II. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DE INFLUÊNCIA II. 1. ÁREA DE INFLUÊNCIA Delimitação da Área de Influência do Empreendimento A definição dos limites geográficos da área de influência de um determinado projeto é um dos requisitos legais, estabelecidos pela Resolução CONAMA 01/86, para avaliação dos impactos ambientais, constituindo-se em fator determinante para as demais atividades necessárias à elaboração do Estudo Prévio de Impacto Ambiental. Como explica Ab’Sáber (1998), todo projeto tem um destino em relação a um sítio de implantação e a uma região de localização. Sendo indispensável o conhecimento da estrutura, da composição e da dinâmica dos fatos que caracterizam o espaço total da região escolhida. A área de influência deve ser dividida em duas sub-áreas, em função do tipo de influência decorrentes da implantação e da operação do empreendimento. A Área de Influência Direta consiste no território onde as características ambientais, físicas e biológicas, e as relações sociais, econômicas e culturais sofrem impactos de forma primária, em outras palavras, ocorre uma relação direta de causa e efeito, empreendimento e impacto. A Área de Influência Indireta compreende o território onde os impactos ocorrem de forma secundária e, em geral, com menor intensidade. Além destas áreas de influência, este estudo caracteriza a Área Diretamente Afetada (ADA) pelo empreendimento, que caracteriza-se como a área objeto das intervenções realizadas no processo construtivo e que vai ser alterada fisicamente para receber as instalações do Porto das Lajes, incluindo as obras de infra-estruturas necessárias para execução do projeto, estando sujeita a impactos diretos. Área de Influência Direta. Esta área é caracterizada como a zona onde ocorrem intervenções decorrentes da implantação do empreendimento, particularmente impactável durante o processo construtivo, e as áreas do entorno que recebem impactos diretos, durante este processo e depois, na fase de operação. A área de Influência Direta corresponderá a área possível de ser atingida no caso de acidentes durante a fase de implantação e operação do empreendimento. Dessa forma estão dentro da área de influência direta as micro-bacias nas proximidades do empreendimento (o trecho do Rio Amazonas próximo a zona de implantação, o igarapé da Cachoeirinha, Igarapé da Colônia, Lago do Aleixo), os Bairros da 1 Colônia Antônio Aleixo, Puraquequara, e Mauazinho, e o fragmento florestal ali existente. Sendo assim, foi feito um buffer de 3 Km a partir do centro da área destinada ao porto no qual todas as áreas descritas foram contempladas. Área de Influência Indireta Compreenderam a zona onde os impactos positivos e negativos ocorrem de forma indireta, em geral, com menor intensidade. A definição da área foi efetuada levando-se em consideração as características do sistema. Dessa forma foi considerada como área de influência direta a Cidade de Manaus. Área de Diretamente Afetada No caso do empreendimento Porto das Lajes, a ADA considerada é a região que compreende uma área de 596.464,64 m2 (somatório das áreas dos platôs e vias de acesso), resultante do somatório de intervenções que irão ocorrer para implantação do Porto das Lajes. II. 2. MEIO FÍSICO II. 2.1. Porto das Lajes O terreno destinado à construção do Terminal Portuário das Lajes está localizado na Alameda Cosme Ferreira, Km 17, no município de Manaus, com área total de 596.464,64 m2. O terreno tem as seguintes fronteiras: ao norte, com a margem direita do Igarapé da Cachoeirinha; a leste, com terras da Fábrica de Papel Sovel; ao sul, com a margem esquerda do rio Amazonas; e a oeste, com o terreno da Lumazon (Anexo I e Figura 1). 2 Figura 1. Área do empreendimento com a identificação das estruturas existentes. II. 2.2. Localização da área de estudo de detalhe Os levantamentos de dados primários para o presente estudo foram realizados na região do “Encontro das Águas” entre os rios Negro e Solimões. De modo mais específico, a área encontra-se à margem esquerda do Rio Negro, a jusante da cidade de Manaus e em frente à ilha do Careiro, entre as coordenadas -3º 7,8055’S / -59º 53,6932’W e -3º 6,4947’S / -59º 53,6136’W. No sentido de montante para jusante, o estirão levantado em campo com ADCP consiste de aproximadamente 3 km e encontra-se representado pelo retângulo marcado na figura 26, enquanto os levantamentos transversais com ADCP encontram-se marcado com linha pontilhada. Assim, os levantamentos para batimetria com ADCP ficaram restritos à porção do polígono da figura 26 