para medir ção. Essa entidade conterá informações referentes à propriedade da mani a relevância de cada atributo e rela festação de uma obra, que poderá ser uma instituição ou pessoa física. cionamento nas tarefas executadas por usuários de dados bibliográfi QUADRO 2 - Grupos de entidade-relacionamento, segundo o relatório cos. final do FRBR Esta estrutura e o mapa de atri I o GRUPO Inclui elementos de representação descritiva de regis butos e relacionamentos das tarefas tros bibliográficos. Estes elementos se agrupam em do usuário, são usadas como base quatro entidades básicas, relacionadas entre si: OBRA, para as recomendações do grupo EXPRESSÃO MANIFESTAÇÃO E ITEM de estudos para um nível básico de 2o GRUPO Inclui as entidades que identificam a responsabilida funcionalidade para registros cria de do conteúdo de um trabalho. São as informações dos por exigências bibliográficas relacionadas aos pontos de acesso por autoria. Neste nacionais. grupo identificou-se duas entidades básicas: PESSOA E Segundo o relatório final do FRBR, INCORPORAÇÃO os objetos chaves de interesse dos 3o GRUPO Inclui um jogo adicional de entidades que servem como usuários de dados bibliográficos assuntos de um esforço intelectual ou artístico. São podem ser divididos em três gru entidades relacionadas também aos pontos de aces pos de entidade-relacionamento, so. Neste grupo foram identificadas quatro entidades: como mostra o QUADRO 2. CONCEITO, OBJETO, EVENTO E LUGAR Assim, nesse contexto de enti PESSOA: É uma pessoa, um indivíduo vivo ou falecido, envolvidos na dades e relacionamentos, cada enti criação ou realização de uma obra ou como assunto de uma obra. dade tem um significado específico dentro do universo da representa ENTIDADE COLETIVA: É uma organização, instituição ou grupo de ção descritiva, e se relacionam de indivíduos responsáveis pela criação ou realização de uma obra, ou que acordo com os objetivos e finalida seja o assunto de uma obra. des da recuperação da informação CONCEITO: É uma noção abstrata ou idéia. Envolve um alcance in- pelos usuários. clusivo de abstrações que podem ser o assunto de uma obra: campos de OBRA: Uma obra é uma enti- conhecimento, disciplinas, teorias etc. dade abstrata, sendo difícil definir 2 2 CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 DAS NORMAS E PADRÕES DA REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA Cada entidade definida possui um jogo de características ou atri butos. Os atributos servem como meios dos usuários formularem questões e interpretar respostas de buscas. Há atributos: a) que são inerentes à uma en tidade - meio físico, dimen sões etc; b) que são imputados externa mente, que incluem: FIGURA I - Modelo Entidade-Relacionamento Grupo I ________;___ identificadores - n° de OBIETO: E uma coisa material. Envolve um alcance inclusivo de coisas que podem ser o assunto de uma obra: objetos animados e inanimados, objetos fixos e móveis etc. EVENTO: E uma ação ou ocor rência. Envolve ações e ocorrências ENTIDADE que podem ser o assunto de uma COLETIVA obra: eventos históricos, períodos etc. LUGAR: É uma localização. En volve localizações em geral: terres tre, histórica, características geo gráficas etc. FIGURA 2 - Modelo Entidade-Relacionamento Grupo I e 2 classificação, n° de regis tros etc. informação contextual - contexto político, social etc, Em representação descritiva, os atributos são os campos e/ou subcampos (MARC), ou áreas de descrição (ISBD, AACR) que identi ficam os elementos que identificam cada uma dessas entidades. FIGURA 3 - Modelo Entidade-Relacionamento Grupo 1, 2 e 3 CRB-6 Infaw»*. - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 23 _ Artigo ECI/UFM G ________________________________________________________________________________ QUAL A IMPORTÂNCIA DOS RESULTADOS OBTIDOS NOS ESTUDOS DO GRUPO FRBR PARA A ATUALIZAÇÃO DAS NORMAS DE CATALOGAÇÃO? São 2 os objetivos principais do e) dados específicos para cópias Desta maneira as entidades são FRBR: em coleções de bibliotecas. coisas que têm que ter identidade na representação da informação. a) prover uma definição clara de Neste estudo, as exigências fun Portanto, o modelo FRBR visa dar uma arquitetura estrutura cionais para registros bibliográficos um suporte concreto para as dis da para relacionar os dados são definidas em relação às seguin cussões sobre a atualização e ade contidos em registros biblio tes tarefas genéricas que são exe quação às novas tecnologias das gráficos necessários aos usu cutadas por usuários quando pes regras do AACR2R. ários destes registros: quisam em bibliografias nacionais e Com os resultados do FRBR, b) recomendar um nível básico catálogos de bibliotecas: observou-se uma necessidade de de funcionalidade para a cria inversão do foco da descrição bi ção de registros por agências a) uso dos dados para encon bliográfica, que atualmente está no bibliográficas nacionais. trar materiais que correspon suporte da informação, tendo em dam ao critério de busca es vista os próprios capítulos do có Um registro bibliográfico é defi tabelecido pelo usuário; digo de catalogação. nido como um agregado de dados b) uso dos dados recuperados Desta forma, a proposta de um que são associados com entidades para identificar uma entida novo código é que a representação descritas em catálogos de bibliote de; descritiva seja focada no conteúdo cas e bibliografias nacionais e in c) uso dos dados para selecio da obra, ficando o suporte como cluem elementos: nar uma entidade que seja um elemento secundário na orga apropriada às necessidades nização de catálogos e bancos de a) de dados descritivos: do usuário; dados. b) pontos de acesso: d) uso dos dados em de ordens c) outros elementos de dados de aquisição ou obtenção de para organização de um ar acesso (empréstimo, consul quivo de registros: ta etc) para a entidade des d) anotações; crita. O NOVO CÓDIGO D E CATALO GAÇÃO A atual proposta do “AACR3” quando-o ao mesmo tempo ao am base online Worldcat (http://www. não pretende que este seja apenas biente digital. Essa modelagem de worldcat.org/), onde profissionais uma atualização do AACR2R, pois dados, realizada pelo grupo FRBR do mundo todo podem fazer bus o modelo atual do código é muito utilizando o Modelo Entidade-Re- cas e observar as diferenças mais inflexível (preso ao suporte) e pos lacionamento, traz uma concretu- significativas que o RDA causará sui regras enviesadas incompatíveis de à discussão subjetiva que existia na recuperação das informações bi com as bases atuais e à aplicação do acerca de o código de catalogação bliográficas. O WorldCat Identities FRBR. Assim, o nome foi alterado ser mais ou menos detalhista na (beta) é um projeto experimental do de AACR3 para RDA, exatamente representação descritiva. grupo de estudos da IFLA sobre ca para não ser considerado uma atu As discussões sobre o novo có talogação que implementa a futura alização e sim um novo conceito de digo têm avançado, mas muitas nova versão do AACR com base no código de catalogação. dúvidas e detalhes que surgem têm FRBR. Identifica 20 milhões de no O novo código de catalogação também atrasado seu lançamento mes de autores e mais inúmeros que será o RDA - Resource Des- oficial entre a comunidade bibliote objetos digitais. Possui também cription and Access, utiliza o FRBR cária, que atualmente está previsto um catálogo de autoridades: uma como modelo conceituai e teórico para 20 I 0 ou 20 I I . espécie de W h o 's Who online. de base. A idéia é reforçar assim As propostas do novo código Haverá também um modelo novo os objetivos da catalogação, ade- têm sido aplicadas pela OCLC na para autoridades: FRAD - Requeri- CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - n 2 - nov. 2008 mentos Funcionais para Dados de Autoria, com a aplicação da mesma metodologia do FRBR que têm orientado o RDA. Além disso, o IME ICC tem desenvolvido novos princípios da catalogação de Paris. Dessa forma, pode-se dizer que o RDA vai comportar e conter o FRBR, sendo editado por Tom Delsey, e sua criação aceita contribuições de pessoas do mundo