Luiz, o Visitante, o primeiro rapper de direita no Brasil Influenciado pelo hip hop internacional dos anos 2000. Luiz, o Visitante, nascido Luiz Paulo Pereira da Silva, iniciou a carreira musical entre o final de 2009 e começo de 2010, sob o nome artístico "Mr. Gângster" , com músicas sem viés político. O rapper chegou a lançar dois álbuns independentes nessa época; seu álbum de estreia ‘Recomeço’, fez seu nome chegar a nível regional alcançando mais de 15 mil cópias; seu segundo álbum ‘Feito em Marte’, não foi comercializado, sendo distribuído de forma gratuita pela Internet, obtendo mais de 100.000 downloads nos primeiros meses. Nesses quatro anos de carreira, o Visitante passou a observar que valores inversos estavam sendo defendidos na cena do rap nacional, como o ódio à polícia, à raça branca, e defesa de pautas socialistas. Vendo que o marxismo e o progressismo estavam bastante fundidos com a cultura hip hop do país; Luiz, o Visitante lança de contraponto sua primeira canção de direita "Bolsonaro, o Messias" ‘’Quando eu era adolescente, esse nome ‘Mr. Gângster’ não soava negativo, pois as pessoas viam como ironia, pelo fato de eu ser franzino e muito jovem. Era engraçado. Até que eu fiquei adulto, e isso perdeu a graça. Era visto de forma negativa. Principalmente quando passei a fazer músicas sobre o conservadorismo, soava contradição. Eu já estava muito infeliz com o nome. Mas também não posso ser totalmente ingrato pelo nome, pois me ajudou muito a conseguir chamar atenção. Tipo: olha lá, o rapper contra bandidos que se chama Mr. Gângster. Muita gente procurou saber quem eu era, assim. Bom, eu era muito jovem, gostava de filmes da máfia italiana, achava bonito aqueles ternos e hierarquias. Aí, botei esse pseudônimo escroto.’ ’ -- Luiz, o Visitante. Após o sucesso nacional, em sua nova fase musical, o artista passou a receber inúmeras críticas em meio a elogios. Devido ao grande número de ameaças de morte, o rapper decidiu continuar a militar politicamente com a música, vendo como necessidade pregar mudança. Conforme a grande proporção que o rap de direita tomou pelo país, o estilo passou a se chamar 'Destra rap' , e Luiz, o Visitante passou a ser referenciado como o "pai" do Destra rap. Como rapper de direita, o artista já lançou diversos álbuns e EP's. Seu álbum ‘O Lado Direito’ (2016), é o álbum mais importante nesta nova fase carreira, pois nele está presente as músicas que deram início ao Destra rap. Em menos de 8 meses alcançou meio milhão de downloads gratuitos. O Lado Direito é considerado por alguns críticos como um dos álbuns de rap mais polêmicos e odiados, devido a seu forte teor antiprogressista, e por conter faixa enaltecendo a figura de Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos mais famosos nomes do regime militar de 1994. Seu segundo álbum mais importante, ‘Ouro’, foi lançado em 2018, só que diferente de O Lado Direito, o álbum Ouro traz a participação de vários outros rappers de direita, que surgiram inspirado em sua atuação. Hoje são dezenas de artistas do Destra rap por todo o Brasil. A evolução lírica e técnica de um álbum para outro foi tão notável, que artistas conceituados como Blanch van Gogh e Nando Moura fizeram questão de indicar a seus públicos. A criação do primeiro rap de direita A música ‘’Ill Mind Of Hopsin 5’’ lançada em 2012 , do consagrado rapper norte-americano Hopsin, foi a inspiração inicial de Luiz, o Visitante, para que compusesse os primeiros raps de direita. A canção de Hopsin tem como tema diversas críticas a degradação moral e corrompimento da juventude na sociedade atual. Hopsin também é conhecido por ser um dos poucos rappers a criticar o uso de drogas, prostituição, e práticas ilegais no geral. Enxergando a cena do rap brasileiro como contaminada pelo gramscismo, o Visitante se propõe a enfrentar tais problemas em busca de reconstruir os verdadeiros valores no rap, lançando a canção ‘’Bolsonaro, o Messias’’; considerada a primeira música de rap direitista, que serviria como protesto ao cenário musical. Apesar desta ser sua primeira música de direita; o Visitante já vinha contrariando o atual consenso de visão do rap, em opiniões ditas em entrevistas e em redes sociais. ‘’Bolsonaro, o Messias’’ foi algo totalmente necessário, tanto pra mim, quanto para outros rappers de direita. Ela me inspirou vontade de continuar e coragem para o surgimento de outros artistas. Inicialmente meu objetivo era homenagear Jair Bolsonaro, não sabia que seria meu caminho sem volta. Devido a reação violenta de rappers de esquerda; eu vi a necessidade de continuar neste propósito. O rap hoje é o terceiro gênero musical mais ouvido do país, ou seja, milhões de jovens ouvem estes artistas, se inspiram nesses artistas, querem ser eles, e quem são eles? A grande maioria apologistas do crime, e eu me preocupo com esses jovens, porque o futuro está na mão deles.’’ — Luiz, o Visitante. Bolsonaro, o Messias, na verdade, foi lançada oficialmente em 2014 na sua versão Demo. Luiz, o Visitante havia apresentado a versão a qual conhecemos hoje, a Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, que ficou empolgado com a música, e publicou em suas redes sociais mais tarde. Sem saber que música circulava pela Internet, o Visitante se surpreende com a repercussão da canção em tão poucas horas disponível na web. Dias depois, o artista é surpreendido com uma ligação de Jair Bolsonaro á sua residência, para lhe agradecer a homenagem. Páginas no Facebook como: Orgulho de Ser Hetero, Bolsonaro Opressor, Direita Conservadora, Go Tropa e outras, foram responsáveis pelos primeiros compartilhamentos a qual tornou-se a canção ouvida pelo país. Somente na página Orgulho de Ser Hetero, o vídeo musical de ‘Bolsonaro, o Messias’ alcançou 6.000.000 de plays em menos de 2 meses, e em outras páginas citadas, ao total, somando 4.000.000 de plays, apenas na plataforma Facebook. Na plataforma YouTube, vários vídeos de cópias, somam em torno de 2.000.000 de visualizações. Mais tarde, a canção foi usada nas primeiras manifestações nacionais do antipetismo no país. Primeiramente no ‘Fora, Dilma!’ (2015-2016), -- manifestações responsáveis pelo impeachment de Dilma Rousseff, -- a qual a música foi executada em todos os estados e em quase todas as cidades em manifestação; ‘Lula na cadeia’ (2017-2018); como a mais executada das manifestações; e Eleições 2018, a qual foi a segunda mais executada durantes eventos e campanhas. Muitos jovens alegam ter seus primeiros interesses pela política através de Bolsonaro, o Messias; exemplo disso, o hoje deputado estadual Douglas Garcia, o mais jovem deputado eleito por São Paulo; o que mostra o quão fundamental e influenciador o rap de apenas dois minutos e quarenta segundos teve nos resultados das eleições de 2018. ‘’Eu era conhecido antes, tinha fãs, mas tudo passou a ser diferente da realidade que eu conhecia. Foi tipo, ligar a TV, e eles estarem transmitindo as manifestações ao vivo em todo Brasil e minha música tocando lá. Eu saindo na rua e os carros tocando minha música no sinal. Pessoas fazendo cartazes com frases da minha música. Eu vendo na Internet, meu rosto estampado em camisas das pessoas em fotos. Pessoas tatuando minhas frases. Pessoas me agradecendo na rua, falando que passou a se interessar por política por causa das minhas músicas. Pais me agradecendo, falando que se sente seguros em vê os filhos me ouvindo. E eu vi que estava ajudando pessoas, e eu disse, vou ficar por aqui mesmo, é isso que eu quero. Então eu me dediquei muito a estudar a história do Brasil, mas muito mesmo; pra eu sentir que posso de certa forma criar músicas com viés educativo. Hoje leio todos os dias!’’ — Luiz, o Visitante. Em meio às polêmicas que seu primeiro hit de direita gerou, o Visitante sentiu na pele o que é ser criticado e perseguido pela mídia em sua primeira vez. Como no caso da revista Brasileiros, que chegou a publicar uma matéria com o título ‘O rap do branquelo doido’ , uma alusão a frase ‘O samba do crioulo doido’. Mais tarde esta matéria foi retirada do ar devido acusações de racismo por parte dos fãs do rapper. Não demorou muito, e surgiram as primeiras músicas ‘diss’ (músicas difamatórias) para o artista conservador, vinda de alguns rappers marxistas, porém, o Visitante nunca deu qualquer tipo de resposta sobre, apenas foi dito: “Meus inimigos não são eles, são políticos. Deixa os caras falarem. É a liberdade deles. Temos que saber lidar com isso.” — Luiz, o Visitante (entrevista para o jornal A Tribuna ). Mostrando não se intimidar, atiçou a fúria coletiva de movimentos raciais, feministas, e de pessoas ligadas a cena do rap. Vendo que ameaças de morte aparentava ser em vão, surgiu a campanha “Rap de direita não existe!”, na tentativa de o-excluir do gênero musical, porém de outra forma. E o contrário aconteceu, o termo ‘rap de direita’ passou a ser encarado como um novo subgênero do rap, o “Destra rap” ( “Destra”, palavra de origem italiana, que significa “direita’’). Apesar do termo ‘Destra rap’ ter surgido no Brasil, tais ideias já havia antes sido defendidas fora do Brasil, como no caso do blog norte-americano ‘’ Hip Hop Republican’’ criado em 2004 pelo blogueiro conservador Richard Ivory, no intuito de desconstruir a ideia de que negros e o rap é propriedade da esquerda. “Se rap de direita não existe, porque eles estão incomodados? Deve ser porque estamos pondo em risco o fim para o rap marxista criminoso. As pessoas estão sabendo que existe o outro lado, que agora eles tem uma outra opção. Deveria ser triste, ser conservador, e só ter apenas rappers de esquerda para ouvir.’’ — Luiz, o Visitante. O Destra rap toma grande proporção pelo país Após o sucesso de Bolsonaro, o Messias, Luiz, o Visitante consegue transformar vários outros lançamentos como ‘Salve, salve a pátria amada’, ‘Limpando o Brasil’, e até mesmo ‘Bolsonaro, o Messias II’ em cânticos da direita, tornando-se uma espécie de hino nos principais eventos conservadores e reuniões da juventude conservadora pelo país. Não só a população adulta-jovem aderiu a suas canções, como as crianças. Vendo o grande número de crianças que se diziam ser fãs e admiradores, o Luiz, o Visitante resolveu que suas futuras canções não teriam mais ‘’palavrões’’, para que pudessem ser ouvida por todas as idades, sem a reprovação dos pais. Pois, fazer com que suas músicas chegassem até as crianças era um objetivo; sua intenção era fazer das músicas uma ferramenta educativa. Inspirado na idéia de ‘’músicas de direita para as crianças’’, o Visitante relembra de uma de suas canções favoritas de ninar, ‘Se essa rua fosse minha’; e ouvindo-a em uma das madrugadas dedicadas a composições, surge a ideia de fazer uma roupagem da tal música. Se essa rua fosse minha, é uma das mais conhecidas canções de ninar, e como a mesma estava sob domínio público, o rapper tinha total liberdade para adaptá-la como quiser. Utilizando as mesmas melodias, modificando apenas a letra, surge a versão destra rap de ‘Se essa rua fosse minha’. Após todos os preparatórios para as gravações, eis que o Visitante sente falta de um vocal feminino para cantar o refrão. Frustrado, por não encontrar no momento de gravação um vocal que combinasse com a canção, assim, foi adiado a data da gravação para daqui há uma semana, e dias depois, surge nas redes sociais um vídeo em que uma garota aparece cantando músicas cover de voz e violão. Isso agradou o Visitante de primeira, e após ver o vídeo, surge o convite que rapidamente foi aceito, por uma também admiradora de seu trabalho, Talita Caldas. “Lembro como se fosse agora. Eu estava online no Facebook, e ví o vídeo de uma moça cantando músicas cover. A Chamei pessoalmente no inbox, e fiz a proposta. Ela [Talita Caldas] nem pensou e já aceitou. Foi uma parceria que deu certo de primeira. Ela é muito perfeccionista, então ficou regravando várias vezes a parte dela, quis mudar o tom do arranjo, o tempo da música; parecida que a música era dela e que a gente se conhecia há anos. Mas gosto de ouvir-a, tem sempre boas ideias.’’ — Luiz, o Visitante. ‘Se essa rua fosse minha’ obteve grandes resultados em seu primeiro dia de lançamento. Chamando a atenção até mesmo do antes deputado estadual e hoje senador Flávio Bolsonaro, que ajudou na divulgação inicial do single. Mas como tudo não é só flores no meio político, sempre vem a parte ruim. A música parecia ser o único assunto que se conversava naqueles dias nas redes sociais, pois causou uma gigantesca fúria coletiva a ala das esquerdas. Professores de universidades federais reuniram-se para fazer petições ao ministério público, pedindo a censura de ‘Se essa rua fosse minha’, em todo território nacional; apenas pela simples e discreta referência ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (chefe do Doi-Codi do regime militar), na frase “Se essa rua fosse minha, nem feminista nem petista iam pisar. O nome dela ia ser coronel Brilhante” ; alegando ser uma apologia à tortura. A canção mesmo sendo cantada por uma mulher e um nordestino, foi acusada também de ser machista e xenofóbica. Mas o plano dos progressistas foi por água abaixo, e a música permanece disponível em todo o território brasileiro. Mais tarde, Luiz, o Visitante e Talita Caldas aparecem juntos em outra música, “O velho Olavo tem razão!”, e o reconhecimento de tais músicas entre a militância conservadora levou Talita Caldas a concorrer o cargo de deputada federal em 2018, obtendo em torno de 7.000 votos. “Geralmente demora uns dias pra música ‘’pegar’’, essa foi de