situado à margem esquerda e os levantamentos de perfilagem transversal com ADCP para coleta de dados hidrodinâmicos, especialmente velocidades, foram realizadas em toda a largura do rio, entre a área que inclui o ponto de implantação do terminal portuário e a ilha do Careiro 3 Local previsto para o terminal portuário 3 km Figura 2. Localização da área de detalhe do estudo. O polígono amarelo, linha cheia representa o levantamento de detalhe para fins de batimetria. A linha tracejada representa as seções de montante e jusante realizadas para fins de avaliação das correntes. Fonte: alterado de Google Earth. II. 2.3. Levantamento Batimétrico da Área de Detalhe O Levantamento batimétrico da área de destaque, onde são descritos os aspectos relacionados à morfologia do leito de rio onde se pretende instalar o empreendimento. Inclui os levantamentos de corrente fluvial local e de batimetria em imagem tridimensional. Na primeira etapa definiu-se como modo de abordagem o uso de dados de estudos pretéritos realizados na área, notadamente do Projeto HIBAM (disponíveis em www.ana.gov.br), bem como utilizar dados fornecidos pela contratante (batimetria) além de realizar levantamento de campo visando confirmar as informações secundárias (batimetria) e levantar dados de corrente. Os dados secundários foram utilizados na definição do 4 contexto do estudo enquanto os dados de campo na definição de detalhes na área do empreendimento. Na segunda etapa foi programado um estudo de campo composto por levantamentos de batimetria e de corrente com o uso de tecnologia Doppler (Acoustic Doppler Current Profiler). O referencial altimétrico/fluviométrico adotado no estudo foi o do porto da cidade de Manaus, que possui uma régua linimétrica com dados sendo coletados diariamente desde 1902, aqui considerado com sue referencial arbitrário, ou seja não referenciado ao nível do mar. O levantamento de campo foi realizado nos dias 19 e 20 de 07/2008, quando a cota média do Rio Negro no porto de Manaus situou-se em 27,89cm e 27,84cm, respectivamente (dados SNPH - Superintendência Estadual de Navegação, Portos e Hidrovias). O levantamento ADCP consistiu na realização de navegação com equipamento embarcado e geo-referenciado (GPS Garmin XL12) em perfis espaçados de 100m. Os dados ADCP coletados permitem gerar informações de vazão, velocidade (intensidade, direção e sentido), largura e área da seção e profundidade. Na etapa de processamento e análise de dados, utilizou-se o próprio software de aquisição de dados do ADCP (WinRiver, Version 2.0, RDInstruments, 2007) que tem um módulo de pós-processamento. Adicionalmente, para os estudos batimétricos foi utilizado o software Multi-Dimensional Surface-Water Modeling System1 do US Geological Service (USGS), ou simpelsmente: MD-SWMS, e planilhas eletrônicas de cálculo para efetuar as sínteses dos dados e gerar figuras, gráficos e tabelas, consolidados na quarta etapa em editor eletrônico de textos e editores de imagens para geração de figuras. O levantamento da batimetria tridimensional da área em destaque na figura 2 foi realizado entre os pontos de coordenadas acima indicados. Os dados do Perfilador Acústico Doppler de Corrente (ADCP) foram extraído do software WinRiver e processado no MD- SWMS para os primeiros 1000 metros a partir da margem esquerda coincidindo com a área desejada, ou seja a porção de abrangência do empreendimento. Em síntese, trata-se de um trecho da margem esquerda do rio Negro onde foram realizadas medições ADCP a montante e a jusante do mesmo, em toda a largura do rio, proporcionando uma visualização da situação do Encontro das Águas quanto à distribuição de velocidades e do sinal de retro-espalhamento. Sendo que este último parâmetro é, segundo Filizola (2003) e Filizola & Guyot (2004), indicativo do fluxo da matéria em suspensão nas águas. 1 wwwbrr.cr.usgs.gov/projects/SW_Math_mod/OpModels/MD_SWMS/index.htm 5 Figura 3. Imagem tridimensional da área de detalhe do estudo modelada com o software MD-SWMS, tendo as figuras de montante e jusante como indicativos do sentido do bloco diagrama, bem como a seta azul marcando a direção predominante das correntes. A batimetria geral da área de destaque, apresentada na figura 3, foi obtida por sucessivas perfilagens com ADCP e apresenta um leito com uma elevação à margem esquerda em ângulo com o plano da base da figura em torno dos 45º a 60º. Uma porção mais profunda em sua linha de costa, marcada por uma conexão fluvial. As profundidades na área em questão variam desde o nível dá água, que como dito