todo. Nesse sentido espera-se que as estruturas do RDA também sejam incorporadas no MARC21. Com a finalidade de receber essas contribuições de catalogadores do mundo todo, o site oficial do RDA (www.rdaonline.org) disponibiliza todos os relatórios e textos produzidos pelo grupo que o desenvolve, além de conter uma lista de discussão, onde discussões em português também são bem-vindas. Os profissionais interessados em contribuir e participar desse momento histórico da catalogação mundial também podem obter mais informações em outros sites mantidos pelos colaboradores do projeto do RDA, como: a) http://www.collectionscanada.ca/jsc/rda.html ; b) http://www.librarything.com/; c) http://www.oclc.org/reports/2005perceptions.htm . C O N SID ER A Ç Õ ES FIN A IS Finalizando, o que se pode afirmar com certeza é biblioteca deve ser livre para o usuário de informação. que o FRBR não é nem uma nova regra de descrição A OCLC acredita que os usuários pagariam por in bibliográfica e muito menos o novo código de cata formação de qualidade às bibliotecas ao invés da infor logação. É uma base conceituai desenvolvida em uma mação duvidosa da internet. Nesse sentido, as biblio técnica de modelagem de dados (MER), com o objetivo tecas passam a ter uma presença local e uma presença de proporcionar maior clareza às discussões de uma global, devendo se tornarem parte desse universo ele melhor adequação do código de catalogação ao am trônico. biente eletrônico, através do mapeamento lógico das Catálogos online no futuro devem: necessidades descritivas da representação da informa ção. a) ser cada vez mais acessíveis na rede; A idéia básica é que o novo código, ao invés de fo b) catalogar livros, pessoas etc.; car o suporte da informação, como tem sido até hoje, c) oferecer serviços e produtos online: passe a focar a OBRA em si. Ou seja, informações d) incluir contribuições informacionais de usuá como tipo de documentos (EXPRESSÃO) e suportes rios. de informação (MANIFESTAÇÃO), passem a ser infor mações secundárias adicionais à descrição, que deve O modelo desenvolvido para este estudo represen rá ser focada na OBRA em si, independente de como ta, na medida do possível, uma visão “generalizada” essa obra, artística, literária ou cultural esteja sendo do universo bibliográfico, que pretende ser indepen expressa e distribuída aos usuários de informação. dente de qualquer código de catalogação particular ou Os elementos de descrição continuarão a ser os implementação para representação de conceitos. mesmos, a diferença estará basicamente na organiza A análise entidade-relacionamento, refletida no ção desses elementos para uma recuperação de infor modelo, pode servir também como uma arquitetura mações mais eficiente. conceituai útil para uma re-avaliação das estruturas Nesse contexto, está inserido também o modelo de utilizadas para armazenagem, exibição e comunicação negócio da OCLC que atualmente considera que uma de dados bibliográficos. REFERÊNCIAS DELSEX Tom. Modeling the logic of AA CR. INTERNATIONAL CONFERENCE ON THE PRINCIPLES AND FUTURE DEVELOPMENT OF A ACR, Toron to, 23-25 Oct. 1997. Proceedings... Toronto: American Library Association: Library Association Publishing, 1998. p.1-16. IFLA Study Group on the Functional Requirements for Bibliographic Records. Functional Requirements for Bibliographic Records: final report. [printed text]. Munich: K. G. Saur, 1998. Disponível em: < http://www.ifla.Org/VII/s 13/frbr/frbr.pdf> . Acesso em: 30 out. 2003. JSC Format Variation Working Group. ínterim report. 2001. Disponível em: < http://www.nlc-bnc.ca/jsc/docs/forvarwg3.pdf> . Acesso em: 24 maio 2003. MEX Eliane Serrão Alves. Catalogação e descrição bibliográfica: contribuições a uma teoria. Brasília: Associação dos Bibliotecários do Distrito Federal, 1987. 201 p. TILLET, Bárbara. Padrões AACR2 x A ACR3 - novas propostas para a descrição de recursos de informação. CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIO TECONOM IA, DOCUM ENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORM AÇÃO, 22, 2007, Brasília. A n ais... Brasília: FEBAB, 2007. I CD-ROM. CRB-6 • t - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 25 D estaque SISTEM A C FB /C R B s A P R ESEN T A À SO C IED A D E P R O JE T O M O BILIZAD O R O Projeto Mobilizador Biblioteca rede de informação para o ensino tamente aquele espaço que deve Escolar: Construção de uma Rede público. Ela propõe o estabeleci ria receber atenção especial dos de Informações para o Ensino Pú mento de amplo esforço nacional governantes para que os alunos blico, lançado em Brasília no dia com o objetivo de promover maior tivessem acesso ao conhecimento I I de setembro pelo Sistema CFB/ qualidade no ensino público, atra acaba desprestigiado, destacou, CRBs, foi o primeiro resultado, visívés da criação e da implantação de ao lembrar que, muitas vezes, os vel para o grande público, de uma uma rede de informação dinâmica acervos chegam até a escola, mas série de iniciativas que envolvem o e eficaz. Também indica que o país acabam inutilizados pela falta de Conselho Federal e os Conselhos há muito se ressente da falta de um profissional especializado para Regionais de Biblioteconomia de bibliotecas nas escolas, e destaca cuidar da biblioteca. todo o país. que a oferta de um serviço eficiente O documento dirige-se não ape de informação para a formação de nas aos bibliotecários - cujas com Contribuição social autonomia crítica do cidadão bra petências e habilidades profissio Que projeto político, de amplitu sileiro implica a concepção de uma nais deverão garantir a qualidade de nacional, deveria ser delineado competência informacional, função do serviço oferecido, de maneira a pelo Sistema CFB/CRBs para pro também da biblioteca escolar. Por universalizar e facilitar o acesso à mover a profissão? A partir desta fim, a proposta trata de estratégias informação - mas à sociedade em questão, os representantes dos para sua execução, e identifica pos geral, tendo em vista que as ações Conselhos Federal e Regionais de síveis parceiros. a serem desencadeadas têm como Biblioteconomia, reunidos em uma o foco a formação do cidadão em série de wokshops, concluíram pela Projeto Mobilizador processo de desenvolvimento no necessidade de levantar dados que O Projeto Mobilizador Biblioteca âmbito da escola. Por fim, aponta revelassem o maior número possí Escolar: Construção de uma Rede as estratégias a serem adotadas vel de informações sobre formação de Informações para o Ensino Pú para execução da proposta, com profissional, atuação profissional e blico tem por objetivo fortalecer destaque para todos os possíveis mercado de trabalho. Com base em esses espaços nas escolas públicas, parceiros e responsáveis, além de estudos a respeito desses temas, com acervos e recursos humanos elencar indicadores que permitirão os bibliotecários que atualmente adequados. Segundo a presidente avaliar o projeto. dirigem o Sistema CFB/CRBs che do CFB, Nêmora Rodrigues, muitas O Projeto Mobilizador já foi apre garam à proposta de adoção de um bibliotecas ainda são meros “depó sentado aos Ministérios da Educa Projeto Mobilizador. sitos de livros” . ção e da Cultura, principais focos Como primeira ação, o Sistema Ela comentou, durante o lança da campanha. Agora a iniciativa CFB/CRBs deliberou por conduzir mento do Projeto, em Brasília, que busca apoio do setor privado e será uma articulação nacional em torno as bibliotecas escolares da rede pú lançada também em eventos regio da proposta denominada de Biblio blica sofrem com o sucateamento nais. “ Na prática, esses ministérios teca escolar - construção de uma e com extremas dificuldades. “Jus já enviam recursos financeiros e CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 26 materiais para as escolas, mas nãoblioteca escolar, o Projeto Mobiliza- teca escolar não somente lidar com há preocupação com recursos hu dor recorre a diversos documentos as demandas do aluno, mas, sobre manos. A escola recebe, por exem de autoria de organismos nacionais tudo, atuar no contexto do proje plo, uma