primeira. Horas depois de lançamento, os jornais sobre política, já falavam “Rap em homenagem a Ustra começa a estourar na web’’. A ideia do ‘Se essa rua fosse minha’... é.... eu fui um copiador original; todos esperavam um rap comum, não um tipo de paródia infantil em um assunto sério. Foi o marketing perfeito. Fico feliz de alguma forma ter ajudado a Talita, hoje ela se tornou uma grande militante da nossa causa, ela ainda vai crescer muito. [...] Essa música chegou no ouvido de uma das pessoas mais importante do meio artístico conservador, o Blanch van Gogh, o líder da banda Cogumelo Plutão. Eu conhecia seu hit ‘’Esperando na Janela’’, mas eu não conhecia a pessoa por trás. E acabei encontrando um grande amigo, que me instruiu em muita coisa. Definitivamente, posso falar que este homem amadureceu minha mente uns 10 anos.’ ’ — Luiz, o Visitante. Sentindo-se provocado, Luiz, o Visitante lança o que seria a continuidade de ‘Se essa rua fosse minha’, a música ‘#UstraVive (Um rap reaça)”. Com intuito apenas vingativo, o Visitante extrapola em alguns versos, o que foi um prato cheio para a mídia se aproveitar do temperamento explosivo de Visitante. Um dos versos destaques da música são: Isentos da vida é pior que a esquerda É a raça mais suja, pois... Se esconde na concha Aqui não tem ostra, aqui só tem Ustra! As crianças são Ustra, as mulheres são Ustra Somos todos Ustra! A gente entende que, Independente de idade não foge da luta! Os moleques aprendem a brincar de ''polícia e polícia'' É a nossa cultura De pequeno se aprende que, Bandido bom, é bandido na sepultura Por causa da música '#UstraVive (Um rap reaça)', a Folha de S.Paulo procura Luiz, o Visitante para fazer um artigo detalhado da vida e militância do rapper. Tal matéria após ser publicada nos jornais, a vida simples e pacata do músico que antes era tido como playboy, fez tais acusações serem desconstruídas. E sua destemida e ousada forma de trabalho em meio a ameaças de mortes e agressões, chamou a atenção dos outros jornais e revistas. Curiosos para saber como Luiz, o Visitante lidava com essas situações, até mesmo a mídia internacional veio a sua procura em busca de entrevista. Um desses jornais foram El Confidencial da Espanha e Público de Portugal. El Confidencial encarou a história de Luiz, o Visitante como um dos jovens mais influentes da política brasileira, representando a nova geração de jovens conservadores ativos na política. Seu primeiro álbum como rapper direitista foi ‘O Lado Direito’ ou ‘O Lado Direito (Rap de Direita), lançado em 2016 contendo dez faixas. Sua capa apresenta Olavo de Carvalho, Carlos Alberto Brilhante Ustra, Enéas Carneiro e Jair Bolsonaro de plano de fundo. Apesar de nunca ter sido distribuído de forma física, o álbum teve uma repercussão considerável, foram mais de meio milhão de downloads nos primeiros dois meses de lançamento. Figuras importantes da política como o deputado federal Sargento Fahur e a ativista pró-vida Sara Winter foram os primeiros a prestigiarem o álbum com elogios em suas redes sociais. O lançamento foi repleto de elogios e também de críticas dos principais blogs de rap esquerdista. Um dos argumentos utilizados pelos blogs eram de que ‘’querem transformar a voz do oprimido na voz do opressor’’. Uma nova conquista para o rap conservador estava a caminho. Suas primeiras execuções em rádios FM, em vários estados brasileiro. Isso porque, o locutor pernambucano chamado Wam Galvão conheceu o trabalho de Luiz, o Visitante através de indicações, e nisso, o radialista resolveu executar um de seus singles na rádio. Outras rádios regionais sentiram-se à vontade para também fazer o mesmo, e várias outras por todo país em questão de semanas passaram a tocar Luiz, o Visitante. -- Um lugar a qual a direita antes não tinha espaço, devido o grande aparelhamento da esquerda nos meios de comunicação. -- As primeiras rádios a executar foram Rádio Atividade FM: 98.5 (Sirinhaém-PE); Rádio Litoral Sul FM: 97.1 (Angra dos Reis-RJ); Rádio Alternativa FM: 104.9 (Agrestina-PE); Rádio Estação FM: 26.0 (Brasília-DF); Rádio Sucesso FM: 104.9 (Jucás-CE). Seu segundo álbum como rapper direitista foi ‘Ouro’, lançado em 2018 contendo dez faixas, igualmente o álbum anterior. Luiz, o Visitante também chegou a realizar trabalhos como apenas compositor, é o caso da música ‘Batalha de YouTubers com Mussoumano vs. Nando Moura’. A música foi uma parceria entre Nando Moura e o Visitante, a qual compuseram juntos os versos que seriam cantados por Nando Moura.