Yngrid Barros precisa de tratamento? COMO SABER SE A MINHA ANSIEDADE precisa de tratamento? Yngrid Barros Todos os direitos reservados. 2024 Quem é Yngrid Barros? Olá, seja bem - vindo(a)! Me chamo Yngrid, sou Graduada em Serviço Social e Psicóloga. Especialista em Neurociência, Comportamento e Psicopatologia pela PUC - PR e pós - graduanda em Psicologias Baseadas em Evidências: Terapias Cognitivo - comportamentais, pelo Instituto PBE – Fernanda Landeiro. Possuo formação em Terapia Cognitivo - Comportamental, Psicologia Baseada em Evidências pelo Instituto PBE de Fernanda Landei ro. Realizei cursos de aprimoramento contínuo em Psicofarmacologia e em demais áreas dentro da atuação clínica. Falo de Psicologia desde 2020 aqui nas redes sociais, dando enfoque a ansiedade e nas diferentes formas que ela se manifesta. Atuei na área organizacional por mais de 2 anos, mas, a clínica definitivamente tem meu coração. Sou apaixonada por conhecimento, principalmente quando se trata em comportamento humano. É com alegria que compartilho com você este e - book, ele foi criado com muito carinho, espero que agregue de alguma forma, principalmente em conhecimento. Índice Você é ansioso(a)? 05 Quando a ansiedade se torna um problema? ---------------------- 07 Em que momento devo buscar ajuda profissional? ---------- 10 Quais tratamentos colaboram para desenvolver ansiedade saudável? 11 BÔNUS 13 Referências 14 Só você é “ansioso(a)? Você deve ter ouvido em algum lugar a seguinte frase: “Nossa como fulano é ansioso.” ou “X é muito ansiosa, tadinha”. E essas formas popularmente de se expressar soam como pejorativo, ou seja, depreciativo. “Ser ansioso(a) é considerado algo ruim”. Entretanto, ninguém, absolutamente ninguém vive sem ansiedade. Sem ela seríamos apáticos. Então “fulano e x” não são ansiosos, talvez tenham uma ansiedade disfuncional. Porque na verdade “NÓS NÃO SOMOS NOSSAS EMOÇÕES, NÓS SENTIMOS - AS EM DETERMINADOS MOMENTOS”. A ansiedade é uma emoção assim como a tristeza, alegria, frustração. Todas as emoções, embora algumas sejam desagradáveis são necessárias para nossa existência. Elas são estados, comunicam necessidades, nos dá informações importantes sobre mudanças, valores, sobre o que é fundamental para existência humana. Portanto, sendo a emoção um estado momentâneo, não somos nossas emoções, e sim podemos estar “tristes, ansiosos, frustrados”, por exemplo. OK? Mas por que tantas pessoas foram e ainda são rotuladas assim como “ansiosas”? Talvez, hipoteticamente, pela intensidade que a ansiedade nelas se manifestam e por reforçar um padrão de comportamento disfuncional ou desadaptativo, causando danos e até sofrimento. Mas como diferenciar ansiedade “normal” do adoecimento ou disfuncionalidade? Calma, eu vou te explicar! Pense comigo o seguinte: imagine um carro que tem um alarme contra roubo. O alarme funciona como alerta contra perigo e só dispara quando de fato tentam assaltar. Agora, imagine um outro carro que o alarme dispara sem parar o dia todo ou a maior parte do dia sem perigo aparente, “do nada”. Assim acontece com a ansiedade e eu vou destrichar para você: A ansiedade tem como função preparar para o perigo, prever riscos, alertar. Como o exemplo do alarme do primeiro carro, ele cumpre essa função, dispara apenas quando há riscos de fato. Todavia, a ansiedade pode se apresentar de forma disfuncional, disparar “sem perigo aparente, do nada” como o segundo carro do exemplo acima. A ansiedade disfuncional está associada diretamente a elevada distorção sobre os contextos, há uma catastrofização e ideias pessimistas, maximizadas do que poderá acontecer. E sim, a forma como você interpreta os fatos colabora ou não para intensificação da sua ansiedade. Os seus comportamentos e hábitos também influenciam na sua ansiedade. O seu estilo de vida, sono, exercício físico se relacionam com a sua ansiedade. A sua alimentação influencia nas suas emoções e consequentemente na sua ansiedade. problema? Quando a ansiedade se torna um É natural sentir medo do novo, do estranho, de ameaças. O medo e a ansiedade são tão normais quanto comer, dormir e respirar. Como necessitamos deles para a sobrevivência, seria perigoso eliminar todo medo e ansiedade da vida (Clarck e Beck, 2012) A ansiedade está diretamente ligada ao medo, porém é um conjunto de percepções complexas. O fato é que muitas vezes