coleção de dicionários, ee internacionais, entre os quais a to político-pedagógico da escola guarda de dentro de um armário Organização dos Estados America através do trabalho conjunto com para que não estrague. O acesso nos (OEA), segundo a qual “a bi o professor e a gestão escolar” . não é facilitado ao aluno, portanto blioteca escolar é um instrumento O texto revela ainda que, pelo há um desvirtuamento” , explicou ade desenvolvimento do currículo e discurso oficial do Estado brasilei presidente do CFB. permite o fomento da leitura e da ro, há o reconhecimento de que a E ressaltou que o cargo de bi formação de uma atitude científica; biblioteca na escola eleva os níveis bliotecário nas escolas públicas éconstitui um elemento que forma de desempenho, índices estes que ocupado na maioria das vezes por o indivíduo para aprendizagem per são acentuados quando da presen professores em desvio de função. manente; estimula a criatividade, a ça de um responsável que possua “São profissionais com dificuldadecomunicação; facilita a recreação; competências para a execução inte de regência de classe e consequenapóia os docentes em sua capaci grada do trabalho a ser realizado. temente de atendimento ao públi tação e lhes oferece informação ne co também. As bibliotecas acabam cessária para tomada de decisão na Responsabilidade partilhada atendidas de maneira precária por aula” . O documento que apresenta o professores que não têm um prepa O documento do Projeto Mobi- Projeto Mobilizador Biblioteca Es ro mínimo, sequer para questão do lizador afirma que, nesta perspec colar: Construção de uma Rede de incentivo ao hábito da leitura” . tiva, exposta pelo organismo inter Informações para o Ensino Públi Além de profissionais habilitanacional, a biblioteca escolar possui co, informa que a proposta deseja dos para organizar e administrar as uma função pedagógica relaciona contribuir efetivamente para a qua bibliotecas, a campanha defende da a uma ação em prol da leitura, lidade do ensino, no território na a modernização desses espaços, do incentivo à criação do gosto e cional, de modo a tirar o Brasil de que precisam oferecer outros re hábito de ler; à pesquisa escolar e uma situação difícil no que tange cursos ao públicos. “A biblioteca ao trabalho intelectual que propor - circulação da informação e do co escolar precisa ser um lugar dinâcionarão ao educando meios para nhecimento na escola púlica. Como mico, agradável, um ambiente em melhor desempenhar seus papéis estratégia de execução do projeto, que a criança se sinta estimulada asociais; e à ação cultural com vis propôs que sejam identificados aprender, compartilhar a sua expe tas a favorecer o entendimento da possíveis parceiros, discutindo a riência” , defendeu Nêmora. identidade do cidadão no espaço proposta delineada, seu papel para onde vive. “Ademais” , prossegue a eficácia operacional do projeto de Defesa da biblioteca o texto do Projeto Mobilizador, “a modo a obter sua adesão. Na defesa da importância da bi OEA destaca que compete à biblio Assim, caberá ao Conselho Fe- CRB-6 Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 27 D estaque estabelecimento dos critérios bási cional do Sistema, que se consti cos para o funcionamento da rede tuirá de material produzido pelos de informação do ensino público bibliotecários, documentos admi brasileiro. Esta etapa será de articu nistrativos, textos da legislação lação do Sistema CFB/CRBs e par pertinente ao Sistema e documen ceiros com os órgãos responsáveis tos técnicos, tais como artigos de e previamente contatados, para a periódicos, livros ou capítulos de implantação da rede de informação livros. Tais iniciativas são frutos de para o ensino público brasileiro em um projeto estruturante, que tem conformidade com os delineamen- por objetivo adequar a estrutura tos traçados. interna do Sistema CFB/CRBs, de Também haverá monitoramento modo a alcançar uma melhor per dos projetos existentes em âmbi formance e ampliar sua capacidade to governamental que possam ser de promover ações que construam acionados articuladamente para identidades positivas sobre o fazer deral de Biblioteconomia fazer promover a implantação da rede da profissão. A proposta é alcançar, contatos com parceiros que atuem de informação do ensino públi com tais atividades, não apenas a em nível nacional, com intuito de co brasileiro que, ao final de três categoria formada e em formação, sensibilizá-los para legitimar a pro anos, deverá estar articulada e em mas também os formadores e a so posta, cabendo a este ente do Sis processo de implantação em todo ciedade em geral. tema, constituir uma versão padro território nacional. Segundo a bibliotecária Célia nizada do projeto para promover as Para isso, está prevista a mobili Regina Simonetti Barbalho, autora demais articulações necessárias em zação de determinados segmentos do documento Estratégia de gestão níveis que não sejam de sua com da sociedade, de modo a criar um do sistema CFB/CRBs baseada em petência. Aos Conselhos Regionais fórum permanente de discussão evidências, “o Projeto Estruturan de Biblioteconomia caberá identifi sobre a biblioteca escolar. Neste te do Sistema CFB/CRBs viabilizou car parceiros que atuem no espa processo, destaca-se o fomento à uma série de tomadas de decisão ço de cada jurisdição, incluindo-se formação de profissionais bibliote que conduziram ao entendimento neste contexto as secretarias mu cários para atuação qualificada no da cultura sistêmica a fim de que nicipais e estaduais de educação, contexto da proposta. Outra ação os serviços oferecidos aos profis os conselhos de educação e outras prevista é o levantamento da le sionais registrados possam buscar entidades. gislação em trâmite que contribua a padronização capaz de permitir a Com base no cronograma deli para promover a implantação da eficácia e eficiência organizacional” . neado no documento que apresen rede de informação para o ensino Professora adjunta do curso de Bi ta o Projeto, no prazo de um ano a público brasileiro bem como pro blioteconomia da Universidade Fe partir do lançamento da proposta por a criação de novas leis relacio deral do Amazonas e 2a Secretária - ou seja, até setembro de 2009 - o nadas ao tema. Com base nesse do CFB, Célia Regina Simonetti Bar Sistema CFB/CRBs e seus parceiros monitoramento, será possível bus balho comenta que a análise con- deverão caracterizar a real situação car apoio para projetos ou propor textual, com levantamento de da das bibliotecas escolares da rede de algo novo que constitua interesse dos a respeito dos temas formação ensino público brasileiro, de modo para implantação da rede de infor profissional, atuação profissional e a possibilitar o levantamento de da mação. mercado de trabalho, conduziu a dos que permitam o delineamento duas decisões tomadas no âmbito de ações visando à atuação eficien Pojeto estruturante - Sistema da 14a. Gestão do CFB: “Constituir, te destes organismos. Em um prazo CFB/CBR através de um projeto estruturante, de 90 dias após a conclusão deste Muitas outras ações tiveram o Sistema CFB/CRBs capaz de aten diagnóstico, o Sistema CFB/CRBs e início a partir dos Workshops pro der aos elementos identificados; e seus parceiros deverão compor, a movidos, dentre elas destacam-se compor um projeto político a par partir do conhecimento da realida outras iniciativas do Sistema CFB/ tir de uma ação mobilizadora que de, as condições mínimas para fun CRBs: um portal corporativo que impactasse na sociedade em geral, cionamento da rede de informação incluirá a página principal do CFB e nos profissionais em formação, nos para o ensino público brasileiro. links para os Conselhos Regionais formados e nos formadores” . A etapa seguinte do projeto tem e a criação do Repositório Institu- prazo previsto de 360 dias após o CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - i. 2 - nov. 2008 Transparência e praticidade Sistema CFB/CRBs terá site corporativo e repositório institucional Procurar documentos institu o impacto da publicação” , justifica constituirá de material produzido