CULTURA feminina dentro e fora DAS MARGENS 12-16 Dezembro 2025 II WEBINÁRIO DO CTFOEH PROGRAMAÇÃO Feminização do magistério Cartografia do invisível: rituais de fronteira Hildegarda de Bigen: a (há) luz do século XII Cosmopercepção: despertando seus sentidos para integrar teoria e prática Rebelião das deusas: um aulão cósmico Manhã Tarde Ferramentas para autonomia: Como as mulheres podem usar o Direito a seu favor Vamos falar sobre grana: ressignificando a relação das mulheres com o dinheiro (e colocando em prática) 11 : 00 14 : 00 19 : 30 08 : 30 10 : 00 13 : 00 15 : 00 Noite As mulheres estão na moda: reflexão acerca da moda sob a perspectiva feminista 18 : 00 Do caos à criação : oficina de colagem 19 : 30 Habitar o corpo, observar as margens - uma experiência sensível através da prática de Yoga Introdução à magia com ervas Manhã Tarde Cineclube desmarginar A fome imposta, o corpo de mulheres usurpado: entre o que foi interrompido e tomado - e o que agora reivindicamos viver 08 : 30 11 : 00 13 : 30 15 : 30 Noite Viajar só (mas se quiser acompanhada, também pode) 18 : 00 Parquinhos pelo mundo e a autonomia das crianças no brincar 19 : 30 Circulo Mulheril 09 : 30 Fuxico das mulheres 14 : 30 AstroPapo : os convites do céu para um 2026 mulheril Manhã Tarde A mulher com a câmera: mulheres pioneiras do cinema Maria Firmina dos Reis : a primeira romancista brasileira 08 : 30 13 : 30 16 : 00 Noite Governança : conhecendo as estruturas para ultrapassar as margens 18 : 30 A autoria em disputa: Fanfic como território da (re)invenção literária feminina 20 : 00 Letramento em longevidade e etarismo 10 : 30 Mecânica para mulheres: o funcionamento do motor de combustão interna 14 : 30 Corpo ideal: representações do feminino na arte japonesa Manhã e Tarde 08 : 30 Noite Língua materna, língua nativa e escritura e corpo: reinscrevendo nossa experiência na linguagem 16 : 00 Mulheres construindo cultura nas margens 19 : 30 Aceitando a própria magia : mulheres às margens do mito e da filosofia 14 : 00 ATIVIDADES EMENTAS A proposta examina a feminização do magistério como processo histórico ligado à divisão sexual do trabalho e às expectativas sociais sobre o “cuidado”. A discussão parte da consolidação desse padrão no final do século XIX e analisa como diferentes países construíram justificativas morais, econômicas e políticas para a presença majoritária de mulheres nas escolas como professoras. O seminário explorará efeitos persistentes desse processo — especialmente a desvalorização salarial e simbólica do trabalho docente — e discutirá leituras críticas que relacionam o sexo feminino e a profissão de docente. O objetivo é compreender continuidades e rupturas na forma como a docência foi associada ao que se entende como “feminino”. Como as margens que nos foram impostas — sociais, simbólicas, linguísticas — se inscrevem em nosso corpo, nosso imaginário e em nossa vida? Como podemos reconhecê-las, deslocá-las e renomeá-las? Como podemos mover um centímetro além dessas fronteiras? Um encontro sensível onde vamos mapear juntas os limites que nos foram impostos e transformá-los em palavras, fronteiras e desejos. Será um espaço de escuta, troca e autodefinição. Através do desenho, da escrita e da constelação de palavras, vamos reconhecer linhas invisíveis que atravessam nossas vidas, transformando-as em trajetos de possibilidades, de abertura e de criação. nspirada pelas aulas do curso Ensinando a Transgredir com a Prof. Suzana Veiga, criei uma abordagem da prática de yoga e meditação chamada Práticas de Cosmopercepção . O objetivo é realizarmos exercícios simples e surpreendentes, para aguçar a nossa capacidade de estar no mundo, experimentando uma "inteireza", uma autonomia integrada, que nos dá consciência, reconhecimento, sentido e direção, permitindo que a nossa percepção (além dos 5 sentidos), possa fazer parte das nossas relações com o mundo, que o movimento cotidiano do corpo, seja de reconhecimento do espaço que ocupamos na vida, subvertendo a ideia de que o corpo deve buscar ou se adaptar, se encaixar ou servir. As Práticas de Cosmopercepção, nos colocam disponíveis para experimentar a maestria e o mistério da vida e todos os nossos sentidos. O nosso corpo é capaz e está pronto, a percepção é que está distorcida! Por muito tempo, a interpretação