Equipamentos, vidraria, reagentes e soluções Teoria e exercícios comentados 0 Prof. Denise Rodrigues Aula 00 Equipamentos - Introdução Grande parte dos equipamentos em um laboratório é confeccionada em vidro, metal ou plástico e existem em diversos formatos e modelos. Muitos deles, como os microscópios e as centrífugas, necessitam de energia elétrica para o seu funcionamento. Os equipamentos utilizados nos laboratórios são os mais variados, mas, no geral, todos seguem algumas regras básicas para sua utilização: - O equipamento nunca deve ser usado para uma função que não a sua ou fora de suas normas de utilização; - O equipamento nunca deve ser operado por uma pessoa com dúvidas a respeito do seu funcionamento; - Sempre que for ligar o equipamento, deve-se observar a voltagem correta de funcionamento. No caso de aparelhos bivolt, observar se existe chave para modificação da voltagem ou se a modificação é automática; - O uso de adaptadores e extensões deve ser evitado; - No caso de aquecimento e/ou manuseio de líquidos, deve-se ter cuidado em evitar contato com as partes elétricas; - Após a utilização, o equipamento deve ser deixado em condições ideais para sua melhor conservação (desligar, limpar, fechar, cobrir, guardar e etc...); A correta utilização e conservação dos equipamentos de laboratório é essencial para que o profissional possa obter resultados com qualidade. Em caso de dúvidas, sempre procurar o responsável pelo laboratório. Vamos agora iniciar o estudo sobre os principais equipamentos presentes em um laboratório clínico: Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 3 Potenciômetro (pHmetro) O problema essencial da potenciometria é a determinação da concentração de uma espécie iônica através da medida do potencial. E o potenciômetro é o equipamento utilizado para medição de pH (também chamado pHmetro, nesse caso é um eletrodo sensível ao H+) ou de outros íons seletivos em variadas amostras. Consiste em um eletrodo que é acoplado a um potenciômetro – aparelho que mede a diferença de potencial. Ao ser submerso na amostra, o eletrodo gera milivolts que são convertidos para uma escala de pH. Em resumo, o pHmetro permite converter o valor de potencial do eletrodo em unidades de pH, de 0 a 14. Já os eletrodos de íons seletivos são utilizados na determinação do potencial de um íon específico presente em uma solução. São compostos por uma membrana sensível a tal tipo de íon, que em contato com a amostra, indica a taxa de concentração iônica. Dois modelos de pHmetro Autoclaves A autoclave é muito utilizada em laboratórios de pesquisa e hospitais para a esterilização de materiais. O processo de autoclavagem consiste em manter o material contaminado em contato com vapor de água em temperatura elevada, sob pressão, por um período de tempo suficiente para matar todos os micro- organismos. Existem diferentes modelos, mas os componentes básicos de uma autoclave são: - Cilindro metálico resistente, encontrado tanto na posição horizontal, como na vertical (autoclaves horizontais x autoclaves verticais). Na maioria dos modelos de autoclave é nesse cilindro que se encontra a resistência que realizará o processo de aquecimento da água; - Tampa com parafusos de orelhas, que possibilita o fechamento hermético; - Válvulas de ar e de segurança; - Chave de comando, que possibilita ao operador controlar a temperatura; - Registro indicador de pressão e temperatura. Modelo de autoclave do tipo vertical Estufas No laboratório, a estufa é utilizada para criar um ambiente contendo calor de maneira controlada em seu interior para que os conteúdos nela guardados sejam mantidos em uma temperatura ideal, de acordo com o objetivo. Geralmente, a temperatura é mantida maior no seu interior do que externamente e são compostas de uma caixa e uma fonte de calor. Apresentam controle da temperatura através de termostato. A estufa é comumente utilizada para secagem de materiais (ex: vidraria), evaporação lenta, cultivo de micro-organismos, armazenagem de substâncias líquidas em baixas temperaturas, esterilização e etc... Vamos ver os diferentes tipos de estufa, de acordo com suas finalidades: Estufa de cultura ou bacteriológica: utilizadas para incubação de culturas bacteriológicas à temperatura constante (geralmente 36,5°C) por tempo variável, para cultivo de micro-organismos. São estufas comuns nos laboratórios de pesquisa, laboratórios de patologia clínica nos setor de microbiologia e etc... Estufa para esterilização (Forno de Pasteur) e secagem: são utilizadas em diversas áreas para eliminar qualquer agente microbiológico que possa estar nos instrumentos laboratoriais. Esterilizar os materiais de laboratório é extremamente importante para que não ofereçam risco de contaminação. Nesta estufa, utiliza- se a técnica do calor seco, em alta temperatura. Não deve ser utilizada para secagem de materiais volumétricos ou deve ser utilizada de acordo com o limite de temperatura definido, pois o calor pode alterar a calibração desses materiais. Microscópios Esse equipamento é um dos mais cobrados em provas de concurso! O microscópio