cionais, publicar resultados de Nêmora Rodrigues, ao destacar que pelos conselheiros, de documen trabalhos científicos ou fazer con os pesquisadores são recompensa tos administrativos, e de legislação tato instantâneo com qualquer dos pela sua produtividade cientí pertinente ao sistema e documen um dos conselhos integrantes do fica, que se reflete em progressão tos técnicos, tais como artigos de Sistema CFB/CRBs. Estas e muitas na carreira e financiamento de pro periódicos, livros ou capítulos de outras ações se tornarão possíveis jetos, por exemplo. livros e trabalhos apresentados em - e rápidas - com a criação do site O propósito do modelo de arqui eventos. corporativo e do Repositório Ins vos abertos é incentivar o gerencia titucional, ambos em processo de mento da publicação pelo pesqui Manual de Gestão elaboração. sador (auto-arquivamento) e, ao Ainda em fase de elaboração, tam Segundo a presidente do Con mesmo tempo, utilizar tecnologia bém faz parte da série de iniciativas selho Federal de Biblioteconomia aberta que possibilita o acesso por do Sistema CFB/CRBs o Manual de (CFB), Nêmora Rodrigues, o site diversos provedores de serviços Gestão, que foi concebido como corporativo do Sistema CFB/CRBs nacionais e internacionais. O Re forma de estabelecer procedimen incluirá a página principal do CFB positório Institucional do Sistema tos padrões para as rotinas dos e links para os demais regionais. CFB/CRBs conterá comunidades e conselhos regionais, enriquecido “ Haverá um padrão para que todo o subcomunidades que contemplam com exemplos, “ mas principalmen Sistema seja apresentado de modo toda memória do Sistema. “Serão te construído a partir das práticas uniforme” , diz a presidente, ao ex incluídos os relatórios, a história, dos CRBs, em conformidade com a plicar que, assim, pretende-se que a legislação e a jurisprudência, en legislação vigente”, informa Nêmo todas as informações relativas às fim todos as atividades do Sistema, ra Rodrigues. ações do Sistema estejam visíveis e além da produção intelectual dos Ela explica que esse instrumento acessíveis. “ Isso permitirá, inclusi conselheiros” , diz Nêmora Rodri pretende ser um documento norte- ve, que os conselhos de menor por gues, ao informar que a estrutura ador às gestões do CFB e regionais, te venham a ter chance de divulgar de bases de dados está pronta e pois contém as tarefas de cunho suas atividades” , comenta. aprovada pelo Sistema. administrativo-operacional, relati Já o Repositório, que está sendo A próxima fase será a de inclu vas às questões de pessoal, fluxo construído dentro da filosofia dos são de dados, o que se dará conco de atividades, e especialmente, os arquivos abertos (open archives), mitantemente com a implantação fluxos dos processos de fiscaliza possibilitará a disponibilização livre do Portal Corporativo. A proposta, ção profissional, incluindo os de na internet de literatura de caráter que integra o Portal ao Repositó ética profissional. acadêmico ou científico, permitin rio, abrange duas questões estraté Para os idealizadores do projeto, do a qualquer usuário ler, descar gicas: contribui para o aumento da o Manual representa uma forma de regar (download), copiar, distribuir, visibilidade das instituições, ser organizar e atender regularmente imprimir, pesquisar ou referenciar vindo como indicador tangível da aos objetivos e finalidades para o (link) o texto integral dos docu sua qualidade: além de colaborar qual o Sistema CFB/CRBs foi cria mentos. O Repositório terá duas para a reforma do sistema de co do, ao padronizar os procedimen vias para o acesso livre: revistas e municação científica, ampliando o tos, o Manual será um instrumento artigos disponíveis aos usuários, acesso aos resultadas da pesquisa de racionalização de métodos e de sem restrições desde a sua publica científica. aperfeiçoamento do sistema de co ção; e o auto-arquivo pelos autores Segundo Nêmora Rodrigues, a municações, favorecendo a integra dos seus trabalhos, em repositó proposta reúne pelo menos quatro ção dos diversos subsistemas orga rios institucionais livremente aces importantes características: acesso nizacionais. O documento conterá síveis. “ Neste tipo de ambiente, os público transparente, ampla tipo três volumes, que abordarão os te pesquisadores e acadêmicos pu logia de documentos, multidiscipli- mas Funções; Suporte; e Legislação blicam resultados do seu trabalho naridade e preservação digital. Ela e Modelos. não para obterem lucros, mas para acrescenta que o Repositório Ins obterem outro tipo de recompensa: titucional do Sistema CFB/CRBs se CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 29 C om u nicaçã o Toma posse a 15a Gestão do CRB-6 e o CFB prepara-se para processo eleitoral triênio Eleita em 18 de novembro, a nova montam chapas com titulares e em processo de voto secreto vo diretoria do Conselho Regional de efetivos. Para a eleição do Conse tam nos bibliotecários candidatos. Biblioteconomia - 6 a Região toma lho Federal, não existe composição Serão considerados eleitos para posse na primeira semana de janei de chapas e sim eleição de 7 (sete) Conselheiros efetivos os 7 (sete) ro. A 15a Gestão do CRB-6, cujo Conselheiros Federais efetivos e 3 candidatos que obtiverem maior mandato se dará no triênio 2009- (três) suplentes, eleitos por escru número de votos e para Conse 2011, pretende intensificar a fisca tínio secreto e maioria de votos; lheiros Suplentes, o 8o (oitavo), lização nas bibliotecas de todo 0 normalmente com o apoio de seu 9o (nono) e 10 décimo) candidato estado e dar continuidade às ações regional, e 7 (sete) Conselheiros mais votado. implementadas pela 14a gestão. Federais efetivos sorteados dentre Os sete professores antes de Já o Conselho Federal de Biblio representantes de Instituições de irem para o sorteio são escolhidos teconomia (CFB) deverá publicar, Ensino Superior que ministrem o pelos colegiados dos cursos, que em janeiro de 2009, resolução ensino de Biblioteconomia, sendo enviam uma lista tríplice de docen que definirá as regras da eleição, permitido o sorteio de apenas um tes que possuam inscrição em seus que deverá ocorrer em março. Os representante por Conselho Regio Conselhos Regionais e estejam em interessados em participar do pro nal. dia com suas obrigações junto ao cesso eleitoral, devem organizar a Os 7 (sete) conselheiros efetivos órgão. O período de inscrição ainda documentação necessária para a e os 3 (três) suplentes são eleitos não foi divulgado, mas deve ocor inscrição ao pleito. A composição pelos 15 Delegados eleitores, um rer no mês de janeiro, com previsão do CFB se dá de forma diferente representante de cada CRB (nor de eleição para mês 0 de março. A da dos Conselhos Regionais, que malmente seus presidentes), que posse da nova gestão deve ocorrer 30 CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 no mês de maio de 2009. 6/2407). Graduada em Biblioteco 6/2168). Graduado em Biblioteco O trabalho desenvolvido, tanto nomia pela UFMG em 2005. Tra nomia pela UFMG em 2003. Apo pelos conselheiros nos Conselhos balho pela MGS no Centro Mineiro sentado. Conselheiro efetivo da Regionais, como no Conselho Fede de Referência em Resíduos desde 14a Gestão do CRB-6. Coordena ral, é voluntário e deve contar com 2007. De 2005 a 2007 atuei na dor da CTC (Comissão de Tomada o apoio e colaboração dos patrões Univale em Governador Valadares. de Contas) e membro da Comissão e instituições na liberação para o luliana Alves Moreira (CRB- de Ética. exercício, pois muitas vezes eles 6/2169). Graduada em Biblioteco têm que se ausentar para executar nomia pela UFMG em 2003. Bi Suplentes atividades em prol da categoria, bliotecária da Prefeitura Municipal bem como para representá-la, por de Belo Horizonte - Secretaria da André de Souza Pena (CRB- tanto é necessário que toda a cate Educação. 