um gritO de rebeldia CHAPA DE OPOSIÇÃO - ELEIÇÕES DO DCE DA USP 2020 DIAS DE VOTAÇÃO: 5, 6 E 7 DE NOVEMBRO QUEM SOMOS CONTRA BOLSONARO, MOURÃO E DÓRIA - A SAÍDA É REBELIÃO! Nós somos estudantes de diversos cursos da USP, militantes do movimento Rebeldia, do PSTU e estudantes independentes. Achamos que a única O governo atual representa de forma escancarada forma de enfrentar os ataques dos governos é na exatamente todo o contrário do que defendemos. Um construção de um novo movimento estudantil presidente com uma relação cada vez mais explícita combativo que represente democraticamente os com as milícias, inclusive com denúncias de estudantes. Queremos um movimento estudantil que envolvimento no assassinato de Marielle Franco e vá para além dos muros da universidade, que faça Anderson Gomes. Como fizeram com Marielle e unidade com os operários, o povo pobre e toda a Anderson, querem fazer com toda a juventude negra, classe trabalhadora, porque só assim podemos pobre e das periferias, continuando e aprofundando derrotar de verdade Bolsonaro-Mourão, Dória e o extermínio da população negra. Da mesma forma, todos que nos atacam e roubam nossas vidas, nosso acelera as políticas de genocídio dos povos presente e nossas perspectivas de futuro! indígenas que lutam por suas terras, enquanto o Os gritos de rebeldia da juventude, dos agronegócio segue saqueando e destruindo a trabalhadores e do povo pobre ecoam pela América Amazônia em nome do lucro dos grandes Latina e por todo o mundo. As grandes lutas do Chile empresários e do capital estrangeiro. e do Equador contra as medidas neoliberais de seus O projeto de Bolsonaro e Guedes também envolve a governos, ou os enfrentamentos em Hong Kong, são privatização de todas as esferas da vida, desde a só alguns exemplos das rebeliões dos de baixo que Embraer e a Petrobrás, até inclusive a educação, indicam que acabou a paz para os de cima. Seguir o através do projeto Future-se e do corte das bolsas caminho que essas rebeliões populares apontam é públicas de pesquisa - o que abre ainda mais espaço urgente para derrotar os governos e os planos para a iniciativa privada na graduação e na pós. Na imperialistas para o Brasil, e nós - estudantes e prática, isso significa a expulsão de parte dos jovens jovens - temos um papel a cumprir nisso. pobres e negros das salas de aula, além de colocar Infelizmente, as direções das grandes centrais todo o conhecimento que é produzido nas sindicais e entidades estudantis, inclusive nosso universidades à serviço apenas da ganância dos DCE, apontam um outro caminho destinado ao megaempresários da educação e da produção de fracasso: o da conciliação, das alianças eleitorais mão de obra barata. com a burguesia, da desmobilização. É por isso que A nossa universidade, através de muita luta, nós construímos uma chapa de oposição conseguiu a vitória histórica da aprovação das cotas consequente para as eleições do DCE Livre da USP étnico-raciais – contudo, se depender de Bolsonaro de 2020 – por um movimento estudantil aliado aos e Dória, as taxas de evasão dos estudantes negros e trabalhadores, que ocupe a USP e as ruas com sua indígenas vão aumentar por falta de políticas de revolta! permanência. A luta em defesa da educação >>> FACEBOOK.COM @REBELDIA_ 11951634859 /REBELDIAUSP JUVENTUDE MARINA PÁGINA 2 >>> pública passa necessariamente pela defesa e CONSTRUIR A UNIDADE PARA LUTAR, melhoria da moradia estudantil para toda a demanda, reajuste e ampliação das bolsas e reabertura de vagas nas creches, entre tantas outras. Ao mesmo tempo, nossas reivindicações se combinam com pautas NÃO PARA CONCILIAR! Contra Bolsonaro e a direita, dizemos: toda unidade históricas dos professores e trabalhadores da USP, que possível é necessária. Aqueles que se colocam no com a retirada de direitos pela reitoria de Vahan e pelo campo de oposição a nível nacional, desde seus governo de Dória exigem a contratação de professores partidos, centrais sindicais e entidades de base, devem por regime integral, a contratação efetiva e direta dos fazer um esforço para a construção de iniciativas de trabalhadores terceirizados, o reajuste salarial etc. luta em comum. Para nós, estudantes, o primeiro passo Quando nos levantamos pelos direitos de estudar, de é nos colocar ao lado dos trabalhadores que hoje