ela parte de um medo inicial como: medo de falhar, errar, perder, decepcionar, entre outros. Quando olhamos para esses medos, é perceptível o quanto que os nossos pensamentos, as nossas crenças estão atreladas a eles. Crenças são as nossas percepções mais profundas sobre nós, mundo e futuro, elas direcionam e intensificam ou não a ansiedade, que por sua vez é uma emoção natural, existencial; todos temos, como mencionado anteriormente. Entendi Yngrid, mas como saber se a minha ansiedade é um problema mesmo? Vamos lá, há um conjunto de aspectos que são afetados negativamente em quadros de ansiedade disfuncional como: sintomas físicos, cognitivos, comportamentais e emocionais. Dentro dos sintomas físicos é comum muitas pessoas queixarem de batimentos cardíacos acelerados, palpitações, falta de ar, hiperventilação, dor ou pressão no peito, tontura, calafrios, náuseas, sensação de estômago embrulhado, fraqueza, sensação de desmaio, tensão muscular, rigidez, boca seca, entre outros. Os sintomas cognitivos são marcados por dificuldade de raciocínio, diminuição da atenção, hipervigilância ao perigo, medo de perder o controle, medo de ser incapaz de enfrentar ou lidar com algo, confusão, distrabilidade, medo da avaliação negativa dos outros, medo de enlouquecer, medo de dano físico ou morte entre outros. Acerca dos comportamentais está a evitação de sinais ou situações que parecem ameaçadoras (mesmo que imaginárias), agitação, desasossego, hiperventilação, dificuldade para falar, paralisia, fuga de situações, entre outros. Quando a ansiedade se torna um problema? E a respeito dos sintomas emocionais está presente o nervosismo, tensão, medo, sentir - se aterrorizado, temeroso, apreensivo, alvoroçado, frustrado, impaciente, entre outras emoções que andam em conjunto, a depender do contexto e subjetividade do indivíduo. É importante que fique claro que ter uma série de sintomas não caracteriza ter um diagnóstico de algum tipo de transtorno de ansiedade. Para que seja feita tal conclusão é necessário um acompanhamento individual com profissional habilitado (psicólogo ou psiquiatra) o qual irá levantar diversos dados e aspectos para que chegue a tal conclusão. Entretanto, os sintomas mencionados estão relacionados a quadros de ansiedade disfuncional, e para que se busque tratamento ou acompanhamento psicológico por exemplo, não precisa necessariamente ter um transtorno, uma vez identificado prejuízo nas atividades diárias já se faz imprescindível acompanhamento. A psicoterapia tem como um dos objetivos principais possibilitar uma vida mais funcional para o paciente, como é o caso da Terapia Cognitivo - Comportamental (TCC). Sendo assim, a partir do momento em que se nota tais sintomas, se há intensidade, persistência deles e os mesmos interferem de forma negativa na vida (trabalho, relacionamentos consigo mesmo(a) e com os outros, ambientes como escola/faculdade, entre outros contextos) é essencial buscar acompanhamento profissional. Descontar na comida, no cartão de crédito vai ajudar a reduzir a minha ansiedade? Passar horas, o dia nas redes sociais irá amenizar minha ansiedade? Em que momento devo buscar ajuda profissional? A intensidade e frequência da ansiedade varia de pessoa para pessoa. Inúmeros aspectos colaboram para isso, seja a partir das crenças que cada um constriu ao longo do tempo e ou também a partir dos hábitos que cultiva. O fato é que a ansiedade não é uma “vilã” totalmente como muitos imaginam, já que, ela nos permite antecipar perigos ou ameaças, como expliquei anteriormente. Todavia, não é necessário “aguardar o incêndio para apagar o fogo” , ou seja, a partir do momento que você identifica os sintomas que compartilhei e a partir da sua autopercepção de que a sua ansiedade está funcionando como “alarme do carro que dispara do nada” é fundamental acompanhamento psicológico. Embora busquemos naturalmente “atalhos”, jeitinhos, e nisso o nosso cérebro influencia “quer poupar energia”, estes caminhos estão fadados ao fracasso e inclusive a reforçam ciclos disfuncionais , intensificando ainda mais a ansiedade disfuncional. Sendo assim, “descontar na comida, no cartão de crédito, passar horas, o dia rolando telas das redes sociais não trará avanços e muito menos a mudança e reestruturação que a sua vida precisa” e nem remissão da ansiedade. Fugir de enfrentar situações