6/2136). Graduado em Biblioteco goria reconheça, colabore, participe Kátia Lúcia Pacheco (CRB- nomia pela UFMG em 2002. Mes e critique construtivamente para o 6/1709). Graduada em Bibliote tre em Ciência da Informação pela trabalho desses profissionais que conomia pela UFMG em 1988. UFMG em 2007. Bibliotecário da se dispõem a representá-la. Especialista em Organização da Faculdade do Futuro na cidade de Informação em Contextos Digitais Manhuaçu, MG. Coordenador da Conheça um pouco dos inte e mestranda da ECI/UFMG. Biblio Comissão de Ética da 14a Gestão grantes da nova Gestão do CRB-6 tecária da Escola de Música da do CRB-6. -Triênio 2009-201 I: UFMG. Maria Eunice Coelho Guimarães Lúcia de Fátima Vieira da Sil- (CRB-6/1 182). Graduada em 1983 Efetivos va (CRB-6/1360). Graduada em pela UFMG. É bibliotecária no Cen Biblioteconomia pela Escola de tro Federal de Educação Tecnológica Antônio Máximo de Carvalho Biblioteconomia de Formiga. Pós- (CEFET-MG), em Belo Horizonte. (CRB-6/1 180). Graduado em 1986 Graduação em Tratamento da Infor Paula Carolina de Freitas Palmei- pela Escola de Biblioteconomia de mação Científica e Tecnológica para ra (CRB-6/22 12). Bibliotecária da Formiga. É bibliotecário na Univer Estruturação de Bancos de Dados. Sociedade Brasileira de Oncologia sidade Federal de Lavras, em Lavras/ Trabalhou no Curso de Biblioteco Clínica. Graduada em Biblioteco MG. nomia durante I 7 anos como Di nomia pela UFMG e em Pedagogia Cássio |osé de Paula (CRB- retora, Coordenadora e Professora pela UEMG. Pós-Graduação Lato- 6/1463). Diretor do Sistema Inte de Tratamento da Informação, atu Sensu, CEPEMG - Centro de Estu grado de Bibliotecas PUC Minas, almente é Coordenadora do Museu dos e Pesquisas Educacionais de graduou-se em Biblioteconomia em Municipal de Formiga. Minas Gerais. 1990 pela UFMG. Pós-Graduação Mauricio Amormino lúnior (CRB- Selma Soares Silva (CRB-6/2402). em Informática na Educação e atu 6/2422). Graduado em Biblioteco Graduada em 2004 pela UFMG. É almente cursa o MBA em Gestão nomia pela UFMG em 2005. Traba bibliotecária na Fundação Sidertu- Estratégica em Empreendedorismo lha na Coordenação das Bibliotecas be, em Belo Horizonte. e Marketing ambos na PUC Minas. do Colégio Santa Maria e na Facul Sheila Margareth Teixeira Adão Elma Aparecida de Oliveira (CRB- dade Cotemig. (CRB-6/2106). Graduada em 2002 6/2088). Graduada em 1993 pela Meissane Andresa da Costa Leão pela UFMG. É bibliotecária na Escola de Biblioteconomia de For (CRB-6/2353). Graduada em 2005 UEMG - Escola de Design, em Belo miga. Coordenadora do Núcleo de pela Escola de Biblioteconomia de Horizonte. Bibliotecas da Newton Paiva, em Formiga. É bibliotecária no Conse Weslev Rodrigo Fernandes (CRB- Belo Horizonte. lho Regional de Enfermagem, em 6/22 14). Graduado em Bibliote Haieska Haum (CRB-6/2335). Belo Horizonte. conomia pelo UNIFOR em 2002, Graduada em Biblioteconomia pela Rosemeire de Freitas (CRB- Bibliotecário do Instituto de Ciên UFMG em 2004, já trabalhou como 6/1714). Graduada em 1995 pela cias Exatas/UFMG. Cursando Espe representante discente na ECI. Ser Escola de Biblioteconomia de For cialização em Gestão Estratégica da vidora da Prefeitura de Belo Ho miga. É bibliotecária no instituto Informação pela ECI/UFMG. rizonte - Secretaria Municipal de Padre Angélico Lipani, em Belo Ho Educação, atua como coordenado rizonte e exerce o cargo de 2a Se ra de bibliotecas escolares. cretária da atual gestão do CRB-6; loicelv Moreira Agenor (CRB- Valter Antônio de Araújo (CRB- CRB-6 7*^0**»»<* - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 31 "1 Inform es __________________________________________________________________________________________________ 14* GESTÃO CRB-6; O BALAN ÇO D E UM MANDATO Sônia Miranda de Oliveira1 Orfila Maria Mudado Silva1 2 Lúcio Alves Tannure3 Maria Ângela Dias dos Santos4 Utilizo-me das palavras de Mei- nais, acredita que as pessoas que autárquicas comuns ou típicas, ao relles (1988, v. 10, p. 233) para se tornam, voluntariamente, con contrário, são consideradas enti descrever a finalidade dos Conse selheiros recebem algum tipo de dades autárquicas “sui generis" ou lhos de Classe benefício por isso, seja ele financei corporativas, detentoras de ca ro, profissional ou político. Só para racterísticas próprias e altamente No nosso sistema jurídico, os ór esclarecer, nenhum dos membros peculiares, pois apesar de se su gãos fiscalizadores têm uma dupla do Conselho, recebem qualquer jeitarem a todos os tipos de fisca finalidade precípua: verificação da existência das condições de capaci tipo de salário ou ajuda financeira, lizações por parte dos órgãos do dade que a lei impõe para o exercício bem como, não são dispensados governo e terem que prestar contas de determinada profissão; atuação de suas atividades profissionais em de todas as atividades desenvolvi no sentido de que as atividades pro seus locais de trabalho. Quanto das, os Conselhos existem e sobre fissionais pertinentes ao setor sob aos benefícios políticos, somente vivem, única e exclusivamente, com sua jurisdição administrativa não se exerçam em desconformidade com a se dão nas esferas dos contatos recursos oriundos dos próprios legislação pertinente ou por quem em prol da categoria, por força de profissionais que representam, isto não possua a devida habilitação. representação, ou interlocução em é, quem sustenta e mantém os questões que dizem respeito ao conselhos profissionais são os pró Os Conselhos de Exercício Profis profissional bibliotecário, sejam prios profissionais fiscalizados com sional possuem poder regulamen elas no âmbito público ou priva o pagamento de suas anuidades. tar e poder de polícia, sendo estas do. Ao representar o profissional Saliento aqui, que os conselheiros suas duas atribuições mais relevan Bibliotecário é feita a divulgação e também pagam anuidades e como tes. Efetuando a autofiscalização de promoção de sua atuação, e conse ordenadores de despesa (como no sua respectiva categoria, assumem quentemente, do reconhecimento caso de membros da diretoria) são junto aos seus pares um papel, na da importância de nossa profissão obrigados a prestar contas de to maioria das vezes, desagradável, pelo mercado de trabalho . dos o recursos adquiridos e gas pois grande parte dos profissio Os Conselhos não são entidades tos pelos Conselhos, sob pena, no 1 Presidenta do CRB-6 - 14a Gestão - Mestra em Tecnologia - CEFET-M G - Professora Titular do Curso de Biblioteconomia de Formiga - Bibliotecária do CEFET-M G . 2 Bibliotecária Fiscal - CRB-6. 3 Bibliotecário Fiscal - CRB-6. 4 Coordenadora da Comissão de Fiscalização do CRB-6 - 14a Gestão. Chefe da Divisão de Bibliotecas do CEFET-M G . 32 CRB-6 ■V - Belo Horizonte - v. I n. 2 - nov. 2008 caso de irregularidades, de serem TABELA 1 - AÇÕES DA FISCALIZAÇÃO DURANTE A 14a GESTÃO processados e obrigados a arcar AÇÕES DESENVOLVIDAS 2006 2007 2008 TOTAL com os prejuízos que venham gerar Visitas realizadas 224 223 375 822 à categoria ou ao Estado em todas Visitas realizadas na capital 114 81 255 450 as suas esferas. Visitas realizadas no interior 110 142 120 372 Neste artigo é feito o relato de como transcorreram os três anos de Fiscalização por intermédio de cartas de 53 66 117 236 mandato da 14a Gestão do CRB-6 regulamentação - triênio 2006 a 2008. Foram gran Questionamentos a concursos públicos 16 29 20 65 des os ideais e inúmeras as idéias, Bibliotecários sem registro 28 17 12 66 no entanto, nem todos os objetivos Bibliotecários contratados 17 22 20 59 foram atingidos em sua totalidade, Denúncias 74 111 64 249 pois muitos tropeços foram encon Processos baixados pela comissão de ética 2 11 22 35 trados e o excesso de trabalho de todos os conselheiros, nos fizeram Fonte: Comissão de Fiscalização deixar muita coisa por fazer. sentimento de que fizemos o que ção, contudo durante o período de Saímos, no entanto, com a sen nos foi possível, não o nosso me 2006 a 2008, as atividades realiza sação do dever cumprido, com o lhor, mas o que, diante das circuns das pela Comissão de Fiscalização tâncias, era viável. e os fiscais do CRB-6, foram sur TABELA 2 - CIDADES VISITADAS - TRIÊNIO 2006-2008 Apresentam os preendentes e devem ser demons 1C ID A D E S 2006 2007 f 2008 1 A LFEN A S X alguns resultados tradas. ARAXÁ X das