Prof. Luiz Paulo Figueiredo (instagram: @luizpaulofigueiredo) Tema: 004 PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir de leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Banalização do original por meio da apropriação cultural”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. TEXTO I Usar turbantes ou dreads é apropriação cultural. No caso, o turbante é um ornamento de símbolo religioso em várias culturas, inclusive na afro. Ele evidenciava a ligação dos negros escravizados com seus costumes originais e representava a resistência. No caso do dread, ele é característico em indianos, africanos e outras culturas não-ocidentais e, quando reproduzido, as pessoas se apropriam de um item que faz parte da “beleza natural” de determinado povo, mas que também está ligado às tradições. O caso é que ninguém é realmente proibido de nada, mas vivemos num mundo onde há séculos uma cultura é dominante e imposta, o modelo a ser seguido é o europeu, consequentemente, o padrão estético é o ocidental e branco. Quando se nota o interesse nos casos citados, esses símbolos sofrem um processo de embranquecimento, elitização e exclusão dos costumes. O turbante que sua empregada fazia não era interessante até aquela amarração sair numa revista. O pior lado disso tudo é que a exclusão vem quando a tradição se torna um bem de consumo caro e de acesso restrito, ou seja, vira “modinha”. É totalmente diferente ser branco – ou passar como branco – e usar um turbante/dread, e ser negro usando as mesmas coisas; os olhares são outros, exatamente porque quando usado pelo protagonista daquela tradição, o símbolo ganha outro significado, ele é político, de resistência e empoderamento. Disponível no link: http://www.revistacapitolina.com.br/o-que-e-apropriacao-cultural/ TEXTO II Oficialmente define-se apropriação cultural como “a adoção indevida de elementos específicos de um determinada cultura por membros pertencentes a outra”, mas pessoalmente gosto de explicar da seguinte forma: “quando indivíduos acostumados a ter tudo, geralmente brancos com menos de 35 anos, se apossam de elementos de uma cultura que desconhecem ou até mesmo ignoram”. Mais ironicamente defino como “quando pessoas brancas decidem dar continuidade ao legado de Cristóvão Colombo e passam a chamar de seu algo que sempre pertenceu a outros”. Disponível em: https://www.geledes.org.br/hoje-em-dia-tudo-e-apropriacao-cultural/ TEXTO III O pequeno vilarejo de Beiuș, na região de Bihor, na Romênia, comprou uma briga com a grife francesa Dior. Da BBC Algumas das artesãs foram visitar a Semana de Moda de Paris (BEAU MONDE/MCCANN) A marca de moda criou, para uma de suas coleções, um colete igualzinho às vestimentas tradicionas da cidade. A peça foi exibida em desfiles e é vendida por 30 mil euros, mas as artesãs que produzem casacos do tipo há mais de cem anos não foram sequer citadas pela marca. A revista de moda romena Beau Monde então fundou uma grife, a Bihor Couture, para dar visibilidade à cultura de Beiuș. Artesãos de Beiuș dizem que a Dior 'quase acertou' na produção da colete (BEAU MONDE/MCCANN) A marca romena vende o colete original de Beiuș por 500 euros e outras peças criadas pelos artesãos do vilarejo. Disponível em: https://www.geledes.org.br/tag/apropriacao-cultural/?gclid=EAIaIQobChMI- MLv1IyT6gIVF4GRCh2TCQNfEAAYASAAEgKbIvD_BwE TEXTO IV Fonte: Instagram da atriz Alessandra Negrini (fevereiro de 2020) TEXTO V Empresas também incorrem na apropriação cultural. Foi o caso da Disney, que retirou em setembro de 2016 uma fantasia do filme Moana. A peça imitava um personagem do filme que faz referência a uma divindade dos polinésios, e seu uso como brincadeira foi considerado ofensivo. “O time por trás de ‘Moana’ tomou muito cuidado para respeitar as culturas das Ilhas do Pacífico que inspiraram o filme, e nós lamentamos que a fantasia de Maui tenha ofendido alguns. Nós pedimos desculpas sinceras e retiramos a fantasia de nosso site e lojas”, afirmou a empresa. Disponível em: https://catracalivre.com.br/cidadania/apropriacao-cultural/
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