desafiadoras ou esquivar - se de situações temidas também não são soluções, pelo contrário, reforçam o medo e por conseguinte intensificam a ansiedade. Qual o caminho então Yngrid? O enfrentamento é o caminho, mas com técnicas e direcionamento profissional. Vou te contar a seguir algumas possibilidades. Vamos lá? Quais tratamentos colaboram para desenvolver ansiedade saudável? Existem inúmeros estudos que comprovam a eficácia da Terapia Cognitivo - comportamental (uma das abordagens da psicologia) para o tratamento de quadros de ansiedade disfuncional e de transtornos de ansiedade. A TCC, como é conhecida, fornece uma série de ferramentas para lidar com a ansiedade. O objetivo principal não é “eliminar a ansiedade”, pois toda emoção seja agradável ou desagradável tem importantes funções na existência humana Além da contínua psicoeducação sobre as emoções, neste caso a ansiedade, é promovido ao paciente a partir de técnicas como RPD (registro dos pensamentos disfuncionais) a percepção e clareza de seus pensamentos disfuncionais, a intervenção sobre eles a fim de reestruturar e torná - los reais, adaptativos e consequentemente a redução da “emoção negativa”. Pensamentos, influenciam emoções (ansiedade) e por consequência comportamentos. Quando a TCC atua sobre a cognição (pensamentos) do paciente visa remitir, ou seja, reduzir também os sintomas, neste caso da ansiedade desadaptativa. O intuito é tornar a ansiedade uma aliada, não uma vilã. Há estudos que evidenciam a utilização de técnicas como respiração diafragmática, ela atua sobre os sintomas físicos como a hiperventilação, colaborando para a sensação imediata de relaxamento, melhora da circulação entre outros benefícios. A atenção plena é uma outra técnica utilizada pela TCC e abordagens contextuais, tem como principal objetivo atuar sobre os sintomas cognitivos, os pensamentos, trazendo o indivíduo para o momento presente e influencia em outros sintomas como comportamentais, emocionais e físicos, possuindo inúmeros estudos que comprovam a eficácia. Existem inúmeros tratamentos dentro da TCC e terapias contextuais, estes são manejados a partir da demanda, do caso e das necessidades do paciente. Obrigada por estar aqui e acreditar no meu trabalho! Estamos concluindo este e - book, , eu imagino que agora algumas dúvidas foram esclarecidas e que tenha despertado para a importância da promoção da saúde. Eu gostaria de fazer um pedido: : c c c o o o m m m p p p a a a r r r t t t i ii l ll h h h e e e e e es s st t te e e m m ma a at t t e e er r ri ii a a al ll c c co o om m m o o o u u ut t tr r ra a as s s p p pe e es s ss s so o oa a as s s p p pa a ar r ra a a q q qu u ue e e s s se e e b b be e en n ne e e f f fi iic c ci iie e em m m d d de e es s st t te e e c c co o on n nt t te e eú ú úd d do o o a a as s ss s si iim m m c c co o om m mo o o v v vo o oc c cê ê ê A A Ah h h , , e e e p p po o os s st t te e e n n no o os s s s s st t to o o r r ri iie e es s s e e e m m me e e m m ma a ar r rq q qu u ue e e p p pa a ar r ra a a q q qu u ue e e e e eu u u s s sa a ai iib b ba a a q q qu u ue e e f f fe e ez z z s s se e en n nt t ti iid d do o o p p p a a ar r ra a a v v vo o oc c cê ê ê , , i iir r re e ei ii f f fi iic c ca a ar r r M M MU U UI I I T T TO O O F F FE E EL L LI I IZ Z Z ! ! Qualquer dúvida, , estou à disposição! ! Me dá seu feedback, , a sua opinião é importante para mim Grande Abraço, , Yngrid. 12 1 - Organize suas demandas: anote em um bloco de notas ou agenda as tarefas necessárias, definindo prioridades. Necessidades: o que precisa fazer; Prioridades: O que é inegociável? 2 - Questione seus pensamentos. Nem todo pensamento é real. Tenha em mente a seguinte reflexão: Quais as evidências de que este pensamento é real? 3 - Crie uma rotina sustentável. É humanamente impossível querer fazer trilhões de coisas em 24 horas. Respeite seus limites e necessidades. Reserve um tempo para autocuidado: exercício, sckin care, sono, alimentação, tempo de qualidade consigo mesmo(a) e com as pessoas que ama. 13 Referências: CLARK, David A.; BECK, Aaron T. Vencendo a ansiedade e a preocupação com a terapia cognitivo - comportamental. Porto Alegre: Artmed, p. 70 - 196, 2012. CLARK, David A.; BECK, Aaron T. Terapia Cognitiva para os Transtornos de Ansiedade: Tratamentos que Funcionam: Guia do Terapeuta. Artmed Editora, 2016.