ações desen O crescente no número de fisca ARCO S X BAM BUÍ X volvidas durante lizações se deve ao cumprimento B E L O H O R IZ O N T E X B E T IM X X X X estes três anos, das metas estabelecidas pela 14a BO M D ESPACH O X salientando a in Gestão do CRB-6, que tinha como B R U M A D IN H O X X CAETÉ X tensificação da prioridade maior entre suas ações, a CAM PAN HA X fiscalização nas intensificação do número de visitas C A M P O BELO X C O N F IN S X cidades do interior às cidades nunca visitadas, às ins CONGONHAS X e da região me tituições denunciadas e às regiões CO N TAG EM X X X C O R O N E L F A B R IC IA N O X tropolitana, fato do estado com grande quantidade D I V IN Ó P O L I S F O R M IG A X X X este, que se rever de bibliotecas de todos os tipos. G O V ER N A D O R V A LA D A R ES X teu em inúmeras É importante salientar que a partir IP A T IN G A X I T A B I R IT O X X contratações de da contratação de mais um fiscal, IT A Ú N A X bibliotecários e as atividades da fiscalização foram JU A T U B A X X J U ÍZ D E F O R A X X de regularização ampliadas e otimizadas, como pode LA G O A DA PR A TA X de situações in ser verificado na TAB. I na coluna LA G O A SA N TA X LA VRA S X corretas adotadas que descreve o ano de 2008. M ACHADO M A R IA N A X X por profissionais A seguir serão apresentadas as M O N TES CLA RO S X e instituições em cidades visitadas durante os três N O V A L IM A X X X N O VA SERRA N A X todo o estado. anos da 14a Gestão do CRB-6 O U R O PR ETO X É interessante (TAB. 2). PASSO S X P A T O S D E M IN A S X relembrar que o Durante o ano de 2008, após o P ED R O LEO PO LD O X X estado de Minas lançamento do Projeto Mobilizador P lU M H l X PO ÇO S D E CA LD A S X Gerais é, no país, do Sistema CFB/CRBs “ Biblioteca PO N TE N OVA X o detentor da Escolar: construção de uma Rede PO U SO A LEG R E X R IB E I R à O D A S N E V E S X maior quantida de Informações para o Ensino Pú SABARÁ X S A N T A L U Z IA X de de municípios blico” , a Comissão de Fiscalização S à O JO S É D A LA P A X (853), possuin iniciou uma série de visitas às Bi SARZED O X SE TE LA G O AS X do uma extensão bliotecas Escolares das redes esta TRÊS CO RA ÇÕ ES X territorial enorme, dual e municipal de Belo Elorizonte, U BERABA X U B E R L  N D IA X que dificulta mui para fazer uma verificação da atual UNAl X to o deslocamen situação. Os resultados serão apre V A R G IN H A X V E S P A S IA N O X to para fiscaliza sentados a seguir. V IÇ O S A X CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 33 Inform es ESTUDANTES DA REDE PÚBLICA ESTADUAL NA CAPITAL NÃO TÊM ACESSO ÀS BIBLIOTECAS DE QUALIDADE Livros empilhados em balcões, no chão, ou amon prédio de aulas. toados em caixas de papelão, são parte do cenário As maioria das bibliotecas não apresentam itens de repleto de problemas encontrado, nas bibliotecas da segurança: nenhuma delas possui sistema de alarme rede pública estadual em Belo Horizonte, pela equipe ou câmeras e em apenas quatro existem escaninhos de fiscais do Conselho Regional de Biblioteconomia de para a guarda de materiais dos usuários. Quanto ao Minas Gerais (CRB-6). A visita técnica, que não tem mobiliário, também foram encontrados diversos pro caráter punitivo, procurou conhecer as condições de blemas em 25 bibliotecas visitadas. Apenas oito pos funcionamento das bibliotecas de 33 escolas da Capi suem mobiliário adequado ou pelo menos em bom tal mineira, escolhidas aleatoriamente. As visitas fo estado. “ Nesse item, dentre os principais problemas ram realizadas nos meses de agosto e setembro. encontrados, podemos citar estantes inadequadas, Lamentavelmente nossa equipe constatou que as como de alvenaria e de almoxarifado; estantes mui bibliotecas dessas instituições funcionam em condi to altas, com pouca segurança, bambas e ameaçando ções precárias com destaque para a constação de que cair; estantes de madeira infestadas de traças e cupins; existia, em apenas uma das bibliotecas, o profissio mesas e cadeiras inadequadas, como de plástico” , re nal bibliotecário. Nas outras, professores, quando não lata Orfila Mudado, ao acrescentar que o mobiliário estão em sala de aula substituindo outros docentes, também não é suficiente em 24 bibliotecas. Foram ob atendem os usuários. “ Falta pessoal qualificado e em servados problemas como falta de cadeiras e mesas; quantidade suficiente para atender a demanda, e mui estantes cheias de livros e sem espaço; livros empilha tas bibliotecas não abrem no horário de intervalo de dos em balcões, no chão, ou amontoados em caixas aula, período em que os alunos mais procuram este de papelão; ausência de balcões para empréstimo, ex serviço” , afirma a bibliotecária fiscal Maria Orfila Mu positores de periódicos, arquivos e bibliocantos. dado, que junto com o bibliotecário Lúcio Alves Tan- Possuem computador 21 bibliotecas visitadas, das nure integram a equipe de fiscalização do CRB-6. quais 12 possuem acesso à Internet. A limpeza foi Um relatório minucioso foi elaborado pela equipe considerada inadequada em três bibliotecas. “ Uma de fiscais que enumerou 34 itens que revelam o per delas estava com o acervo coberto de poeira de cimen fil de cada biblioteca, com dados sobre pessoal, fun to, por conta das obras. Em outra, o estado de sujeira cionamento, infra-estrutura e acervo. O documento se encontrava avançado, por falta de limpeza regular” , mostra, por exemplo, que dez das bibliotecas visitadas conta a bibliotecária fiscal. não funcionam durante todos os turnos em que há atividades na escola - três por motivo de reforma e ACERVO sete por falta de funcionário e de segurança, principal Com relação ao acervo, a equipe constatou ausên mente no turno da noite. cia de assinaturas de periódicos - apenas uma possui assinatura de revista ou jornal, três possuem heme- INFRAESTRUTURA roteca; e em algumas faltam itens importantes, como O espaço físico foi considerado insuficiente em 27 atlas novos, dicionários de inglês, enciclopédias atu bibliotecas analisadas. A equipe encontrou bibliote alizadas e livros didáticos. Das 33 bibliotecas visita cas que funcionam em espaços pequenos, construídos das, 13 possuem de mil a cinco mil exemplares em seu originalmente para sala de aula; falta de espaço ade acervo, e dez possuem mais de cinco mil exemplares. quado para leitura e estudo - nenhuma tem salas de Quanto à organização do acervo, apenas quatro estudo em grupo nem individual; espaço insuficiente utilizam algum sistema de classificação de áreas. Tam para comportar todo o acervo e para receber turmas bém apenas quatro possuem algum tipo de catálogo de alunos. Além disso, em algumas bibliotecas o am manual, e seis são informatizadas. “ De forma geral biente é quente e sem ventilação. os livros estão organizados nas estantes por grandes A localização foi considerada inadequada em 10 es assuntos e em ordem alfabética por título ou autor colas, por se localizarem em frente ao pátio, ginásio quando livros literários, e separados por disciplina/área ou quadra de esportes, locais com muito barulho; ou quando livros didáticos ou paradidáticos” , informa o tras com janelas abertas para avenidas movimentadas fiscal Lúcio Tannure. Segundo o relatório, em algumas e barulhentas; e outras que ficam muito afastadas do bibliotecas o acervo foi organizado nas estantes pela CRB-6 -í-rvw» - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 34 ordem numérica do registro de tombo. Na maioria não palestras, feiras, exposições e encontros. Acreditamos existe etiqueta de lombada nos livros nem sinalização que a participação nestas atividades é muito mais que adequada nas estantes. se fazer representar, é divulgar, prestigiar e valorizar todas as iniciativas que promovam a Biblioteconomia SERVIÇOS e seu profissional. As bibliotecas visitadas, de maneira geral, realizam Dentre as muitas ações realizadas pela 14a Gestão serviços de empréstimo e pesquisa - em duas, os do CRB-6 é importante ressaltar a atualização do site serviços estão suspensos devido a obras de reforma. do CRB-6, com colunas novas como: Chat online, Bo Dentre