astrológica foi centrada em arquétipos masculinos, deixando de lado facetas essenciais da experiência mulheril. Agora, queremos mostrar como essa negligência afetou o seu autoconhecimento, e principalmente, como você pode acessar esse poder que apenas uma narrativa feminista pode te mostrar. Vamos juntas (re) conhecer: Atenusa, a deusa asteroide que dialoga sobre sua estratégia intuitiva; e Demi, que fala sobre o fluxo criativo da vida, os ciclos e a prosperidade. Um aulão para mulheres que amam astrologia e buscam um autoconhecimento que foge do molde patriarcal, estudantes de astrologia e astrólogas que querem ampliar sua visão e todas que desejam se sentir mais inteiras, validadas e donas de sua própria história. A mesa propõe um diálogo sobre a relação entre mulheres e o direito a partir de uma perspectiva histórica e crítica. Partindo de como o ordenamento jurídico, ao longo do tempo, limitou a autonomia feminina, discutiremos como mulheres têm reescrito suas trajetórias utilizando instrumentos jurídicos como ferramentas de proteção, criação e resistência. Serão explorados mecanismos preventivos de fortalecimento da autonomia, incluindo planejamento patrimonial e sucessório, regimes de bens e seus impactos, acordos e proteções no âmbito do casamento e da união estável. O encontro busca dar visibilidade a caminhos jurídicos que permitam às mulheres exercer maior controle sobre seus bens, suas escolhas e seus futuros, ampliando horizontes de existência, segurança e liberdade. A ideia dessa conversa é trazer informações sobre o funcionamento geral do sistema financeiro e seus principais produtos financeiros, seguida de uma exposição prática com o uso do Excel (passando por algumas funções de matemática financeira e por ideias de planilhas de planejamento e controle para o novo ano), com o objetivo de possibilitar maior autonomia na tomada de decisão sobre os nossos recursos. Juntas, vamos pensar de forma crítica a nossa relação com o dinheiro. Nesta mesa redonda, duas leituras da moda se encontram sob uma mesma lente feminista: De donzela a heroína: leituras da condição feminina através dos trajes no cinema, por Marina Conti. Entre fios e solidariedade - vulnerabilidades e esperança do fazer artesanal na moda, por Isabella Laurito. O debate conecta história, cultura e produção contemporânea para refletir como a moda constrói e ressignifica a presença das mulheres. Nesta oficina online, mergulharemos no processo criativo da colagem, explorando técnicas de composição, uso de cores e texturas. Partilharei meu processo e discutiremos a importância da produção analógica como um ato feminista. Ao final, vou propor um exercício prático para criar uma colagem que materialize um momento ou memória de 2025 que as participantes queiram guardar. Um exercício de materializar nossa história e narrativa. A prática de ásanas (as conhecidas posturas de yoga) pode ser uma plataforma incrível para se (re)apropriar do corpo, observar contornos e dar passagem a possibilidade de transformações internas. Nesta aula, vamos passar por posturas e exercícios respiratórios simples com o intuito de internalizar a atenção e exercitar uma qualidade mental de mais calma e clareza. Não é necessário ter experiência prévia em yoga. Um convite ao coração-ventre de cada mulher, para se permitirem vir não somente conhecer mas sentir o que as deusas podem fazer para alimentar e fortalecer ainda mais as revoluções que já vem acontecendo dentro e fora de si. Uma oportunidade de conhecer um trabalho que venho desenvolvendo desde 2012, com as deusas como cerne e matriz das nossas transformações e criações de um novo mundo, que englobe também a dimensão de uma espiritualidade mulheril. A proposta é compartilhar com todas as mulheres sobre o Devi Shala, que é como uma graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado das deusas, um formato único e exclusivo, que propõe um metodologia desenvolvida por mim para conduzir as mulheres por um caminho de resgate histórico, simbólico, psicológico e também espiritual das deusas em suas vidas e de uma forma nova de viver e ser no mundo. A magia com ervas está na ancestralidade feminina, principalmente aqui no Brasil. Se reconectar com essa sabedoria é um processo de cura ancestral e também de criação de autonomia para