lutam trabalhar e até mesmo de existir, somos acusados de por seus salários, pela aposentadoria, pela moradia, promover a “balbúrdia” e nossos professores de serem pelas terras, pela saúde e tantos direitos que o doutrinadores privilegiados. Nós sabemos que nada capitalismo nos nega diariamente. Entretanto, a disso é verdade! O investimento feito por estudante no unidade que construímos nas mobilizações não pode país é bem abaixo da média dos países ricos, e com significar o fim das críticas e autocríticas, nem ser mais de R$7 bilhões de corte a situação só vai piorar. desviada das ruas para as urnas. É nesse sentido que Para além disso, os cortes de bolsas de pesquisa fazemos a seguir a crítica à atual gestão do DCE Livre atingem em cheio os principais centros de produção de da USP, e às organizações que a constroem (PT, PC do conhecimento científico do país, como a nossa B e Consulta Popular). universidade, jogando ao desespero estudantes que dependiam dessas bolsas, de valor já abaixo do necessário, para sobreviver e se manter estudando. É PARA O MOVIMENTO ESTUDANTIL AVANÇAR: um projeto de precarizar para privatizar e privatizar para precarizar - um projeto elitista e excludente. Se não bastasse, o governo ainda nos ameaça com UMA NOVA DIREÇÃO! tentativas de censura, intervenção ideológica e As tarefas que temos pela frente são grandes, e restrição das nossas liberdades democráticas: o acreditamos que os estudantes têm um papel projeto “Escola Sem Partido” e a “CPI das fundamental a cumprir nesse momento crítico. Muitos Universidades” são exemplos disso. Acompanha isso a estudantes, diante da ausência de um movimento mistura de pseudociência, militarismo e estudantil ativo e organizado na USP nos últimos anos, fundamentalismo religioso na política de Bolsonaro e têm dificuldade de participar dele, ou mesmo de do MEC. Temos que barrar essa intromissão, em acreditar que é possível outro tipo de movimento – nós defesa da liberdade do ensino e da ciência, garantindo dizemos, os estudantes podem avançar muito, se as a verba e a autonomia para a educação e a pesquisa direções traidoras saírem da frente! científica. A fala de Eduardo Bolsonaro insinuando um Vimos em maio deste ano um ato de milhares de “novo AI-5” é emblemática nesse sentido, e nossa estudantes saindo da USP em direção a uma resposta deve vir das ruas - se os de cima radicalizam manifestação ainda maior na Av. Paulista, construindo contra nós, seremos radicais contra eles, com a mesma na prática a unidade da educação em todo o Brasil e bravura dos povos do Chile e do Equador! entre estudantes, professores e os demais trabalhadores. É essa a disposição que historicamente colocou a juventude a frente de grandes processos de luta, inclusive em nossa universidade, que foi ativa no combate à ditadura militar, que fez parte das ondas de ocupações de reitorias contra a precarização e privatização do ensino em 2007, entre tantos outros. Contudo, agora que temos o maior desafio para o movimento das últimas décadas nos perguntamos: o que aconteceu com a revolta dos estudantes? Por que não saímos às ruas depois de maio? UM GRITO DE REBELDIA | CHAPA DE OPOSIÇÃO - ELEIÇÕES DO DCE DA USP 2020 PÁGINA 3 Os estudantes seguem revoltados e dispostos, mas seus anseios são esmagados por uma direção que não tem como projeto organizar a mobilização. O PT e o PCdoB, assim como desde dentro da CUT e CTB traíram a Greve Geral chamada para junho deste ano, e como desde a direção majoritária da UNE não chamaram pela unificação das lutas da educação quando as federais, NOSSA ESTRATÉGIA É como a UFSC, davam um exemplo de luta contra o “Future-se”, na USP deixaram o movimento largado às moscas enquanto se reúnem a portas fechadas com a REVOLUCIONÁRIA! NOSSA SAÍDA É O reitoria e as diretorias. Seu projeto político de seguir apostando nas eleições e na conciliação de classes, e de colocar a campanha em defesa de Lula acima das demandas imediatas dos estudantes, foram um SOCIALISMO! verdadeiro entrave para a mobilização. É por isso que Hoje, para derrotar Bolsonaro é preciso, além de construímos uma chapa de oposição para essas debater sobre os rumos do movimento estudantil, eleições - é preciso destravar as mobilizações para debater sobre os rumos do país! Queremos discutir um dentro e para fora da