alguns problemas quanto aos serviços presta letim online, RSS, e notícias no grupo de discussão. dos, o relatório cita falta de pessoal qualificado e em Foi criada a revista CRB-6 Informa e várias atividades quantidade suficiente para atender a demanda e não peças de divulgação que incluem cartazes, outdoors, funcionamento no horário de intervalo de aula. convites, faixas dentre outros. Apenas seis promovem a “ Hora do Conto” , 13 têm Durante a 14a Gestão do CRB-6 foi feita com regu projetos de incentivo à leitura e oito projetos culturais laridade as cobranças de dívida ativa, sendo alcança diversos. Em apenas uma Biblioteca é realizada visita dos 15% além do previsto no ano de 2008. A sede do orientada e treinamento de usuários. CRB-6 foi toda mobiliada e equipada durante o triênio A equipe de fiscais visitou também bibliotecas da 2006-2008, dando continuidade às ações da I 3a Ges Rede Pública Municipal de Belo Horizonte e os resulta tão que fez a reforma das salas durante seu mandato, dos apesar de não serem os satisfatórios, são melhores tudo visando o conforto do bibliotecário quando de do que os encontrados na Rede Estadual. Atualmente sua ida ao Conselho. existem 39 bibliotecários na Rede Municipal, em 179 Acreditamos que a conscientização, por parte dos escolas da capital. Cada profissional, normalmente, é profissionais bibliotecários, da importância da partici reponsável por 5 bibliotecas, fato este que dificulta pação nos órgãos representantes de classe vem aumen ainda, a melhoria dos trabalhos prestados. No entatn- tando. Muitos profissionais já se dispõem a colaborar to em todos os aspectos, desde os referentes ao mobi e participar, além das inúmeras críticas construtivas liário, ao espaço físico, ao acervo e ao desenvolvimen enviadas constantemente, que fazem com os traba to de atividades culturais e de incentivo à leitura são lhos desenvolvidos sejam permeados de qualidade, considerados tanto pelos profissionais, como pelos critério e eficácia. Estamos diante de um novo pro usuários bons e em alguns casos excelentes. fissional, que como a sociedade em geral, é cada dia Para finalizar o relato das atividades realizadas pela mais exigente, informado e consciente de seus direitos equipe de fiscalização, somente durante o ano de e deveres, além é claro, de conhecedor do papel de 2008, foram fiscalizadas 158 Bibliotecas escolares; transformador que ele tem, pois lida com a informação 138 Universitárias; 46 Especializadas; 29 Públicas e e ela há muito tempo, é reconhecida como o novo ca 4 Comunitárias, totalizando 375 visitas, além de in pital nesta sociedade, chamada do conhecimento. tervenções via correspondência, e-mails e pareceres. Talvez o que de mais valioso se tenha alcançado du Intensificou-se a fiscalização visando cumprir a função rante essa gestão, tenha sido o estabelecimento de primordial dos Conselhos de Profissão, que é de fisca parcerias entre profissionais, órgãos representantes de lizar. Também por intermédio das ações fiscalizatórias, classe, academia, bibliotecas, empresas patrocinado foi possível divulgar a profissão aos empregadores e ras, imprensa e órgãos públicos e privados em geral, comunidade em geral, confirmando o direito da so que atuam ou trabalham com a informação e cultura ciedade de ter prestadores de serviço de qualidade e em todos os suportes e níveis, visto que fiscalizar e não simplesmente, legalmente aptos para o exercício promover a profissão e seu profissional é obrigação do da profissão. Conselho. Portanto consideramos ter cumprido o pa Além dos resultados significativos da fiscalização, pel a que nos dispusemos desempenhar durante a 14a a 14a Gestão do CRB-6 participou intensamente de Gestão à frente do CRB-6. todos os eventos realizados nas áreas da Informação em geral e da Biblioteconomia, seja como promotora, coloboradora ou participante de seminários, cursos, REFERÊNCIAS MEIRELLES, Hely Lopes. Estudos e pareceresde direito público. São Paulo: RT. 1988. v. 10. CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 35 N otícia “O bibliotecário tem que ser Com a experiência de quem atua de hipermídia” . comunitárias. há anos na formação de leitores, No extenso currículo de Maria O fato de o brasileiro ler tão a professora Maria Antonieta Pe Antonieta Pereira está a criação, pouco é visto por Antonieta Pereira reira, da Faculdade de Letras (Fale) em 1998, do Programa de Ensi como resultado de quase 500 anos da UFMG, acredita que o mundo no, Pesquisa e Extensão A tela e o de exclusão que se reflete, ainda virtual pode ser um aliado no es texto, (www.letras.ufmg.br/atelae- hoje em nossa complexa realidade. tímulo à leitura. Na sua opinião, o otexto/index.html) da Fale. O Pro “Temos milhões de brasileiros in bibliotecário precisa se adaptar à grama é voltado para.a formação de seridos no mundo da informática, nova realidade e tornar-se “ um for leitores e tem estimulado, ao longo mas incapazes de opinar sobre os mador de leitor em uma sociedade dos anos, a criação de bibliotecas rumos desse mundo ou pelo menos FOTO: FOCA usá-lo de modo mais consciente, porque não dominam o sistema da escrita” , comenta, ao dizer que o alto preço dos livros influencia for temente no baixo índice de leitura no país. Mas, ao contrário do que se poderia pensar, Antonieta Pereira acredita que o mundo digital favo rece a criação do hábito de leitura. “A base do mundo digital é o mun do da escrita, pois para operá-lo é preciso ter o domínio da leitura. Digamos que 80% das possibilida des de trabalho com computador utilizam o sistema de escrita” , ava lia a pesquisadora. Para elevar os índices de leitura no país, a coordenadora do Progra ma A tela e o texto defende a ado ção de uma política de leitura, clara e eficiente. “ Penso que não vamos resolver esse problema imediata mente. Acho que vamos começar a ver resultados do Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL) daqui a 20 anos, dez anos, se essa política tiver continuidade e um bom res paldo da própria população brasilei ra” . Otimista, a professora enxerga soluções onde outros poderiam ver apenas problemas. Segundo ela, justamente por ser a nossa popu lação formada em grande parte por não-leitores. “A tela e a imagem exercem uma função muito impor tante no processo de constituição 36 CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 também um agente cultural” do imaginário nacional. Por isso, o ler nada, mas é o livro que forma o importante nesse processo, tor Programa A tela e o texto procura leitor, por se tratar de um nível de nando a biblioteca um ambiente de partir da tela para chegar ao texto leitura mais elaborado, extensivo e formação de cidadania, de elevação impresso. “ Muitas vezes transfor intensivo. “O jornal não se presta a do nível cultural. mamos uma mostra de cinema em isso, a revista também não. São in Em sua opinião, o bibliotecário espaço de debate da literatura, por formações importantíssimas tam tem que ser um agente cultural. exemplo, ou da transdisciplinarida- bém, mas não são suficientes para Cabe a este profissional mostrar, de, que é uma proposta muito in formar um leitor reflexivo e crítico” , ao usuário da biblioteca, o cinema, teressante de formação de leitor” , garante. o livro impresso, a música, o bom diz. Antonieta Pereira defende que, Para a professora, a biblioteca programa de televisão, assim como no do Brasil, a formação de leito oferecer cursos de capacitação, por res utilize o que já é de domínio exemplo, para professores. público, como as novelas e Para Antonieta Pereira, o minisséries, para levar bibliotecário, quando o sujeito a se tor formado nessa pers nar um leitor. pectiva de tra "Acredito balhar na que uma coi biblioteca sa é ler a tele como um visão, o cine mi c r o c e n t r o ma nacional, cultural, e não só outra coisa é como um lugar de depósi ler a Literatura brasileira. A Lite hoje precisa tornar-se um es to e empréstimo de livro, tem um ratura cria condições excepcionais paço cultural onde se encontrem papel fundamental. “Acredito que o de reflexão pessoal, de