fazer magia. Por isso, nesse encontro, eu vou te explicar o básico de magia com ervas para que você possa despertar a bruxa que há em você! Um cineclube é um espaço muito rico para conhecer cinematografias diversas geralmente não encontradas no circuito de cinema comercial. Pensando nisso a proposta desta atividade será uma sessão de debates sobre três curtas-metragens que falam sobre questões que envolvem a experiência de ser mulher, os filmes a serem assistidos serão enviados às participantes para que sejam assistidos antes do encontro e no momento do encontro iremos debater sobre as obras Fuxico é o nome de um tipo de artesanato brasileiro. Também é sinônimo de fofoca no Nordeste do Brasil e significa, na origem africana, "remendo", "alinhavo". A proposta da atividade é uma mulher (no caso eu, a oficineira) que aprendeu há pouco o bordado do fuxico ensinar às outras mulheres a fazer pelo menos um fuxico enquanto a conversa entre nós flui. Enquanto se enfia a linha na agulha, desenha-se o círculo, corta-se o tecido, faz-se o fuxico artesanal, o papo relembrará as mulheres juntas ao longo da História. Ao final da oficina, espera-se que cada mulher: tenha conseguido fazer seu fuxico, mesmo achando que ficou mal feito; que tenha se divertido e entendido a importância de ter um hobby lúdico; que não necessariamente tenha uma execução perfeita, mas que sinta o poder daquela troca/partilha. Além disso, conhecerá um pouco mais sobre a História das Mulheres e refletirá sobre a nossa potência conjunta. Exposição histórica e crítica de como se deu a construção das concepções médicas e sociais sobre peso, corpo e saúde desde o século XV. Análise das relações entre magreza, obesidade e discursos racializados e de gênero, evidenciando como ideais estéticos se transformaram em normas médicas e instrumentos de controle social principalmente entre as mulheres. Discussão sobre a fobia da gordura como dispositivo de opressão, especialmente sobre mulheres e minorias raciais, e sua transmutação em políticas públicas e classificações biomédicas como IMC. Reflexão sobre os impactos psíquicos desses discursos na constituição dos transtornos alimentares e sofrimentos subjetivos. Articulação com a clínica winnicottiana, compreendendo o ambiente social opressor como fator desencadeante de transtornos alimentares. Historicamente o ato de viajar não foi de fácil acesso às mulheres e ainda há muito medo rondando o tema, principalmente quando se fala em viajar sozinha. Proponho compartilhar meus conhecimentos e um pouco do que aprendi nos últimos anos viajando sozinha e ajudar mulheres a pensarem e planejarem viagens que gostariam de fazer mas ainda não puderam. Conversar com as participantes apresentar e discutir os seguintes pontos: Brincar e cultura - como o brincar é visto na cultura ocidental e como a cultura impacta o brincar; Para quem é o parquinho e o que eles proporcionam - idade das crianças, como os brinquedos estão dispostos no espaço e como são esses brinquedos; Circulação das crianças e adultos nos parquinhos; Avaliação de risco X dependência para brincar; Ocupação infantil dos espaços públicos e coletivos - uma reflexão sobre como as cidades e a sociedade recebem as crianças. Objetivo: que as participantes consigam identificar parquinhos que proporcionem uma brincar autônomo para as crianças de todas as idades. O AstroPapo com Verônica Borges traz os convites do céu na perspectiva da Astrologia Mulheril (criada por Marília Rizzon) e, através de uma reflexão inicial inspirada pelos diálogos astrais do momento, construiremos individual e coletivamente caminhos para um 2026 alinhado ao que nutre e regenera os movimentos de cada participante em busca da realização de metas pessoais que contribuem para o florescimento do coletivo - sem morrer no processo! Após a apresentação dos convites do céu, será aberta uma roda de conversa orientada e as participantes terão a oportunidade de criar seu plano mulheril para 2026, mesmo que não conheçam nada do seu mapa astral. É preferível a escrita a mão ao invés de dispositivos eletrônicos para anotações. Esclarecimento e conversa com as participantes a respeito de conceitos básicos sobre o tema: ciclo de vida, longevidade, envelhecimento x velhice, elementos que compoem as diversidades nas velhices, senescência