universidade! Não podemos projeto de educação radicalmente diferente do que nos repetir os erros desses setores. É preciso superar a é imposto pelo capitalismo: que todos tenham acesso à direção atual no DCE para realmente unificar os educação, e que ela seja organizada democraticamente estudantes e construir um novo movimento que seja pelos trabalhadores, povo pobre e oprimido, em que o democrático, combativo e construído no dia a dia dos conhecimento seja produzido para atender as nossas cursos, e que não fique atrelado à velha estratégia de necessidades e interesses, e não para atender a fome conciliação, pois já vimos no que isso deu. de lucro de um punhado de ricos. Precisamos de um movimento estudantil mais amplo e Para garantir a educação pública, gratuita e de radicalizado, pronto para responder aos ataques, pois qualidade para todos e os direitos dos trabalhadores e os de cima já estão prontos para radicalizar e nos da juventude, a saída para o país passa pela atacar. E acreditamos que, nesse momento, inclusive construção de um governo dos trabalhadores, uma no processo eleitoral para nossa principal entidade, os rebelião que rompa com o capitalismo e construa uma setores que são contra o governo, e que enxergam a sociedade socialista. Acreditar que o caminho é tentar necessidade de superar a direção petista, deveriam administrar esse sistema capitalista podre e falido de construir uma ampla unidade. Entretanto, parte da maneira mais humana só serve para enganar o povo e oposição da esquerda ao DCE infelizmente não é não resolve a mazelas que ameaçam a vida dos jovens coerente com isso - vemos uma prática diária de e trabalhadores. Um projeto eleitoreiro é uma ilusão de setores do PSOL e PCB em compactuar com os erros melhorar o capitalismo por dentro conciliando com a da gestão do DCE, e apesar de uma ou outra exigência classe dominante. Dizemos: os trabalhadores não por mais reuniões e maior abertura, se abstêm de estão derrotados e a revolução socialista é necessária, debater um projeto político de fundo que escape à e ossível! Qualquer outra saída só serve de engano! #ORGANIZE SUA REBELDIA lógica eleitoreira à sombra do PT e do PC do B, e aposte na força do estudante ao lado do trabalhador. Para derrotar os governos que nos atacam, para destruir O que acontece quando seguimos apostando em esse sistema que nos explora e oprime, e para construir estratégias por dentro de um sistema falido já está uma nova sociedade é preciso lutar e é preciso que nos bem demonstrado por Flávio Dino do PCdoB, que organizemos politicamente! Por isso te convidamos a apesar de carregar um nome “de esquerda”, foi conhecer o movimento Rebeldia - Juventude da Revolução favorável à entrega da Base de Alcântara para os Socialista. Somos um movimento nacional de jovens Estados Unidos, e a expulsão de centenas de famílias estudantes e trabalhadores que tem como estratégia a quilombolas para concretizar isso. Não há mais tempo luta revolucionária junto aos operários e o conjunto dos para nos agarrar às ilusões desse sistema em trabalhadores em sua luta para derrotar o capitalismo e decomposição: precisamos de um mundo novo, um construir uma sociedade socialita. Vem com a gente futuro nas mãos dos trabalhadores! construir essa ferramenta pras lutas! Milite no Rebeldia! UM GRITO DE REBELDIA | CHAPA DE OPOSIÇÃO - ELEIÇÕES DO DCE DA USP 2020 PÁGINA 4 PROPOSTAS DA CHAPA >>> da USP! Não às câmeras, não às catracas! Não à privatização! Por salários e condições dignas de trabalho na universidade! Efetivação imediata e sem PARA O BRASIL: necessidade de concurso dos trabalhadores terceirizados, Chega de Bolsonaro e Mourão! Fora ministro da educação! pelo fim da terceirização! Contratação de professores por Não às privatizações das empresas estatais e ao projeto regime de dedicação exclusiva já! Não ao corte de ponto Future-se! Pelo direito ao estudo e ao trabalho digno! dos trabalhadores e ativistas em greve! Que tirem 1 trilhão dos banqueiros! Parem de pagar a Contra a estrutura burocrática de gestão da universidade! dívida pública aos empresários e banqueiros! Pela Fim da lista tríplice! Por uma USP gerida pelos estudantes, estatização das cem maiores empresas! funcionários e trabalhadores de forma democrática! Revogação das reformas da previdência e trabalhista