é utilizado nos laboratórios para que se visualize células e/ou estruturas pequenas, sendo composto por dois sistemas de lentes. Tipos de microscópio Para cada tipo de análise temos um microscópio que melhor se encaixa. São classificados de acordo com o tipo de iluminação utilizada: 1) Microscópio Óptico ou Composto: a amostra é iluminada com uma fonte de luz. Estes microscópios apresentam dois sistemas/conjuntos de lentes, um nas oculares e outro nas objetivas. O sistema de lentes da objetiva é voltado para o objeto e forma no interior do aparelho a imagem do mesmo, e a ocular, que permite ao observador ver essa mesma imagem. A objetiva é fortemente convergente e tem pequena distância focal; já a ocular é menos convergente que a objetiva. Esse microscópio é o mais amplamente utilizado nos laboratórios clínicos. Existem ainda subtipos de microscópios ópticos. Os mais comuns são: De campo claro: o objeto a ser analisado é visto contra um campo claro de exame. Adequados para visualizar amostras coradas como, por exemplo, esfregaços de sangue corados. De contraste de fase: é melhor para visualizar células não coradas, que são quase sempre transparentes. Se adicionar um condensador de fase e objetivas especiais, o microscópio de campo claro pode se tornar um microscópio de contraste. Este microscópio é muito útil para amostras de sedimentos de urina e na contagem de plaquetas. De fluorescência: usa luz ultravioleta para iluminar a amostra, permitindo que objetos corados com corantes fluorescentes sejam observados. Exemplo de aplicação: detectar presença de anticorpos conjugados a fluorocromos e em análises de DNA. 2) Microscópio Eletrônico: utiliza um feixe de elétrons no lugar dos fótons utilizados em um microscópio óptico convencional. Amplamente utilizado em pesquisa. Oferece ampliação e poder de resolução muito maiores que o microscópio óptico e, assim, objetos muito menores podem ser visualizados. Existem dois tipos de microscópios eletrônicos: Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET): possui sistemas de iluminação e vácuo que produzem feixes de elétrons de alta energia que, ao incidir sobre uma amostra de tecido ultrafina (na espessura de nanometro), fornecem imagens planas, imensamente ampliadas, possuindo a capacidade de aumento útil de até um milhão de vezes. Assim, permitem a visualização de moléculas orgânicas, como o DNA, RNA, algumas proteínas, etc. A interação dos elétrons transmitidos através da amostra forma uma imagem que é ampliada e focada em um dispositivo de imagem, como uma tela fosforescente e visualizada com um vidro de proteção, ou é projetada em um monitor. Microscópio Eletrônico de Varredura: o feixe de elétrons realiza uma espécie de varredura, um “escaneamento” da superfície da amostra revestida por metal e é gerada uma imagem tridimensional. Centrífugas Equipamento que gira em alta velocidade, fazendo com que a substância mais densa seja “forçada” a sedimentar (decantar) devido a ação da força centrífuga. Existem alguns tipos de centrífuga: Micro hematócrito: para hematócrito pelo sistema de tubos capilares e leitura por régua. Macro centrífuga: para separação de fases de diferentes densidades em substâncias líquidas em tubos. Micro centrífuga: para centrifugação de microtubos. Centrífuga para microplaca: centrifugar microplacas de testes. Ultracentrífuga: tipo específico de centrífuga necessário para realizar a ultracentrifugação. As velocidades alcançadas pelos rotores nestas centrífugas são muito elevadas, obtendo-se acelerações até 500000 g. Neste tipo de centrífuga, a câmara onde se situa o rotor é refrigerada e encontra-se sob vácuo, para evitar o superaquecimento por atrito com o ar e assim para permitir que altas velocidades sejam atingidas. Modelos de Centrífugas Espectrofotômetro Equipamento amplamente utilizado nas áreas de bioquímica e biologia molecular nos laboratórios de análises clínicas e química, dentre outros. Tem a função de medir e comparar a quantidade de luz (energia radiante) absorvida por uma determinada solução. Ou seja, é usado para medir (identificar e determinar) a concentração de substâncias que absorvem energia radiante, em um solvente. Modelos de Espectrofotômetros Analisadores automatizados Leitores de Elisa O termo ELISA vem da sigla em inglês para Enzyme Linked Immunosorbent Assay. Trata-se de técnica imunoenzimática (ensaio imunoenzimático ou enzimaimunoensaio), termo genérico para um grande número de testes que permitem ensaios quali- e quantitativos, para a detecção tanto de antígenos quanto de anticorpos em amostras biológicas. Os ensaios imunoenzimáticos tem como princípio uma interação primária entre Ag-Ac que é visualizada devido ação de uma enzima sobre seu substrato e formação de produto solúvel colorido, cuja determinação é feita medindo-se a densidade ótica da solução por espectrofotometria. O leitor de ELISA é o equipamento de escolha para leitura espectrofotométrica ao final da técnica de ELISA devido a algumas vantagens. Exemplo de Equipamentos - ELISA
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