x senilidade, autonomia x independência x funcionalidade, jovencentrismo, tipos de idade, velhofobia, etarismo, etc. Desde o início do desenvolvimento do cinema como arte as mulheres sempre estiveram presentes, filmando, dirigindo, escrevendo e contribuindo no desenvolvimento da linguagem cinematográfica, no entanto, seus vestígios foram minimizados no processo de industrialização do cinema. Nesta mesa redonda iremos discutir sobre o papel e atuação das pioneiras do cinema e sua contribuição no desenvolvimento da técnica cinematográfica. Partes componentes dos motores Motores do Ciclo Otto Motores do Ciclo Diesel Motores 4 e 2 tempos Maria Firmina dos Reis (1822-1917), maranhense, mulher negra, filha e neta de escravizadas, foi a primeira mulher a publicar um romance no Brasil (“Úrsula”, de 1859, considerado o primeiro romance abolicionista da literatura brasileira). Assinando apenas “Uma maranhense”, Maria Firmina traz, nesse primeiro romance (bem como em outros de seus escritos), um enfrentamento corajoso e frontal do sistema escravocrata vigente. Também foi professora concursada, fundou uma escola mista para os que não podiam custear os estudos e participou da cena intelectual maranhense. Intentamos, nesse encontro, conhecer um pouco da obra de Maria Firmina dos Reis, incluindo-a no rol dos mais importantes escritores brasileiros, de cujo cânone ela foi injustamente apagada. Gostaria de apresentar o conceito de governança, o que é, como olhar esse sistema macro, tentando trazer para o quotidiano das pessoas (como é a governança da empresa que você trabalha, da sua escola ou escola do seu filho, da sua cidade, etc) para nos familiarizarmos com o termo e abrirmos essa nova janela de oportunidade. Nesta mesa redonda, vamos debater o universo da fanfic como um território majoritariamente feminino de criação, onde a escrita se produz em rede, pela via do sonho, da ludicidade e do desejo de contar novas histórias. Partindo do debate sobre o que é e o que não é literatura, discutimos as fronteiras entre cânone e escrita Não-canônica, autoria e coletividade, originalidade, legitimação e margem. A fanfic tem sido construída como um espaço afetivo e político de imaginação literária das mulheres, um espaço de experimentação narrativa onde se costuram história, invenção, sonho e desejo, tensionando hierarquias culturais e reivindicando o direito feminino ao faz-de-conta como força criativa, à reescrita como gesto estético e como forma de existir e intervir no mundo. O modelo de corpo feminino asiático que muitas vezes temos acesso, seja por meio de doramas ou mangás, sempre ressalta um corpo delgado, alto, branco, com cabelos minuciosamente organizados e uma pele sem rugas ou manchas. Como se fosse possível “pararmos o tempo”, e nunca envelhecermos, ressaltando um ideal de homogeneidade corpórea entre as mulheres asiáticas, reforçando fetiches e pensamentos de subserviência, como as “gueixas”. Nessa oficina nos propomos a analisar as representações do corpo feminino, e suas várias fases em várias representações artísticas da cultura japonesa, tendo como enfoque a sexualização ou o grotesco como forma de representar o feminino no Japão. Perpassando imagens de ukiyô-e (xilogravuras do século XVII), mangá shônen (mangá para moças) e a literatura produzida por mulheres, da qual selecionaremos alguns trechos de obras modernas e contemporâneas para leitura e debate. A proposta tem como objetivo analisar a construção da figura da mulher maligna e perigosa, a partir da mitologia de Eva, e de que maneira essa representação foi reforçada ao longo da Filosofia Ocidental. Paralelamente, examinaremos o livro O Ano da Graça e suas relações com esse tema. A partir da obra poética da multiartista indígena Arra Hué (Brasil-Uruguay), que escreve em português, espanhol e chaná, a oficina irá propor uma reflexão e experimentos de escrita sobre nossa relação com as línguas e linguagens que fazem parte da nossa história. Tecendo reflexões entre Julia Kristeva, Antonio Bispo dos Santos e Gloria Anzaldúa, vamos pensar juntas maneiras de retomar a língua a signos que nos oprimem de alguma maneira através da escrita e da arte. QUERO ME INSCREVER! INSCRIÇÕES GRATUITAS ATÉ 10/12 CULTURA feminina dentro e fora DAS MARGENS 12-16 Dezembro 2025 II WEBINÁRIO DO CTFOEH