introjeção, e se discutam temas em torno da bibliotecário hoje tem que ser um de introspecção, de análise de si questão cultural. “Acho que isso formador de leitor, e um formador mesmo, que são fundamentais na faz com que o nível cultural geral de leitor numa sociedade de hiper- composição do cidadão” , analisa, da população se eleve. Só o fato mídia. Por isso, ele não pode ser ao destacar o papel da biblioteca de a pessoa saber que mora em uma pessoa que trabalha apenas e do bibliotecário na formação de uma comunidade que tem uma bi com o texto impresso. Ele tem que leitores. “Se temos uma socieda blioteca, que ali tem livro de graça ter uma visão mais ampla do que de que lê pouco, com livro caro, é disponível para ser lido, isso alte seja leitura no século XXI, no mun preciso disponibilizar esse objeto ra a situação cultural”, assegura do globalizado” , diz a pesquisado livro”, alerta. E explica que ler jor Antonieta Pereira, ao dizer que o ra. (Leia esta entrevista na íntegra nal e revista é melhor do que não bibliotecário tem um papel muito no Boletim Online do CRB-6) 5% DE DESCONTO PARA EX-ALUNOS Cursos oferecidos na área de Ciências Sociais PÓS-GRADUAÇÃO PUC MINAS Economia da Ciência e da Tecnologia IEC o PUC Minas História da Arte Educação continuada, conhecimento sem limites Gestão de Arquivos e Documentos Sistema de Proteção Social no Brasil: seguridade social e trabalho Inscrições Gestão da Informação Até 13 / 02 / 2009 Pós-graduação lato sensu • I o semestre de 2009 w w w .i e c .p u c m in a s .br 0800 283 3280 C o n f ir a a p ro g r a m a ç ã o c o m p le ta d o s c u r s o s no s it e do IE C — T e s e s e D is s e r t a ç õ e s _____________________________________________________________________ Dissertações e Teses defendidas em 2008 no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Escola de Ciência da Informação da UFMG Dissertações Uso de sintagmas nominais na classificação automática de documentos A gestão da informação voltada à certificação de processos de desen eletrônicos volvimento de software: um estudo de caso Autor: Luiz Cláudio Gomes Maia Autor: Daniel Mendes Barbosa Orientador: Renato Rocha Souza Orientador: Marcello Peixoto Bax Data da Defesa: 12/12/08 Data de defesa: 04/07/2008 Nós em rede: informação, corpo e tecnologias Idealismo e estratégia de negócios no software livre comercial Autora: Graziela Corrêa de Andrade Autora: Maria Helena Lima de Oliveira Orientadora: Maria Aparecida Moura Orientador: Marcello Peixoto Bax Data de defesa: 03/10/2008 Data de defesa: 01/07/2008 O dialogismo na construção do discurso radiofônico: análise das tendên Histórias em quadrinhos na sociedade contemporânea: lazer, produção e cias de massificação e diversificação da informação produzida na Rádio CBN de obtenção de conhecimento na leitura das revistas de super-heróis Belo Horizonte Autor: Rubem Borges Teixeira Ramos Autor: Rodrigo Márcio Cardoso Borges Orientadora: Lígia Maria Moreira Dumont Orientadora: Lígia Maria Moreira Dumont Data de defesa: 27/06/2008 Data de defesa: 25/09/2008 Uma proposta metodológica para construção de ontologias: uma pers A utilização de mapas de tópicos na compatibilização de conteúdos pectiva interdisciplinar entre as Ciências da Informação e da Computação hipertextuais semanticamente estruturados Autora: Daniela Lucas da Silva Autor: Guilherme Baião Salgado Silva Orientador: Renato Rocha Souza Orientadora: Gercina Angela Borém de Oliveira Lima Data de defesa: 27/06/2008 Data de defesa: 26/08/2008 Bibliotecas Públicas: políticas do Estado brasileiro de I 990 a 2006 O paradigma emergente e a abordagem do ensino com pesquisa: uma Autora: Marília de Abreu Martins de Paiva proposta de resignificação para o ensino de Biblioteconomia e Ciência da Infor Orientadora: Maria Eugênia Albino Andrade mação Data de defesa: 26/05/2008 Autora: Mara Eliane Fonseca Rodrigues Padrões de disciplinaridade no campo de pesquisa sobre a Aids: uma Orientadora: Lígia Maria Moreira Dumont prospecção a partir de publicações periódicas e pesquisadores Data da defesa: 26/08/08 Autora: Regina dos Santos Lopes Vaz Viagem aos becos e travessas da tradição pragmática da Ciência da In Orientadora: Lídia Alvarenga formação: uma leitura em diálogo com Wittgenstein Data de defesa: 09/05/2008 Autor: Gustavo Silva Saldanha A interação dos usuários da UFMG com o catálogo on-line do Sistema Orientadora: Maria Aparecida Moura PERGAMUM Data de defesa: 18/08/2008 Autora: Carla Cristina Vieira de Oliveira Políticas públicas de inclusão digital: estudos de caso em centros de cultura Orientador: Eduardo José Wense Dias da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte Data de defesa: 30/04/2008 Autora: Rafaela de Paula Amaral de Souza Informação para o monitoramento da Convenção dos Direitos da Crian Orientadora: Helena Maria Tarchi Crivellari ça: a atuação da Rede NGO GROUP Data de defesa: 14/08/2008 Autora: Paula Gomes Quintão A consolidação dos indicadores culturais no Brasil: uma abordagem in Orientadora: Maria Guiomar da Cunha Frota formacional Data de defesa: I 7/04/2008 Autora: Paula Ziviani (In)formação, um caminho para a participação política? Um estudo de Orientadora: Maria Aparecida Moura caso sobre o Programa de Educação para a Cidadania da ALMG Data de defesa: 14/07/2008 Autora: Denise Catarina Silva Mangue Informação para a ação: o uso da informação como suporte às reivindicações Orientadora: Maria Guiomar da Cunha Frota sindicais no âmbito da segurança e da saúde do trabalhador Data de defesa: 14/04/2008 Autora: Sheila Margareth Teixeira Adão Tomada de decisão e sistemas de informação em saúde Orientadora: Maria Aparecida Moura Autor: André Queiroz de Andrade - Orientadora: Marta Macedo Kerr Pinheiro Data de defesa: I 1/07/2008 Data de defesa: 23/01/2008 Teses Fatores de influência no uso de sistemas de informação via in Contribuições da análise da atividade e da entrevista de auto- ternet: proposta de um modelo integrativo confrontação para os estudos de usuários Autor: Luiz Otávio Borges Duarte Autora: Rosângela Maria de Almeida Camarano Leal Orientadora: Beatriz Valadares Cendón Orientadora: Helena Maria Tarchi Crivellari Data de defesa: 0 1/ 12/2008 Data de defesa: 07/08/2008 Diversidades convergentes: subsídios para modelo de sistema de Informação na gestão pública da saúde sob uma ótica antropo informação em incubadoras artístico-culturais a partir de estudo com lógica: do global ao local no Estado de Minas Gerais, Brasil parado entre Brasil e Canadá Autor: José Wanderley Novato Silva Autor: Nísio Antônio Teixeira Ferreira Orientadora: Regina Maria Marteleto Orientadora: Maria Eugênia Albino Andrade Data de defesa: 22/07/2008 Data de defesa: 17/1 1/2008 Bases de saber: arqueologia da informação sobre transgênicos Comportamento informacional e evocação de notícias: estudo Autora: Terezinha de Fátima Carvalho de Souza de caso com estudantes de Comunicação Social Orientadora: Beatriz Valadares Cendón Autor: Ernane Corrêa Rabelo Data de defesa: 05/06/2008 Orientadora: Maria Eugênia Albino Andrade Estudo das características de software e implementação de um Data de defesa: 06/10/2008 software livre para o sistema de gerenciamento de Bibliotecas Contribuições da análise da atividade e da entrevista de auto- Universitárias Federais Brasileiras confrontação para os estudos de usuários Autora: Márcia Gorett Ribeiro Grossi Autor: Delfim Afonso Júnior Orientadora: Marlene Oliveira Teixeira de Melo Orientadora: Ana Maria Rezende Cabral Data de defesa: 16/01/2008 Data de defesa: I 1/08/2008 Maiores informações acesse os sites: ww w.bibliotecadigita.ufm g , w w w .b u .u fm g .b r, www.eci.ufmg.br/ppgci/ 38 CRB-6 - Belo Horizonte - v. I - n. 2 - nov. 2008 Sistema CFB / CRBs Conselho Federal de Biblioteconomia Conselhos Regionais de Biblioteconomia Conselho Regional de Biblioteconomia 6a Região Av. Afonso Pena, 867/1112 - Centro - Belo Horizonte/MG - 30130-002 Telefones: (31) 3222-4087 / (31) 3224/8355 / (31) 3213-5644 - crb6@crb6.ora.br www.crb6.org.br
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