O IMPERIALISMO O IMPERIALISMO Essa imagem é uma caricatura política do final do século XIX, criada por Henri Meyer em 1898 , intitulada "Torta chinesa" Ela representa de forma crítica o processo de imperialismo europeu e japonês na China Tratado de Shimonoseki a 17 de Abril de 1895. Tratado de Shimonoseki a 17 de Abril de 1895. ◼ Através deste Tratado, a China sofreu mais uma decisiva derrota, neste caso às mãos do Japão ◼ Foi, então, obrigada a reconhecer a independência da Coreia e a ceder, perpetuamente ao Japão, a Ilha de Taiwan (que se rebelou inicialmente contra esta decisão), as Ilhas Pescadores e a Província de Liaodong (a Sul da Manchúria) ◼ Ademais, a China obrigada a pagar uma enorme indemnização de guerra e a abrir mais quatro portos ao comércio externo ◼ No entanto, graças à intervenção da Rússia, França e Alemanha, ato este que ficou conhecido como a Intervenção das Três Potências, e porque Liaodong era a zona mais rica do território chinês, o Japão foi obrigado a devolver esta província à China CONSEQUÊNCIAS PARA A CHINA Segundo Ian Nish, "depois do restabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Japão, a 22 de Junho de 1895 , o Japão adoptou uma política de low posture em relação à China, apesar dos seus exércitos continuarem a ocupar Weihaiwei até que todos os requisitos da indemnização de guerra estivessem pagos em 1898 " DEFINICÃO DE IMPERIALISMO ◼ O Domínio dos países Industrializados (monopólicos) europeus Territorial ou econômico XIX E XX ◼ Busca de excedente de força de trabalho e matéria prima ◼ Principais foco de domínio e disputa África e Ásia ◼ Final dois últimos quartéis do século XIX ▪ Limites da livre concorrência do liberalismo ➔ Disputa por espaços no mercado desequilibrada pelas empre - sas mais ricas e com maior poder → Processo de con - centração • Cartel → Grupo de empresas que acordam em con - trolar preços, produção e mercado de determinados setores e produtos • Holding → Empresa que controla várias outras dife - rentes empresas, que funcionam independentes entre si e possuem até alguma autonomia • Truste → Fusão de diversas empresas de um mesmo ramo de atividade produtiva Monopólios ▪ Outros aspectos dos limites do liberalismo : • Monopólio → Ausência de concorrência e existência de um único fornecedor • Oligopólio → Poucos fornecedores e cada um detém uma parcela grande do mercado, de forma que qualquer mudança em sua política de vendas afeta a participação de seus concorrentes e os induz a reagir • Monopsônio → Forma de mercado com apenas um comprador, chamado de monopsonista, e inúmeros vendedores É um tipo de competição imperfeita, inverso ao caso do monopólio, onde existe apenas um vendedor e vários compradores Um monopsonista tem poder de mercado, devido ao fato de poder influenciar os preços de determinado bem, variando apenas a quantidade comprada Monopólios No final do século XIX e inícios do séc. XX a Europa domina o mundo - Fora da Europa o Japão e os EUA estavam em ascensão muito rápida. Expansão do Capital A combinação tornou - se gradualmente a alma dos sistemas comerciais modernos. V. Dicey , 1905 O objetivo de qualquer fusão de capital e unidades de produção ... deve ser sempre a maior redução possível dos custos de produção, administração e venda, visando a realizar os maiores lucros possíveis por meio da eliminação da concorrência destrutiva. Carl Duisberg , fundador de I. G. Farben, 1903 - 1904 Há momentos em que o desenvolvimento está a tal ponto amadurecido em todas as áreas da economia capitalista — no terreno da tecnologia, dos mercados financeiros, do comércio, das colônias — que é preciso ocorrer uma expansão extraordinária do mercado mundial. O conjunto da produção mundial será aumentado a um nível novo e mais abrangente. Neste momento, o capital começa a entrar num período de avanço impetuoso. I. Helphand ("Parvus"), 1901 ™ Segunda Revolução Industrial: expansão para outros países (EUA, Japão , países europeus ). Aço, energia elétrica, motor de automóvel, derivados de petróleo. Formação de grandes empresas e conglomerados (monopólios industriais). ™ Capitalismo industrial: donos das empresas • reinvestem na própria parte dos lucros obtidos. • ™ Capitalismo financeiro : instituições bancárias financiam a produção industrial, agrícola e mineral de países , controlando por meio da aquisição de ações empresas de diferentes setores e atividades Trustes: fusão de várias empresas em apenas uma, que assume o comando com o objetivo de concentrar e dominar todas as fases de produção, distribuição e consumo. Cartel: acordo de empresas que atuam no mesmo ramo da economia com o objetivo de evitar concorrência e de estabelecer convenções quanto a preços e nichos de mercado. Holding: empresas de médio porte são controladas por outra grande instituição que detém as ações. Colonialismo europeu (sec. XVI) Neocolonialismo (sec. XIX) Principal área de dominação América África, Ásia e Oceania Fase do capitalismo Capitalismo mercantilista Capitalismo financeiro e monopolista Objetivos econômicos • Garantia de mercado consumidor para a produção econômica europeia • Garantia de exploração de produtos coloniais e metais preciosos • Reserva de mercado para a produção industrial • Garantia de fornecimento de matérias - primas • Controle dos mercados externos para investimento de capitais excedentes Patrocinadores Burguesia comercial e Estados metropolitanos modernos Burguesia financeiro - industrial e Estados com industrialização desenvolvida Justificativa Expansão da fé cristã Missão “civilizadora” e disseminação do progresso técnico pelo mundo Imperialismo: entre a ciência e o entretenimento Em outubro de 1810 , Sarah Baartman foi levada da África do Sul à Grã - Bretanha para aparecer em espetáculos Mapa T/O de Santo Agostinho “Foi na Filadélfia que, pela primeira vez, tive contato prolongado com os negros ; todos os criados do hotel em que estava eram homens de cor Dificilmente posso exprimir - lhe a dolorosa impressão que recebi, especialmente porque o sentimento que eles me inspiraram é contrário a todas as ideias acerca da confraternidade do tipo humano e da origem única da nossa espécie Mas a verdade antes de tudo Apesar disso, senti piedade por essa raça degradada e degenerada e todos me inspiram compaixão ao pensar que eles são realmente homens Ao ver seus semblantes negros com lábios grossos e dentes caricatos, o cabelo lanoso, os joelhos dobrados, as mãos alongadas, unhas largas e curvas, e especialmente a cor lívida da palma das mãos, não pude desviar os olhos dos seus rostos, de maneira a dizer - lhes que se mantivessem afastados E, quando avançavam aquela mão medonha na direção do meu prato para me servirem, eu desejava poder sair e ir comer um pedaço de pão em outro lugar qualquer em vez de jantar com um serviço desses Que infelicidade para a raça branca ter ligado sua existência tão estreitamente à dos negros em certos países! Deus nos preserve de um tal contato!” (AGASSIZ apud GOULD, 2004 ) Racismo “Cientifico” Os “cientistas” Gustave Le Bom Conde Gobineau Louis Agazzis Samuel George Morton Racismo cientifico e a Hierarquia das Raças Desenho ilustrando as supostas cinco raças básicas. Lembrando que os teóricos raciais nunca chegaram a um consenso acerca da quantidade de raças que existiria. Racismo cientifico e a Hierarquia das Raças Pintura de 1904 do Nordisk Familjebok retratando supostas 35 raças de asiáticos. Na época que essa pintura foi feita, os estudos raciais ainda estavam em alta.