O presente trabalho tem como objetivo apresentar o quadrinho independente e o financiamento coletivo por meio de plataformas on-line como uma forma promissora e viável de dar mais visibilidade à discussão do racismo amarelo em nossa sociedade. Para isso, usaremos das definições de Eisner (2010), McCloud (2005), Groensteen (2015) e Cirne (1974) para começar a definir o que se constitui um quadrinho e, a partir disso, traçar a história do desenvolvimento dessa forma de arte desde sua forma mais embrionária, com as caricaturas de Angelo Agostini, até a aparição das webcomics nos anos 2000. A partir desse histórico, é possível identificar os momentos em que as HQs configuraram um movimento de vanguarda se colocando contra um poder hegemônico e, assim, discutirmos a respeito do papel do quadrinho independente no contexto atual de pandemia e constantes ataques à comunidade leste-asiática.