e da Por uma campanha unificada entre as escolas e lei da terceirização! Em defesa do emprego! universidade, estudantes e professores, contra a BNCC, a Bolsonaro sai, Amazônia fica! Punição à Vale, Samarco e Reforma do Ensino Médio, o Future-se, o Novotec e o PEI! todos os responsáveis pelos crimes ambientais! Por uma USP 100% pública, gratuita, laica, de qualidade e a Basta de encarceramento e genocídio da população negra serviço da classe trabalhadora! e indígena! Investigação e punição a quem mandou matar Marielle e Anderson! Desmilitarização da polícia já! PARA O MOVIMENTO ESTUDANTIL: Organizar a autodefesa dos trabalhadores e da periferia! Por um DCE democrático, combativo e construído pela Basta de violência machista, racista e LGBTfóbica! base, com reuniões abertas e uma gestão proporcional! Implementação real da lei Maria da Penha e da Democracia no movimento! Por fóruns de deliberação criminalização da LGBTfobia! Debate de gênero nas amplos e construídos na base, onde os estudantes escolas SIM! Pelo direito aos nossos corpos, à nossa decidam sobre o rumo das lutas, sem burocracia ou sexualidade e à identidade de gênero! manobras! Construir um forte Congresso dos Estudantes As nossas vidas importam! Nem uma a menos: aborto da USP em 2020! legal, seguro e gratuito já! Não à “cura gay” e pela Construir e fortalecer comitês de luta contra Bolsonaro e despatologização das identidades trans e travesti! Não às Dória e contra todos os seus ataques! intervenções militares nas favelas! Em defesa das terras Os estudantes não lutam sozinhos – unidade com indígenas e quilombolas! funcionários e professores, das três estaduais paulistas! Em defesa das liberdades democráticas: lutar não é crime! Apoiar e fortalecer o SINTUSP, a ADUSP e a CSP Conlutas! Ditadura nunca mais! Autonomia ideológica para as O movimento estudantil é para lutar contra os governos e instituições de ensino! Não à censura! os patrões! Lula e PT não são a solução! Que se faça no Brasil como Contra toda forma de opressão no movimento estudantil, no Chile, construir uma saída a partir das ruas! ouvir a voz das mulheres, negros e negras, indígenas e LGBTs! Por um DCE que fortaleça os coletivos de combate PARA A USP: às opressões! Construção do Novembro Negro e das Entrar, permanecer, enegrecer: pela ampliação das cotas Marchas da Periferia para dentro e para fora da USP! étnico raciais proporcional à população! Pelo vestibular CONSTROEM A indígena! Cotas na pós-graduação já! Cotas para pessoas trans e travestis nas universidades já! Não aos cortes dos auxílios e das bolsas de permanência, da CAPES e do CNPq! Reajuste das bolsas e oferta para NOSSA CHAPA toda a demanda! Bolsas sem contrapartida para toda GRADUAÇÃO: DIREITO: João Conceição, Gabriel Kodo, demanda! Natália Betoni, Renan Ferrão, Aléxia Rosa. | FILOSOFIA: Devolução dos blocos K e L do CRUSP, ampliação e Marina Dias. | FÍSICA: Marina Ansanelli. | HISTÓRIA: reforma das moradias estudantis para todos que Debbie Leite, Marina Cintra, Pedro Vasconcelos. | IME: precisarem! Abertura das vagas nas creches para toda a Juliana Trevine. | LETRAS: Desirée Nunes, Marianna demanda de mães e pais estudantes e trabalhadoras! Gabrielli, Alisson Kameya, Guilherme Bastos, Valquiria Garantir o passe livre e a cota estudantil! Rocha | IGC: Clarissa Freitas | FOFITO: Mariana Aparecida Chega de violência e estupros: garantir a implantação do | ESALQ: Franscisco Napolitano, João Napolitano. | FAU: Centro de Referência para Mulheres na USP! Por uma política de moradia específica para LGBTs, mulheres, Lucas Cazula. | ECA: Leonardo Gilly, Luigi Rizzon. negras e negros e indígenas, para vítimas de violência e PÓS-GRADUAÇÃO: Anália Cerqueira, Bruna Ornellas, para estudantes sem vínculo familiar! Consuelo Carmen, Alexandre De Chiara, Pedro Pinto, Reabertura plena do Hospital Universitário! Assistência Ronald Núñez, Soraya Misleh, Fabiana Marchetti, Priscila Social e atendimento psicológico em todos os campi! Lirios. Por uma política de segurança debatida e decidida ampla CURSINHOS POPULARES DA USP: Rodrigo Sousa. e democraticamente pelos estudantes e trabalhadores >>> UM GRITO DE REBELDIA | CHAPA DE OPOSIÇÃO - ELEIÇÕES DO DCE DA USP 2020
Enter the password to open this PDF file:
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-