anteriormente esteve em torno dos 27,8m segundo a indicação do porto de Manaus até próximo dos 70 metros, estando a profundidade média em torno dos 40 metros. Após a inclinação do leito da margem esquerda do rio Negro, o trecho do local do empreendimento apresenta-se praticamente plano, com duas depressões, uma em sua porção SW e outra em sua porção NE, sendo esta última de menores proporções. As imagens obtidas com ADCP, identificadas por 1 e 2, na figura 3, são apenas indicativas, respectivamente, da situação de montante e jusante levantadas, visto no contexto da seção toda, ou seja, incluindo o “Encontro das Águas”. Para o rio Negro a seção 6 de jusante se apresenta mais profunda. No geral é também a jusante a seção transversal mais larga e fica evidente a diferença entre os dois rios, na região do encontro, por conta da diferença de cores nas duas figuras, representando maiores velocidades (mais para o vermelho – o Rio Solimões) e menores velocidades (mais para o azul – o rio Negro). Adicionalmente, os estudos de campo realizados para o presente estudo e resumidos na Tabela 1, gerada a partir da compilação de perfilagens transversais, executadas com ADCP, indicam que as velocidades na área em questão situaram-se entre 1,2 e 1,6 m.s-1. A porção levanta por batimetria, em relação aos perfis de seção completa, encontram-se marcados por traços vermelhos e situa-se à esquerda da figura tridimensional. A porção referente ao empreendimento propriamente dito, diz respeito a menos da metade da porção considerada. Tabela 1. Sumário dos dados levantados a montante e a jusante da área do empreendimento. Posição relativa Q [m3.s-1] Área [m2] Largura [L] Velocidade [m.s-1] Direção do fluxo [°] MONTANTE 157.368 136.831 3.119 1,2 131 JUSANTE 158.463 91.107 2.392 1,6 144 A seção de montante (figura 4), com pouco mais de 2, 2 km e uma profundidade máxima de pouco mais de 70m, mostra que a área onde se localizará o empreendimento ocupa uma porção da seção onde as velocidades se encontram abaixo de 2m.s-1 e está compreendida em uma porção que equivale a menos de um terço da área total da seção transversal. Essa porção é composta essencialmente por água do rio Negro, como fica evidente com a variação do ABS abaixo de 80dB, comum para águas do rio Negro, o que indica também a baixa carga de transporte de sedimentos, segundo Filizola, (2003) e Filizola e Guyot, (2004). 7 Figura 4. Seções de velocidade e de retro-espalhamento do sinal acústico (ABS) do perfil transversal a montante da área do empreendimento. A área do empreendimento encontra- se à esquerda da figura, cujo limite do levantamento de campo para fins de batimetria estabeleceu-se aproximadamente à altura da linha vermelha pontilhada. Analogamente à seção anterior, a seção de jusante (figura 5), com pouco mais de 3 km e uma profundidade máxima de pouco mais de 60 m, mostra que a área onde se localizará o empreendimento ocupa uma porção da seção onde as velocidades se encontram praticamente abaixo de 1m.s-1 e está compreendida em uma porção que equivale a menos de um terço da área total da seção transversal. Essa porção também é composta essencialmente por água do rio Negro, como fica evidente com a variação do ABS abaixo de 8 80dB, comum para águas do rio Negro, o que indica também a baixa carga de transporte de sedimentos, segundo Filizola, (2003) e Filizola e Guyot, (2004). Figura 5. Seções de velocidade e de retro-espalhamento do sinal acústico (ABS) do perfil transversal a jusante da área do empreendimento. A área do empreendimento encontra-se à esquerda da figura, cujo limite do levantamento de campo para fins de batimetria estabeleceu-se aproximadamente à altura da linha vermelha pontilhada. No contexto do ciclo hidrológico para a região, utilizando dados apenas do rio Negro obtidos cerca de 10km a montante do local do empreendimento, oriundo de medições realizadas em quatro períodos distintos do ciclo hidrológico, indicado pela Tabela 2, se pode diagnosticar que as velocidades são geralmente muito baixas. 9 A direção geral das correntes na área em questão de acordo com a Tabela 1 é para SE oscilando em trono de 130º e 145º. De acordo com a Tabela 2, um pouco mais a montante a orientação geral é para NE, em torno de 60º até 67º. A variabilidade ocorre em face da mudança na morfologia e conseqüentemente na orientação do canal. Tabela 2. Resumo de medições realizadas apenas no rio Negro. 3 -1 -1 Rio Local (ME) Data Q [m .s ] V [m.s s] Az[°] A [m²] L [m] 21/7/2006 68.359 0,81 62,43 82.323 2.351 S03°9.105.00” / 29/9/2006 37.718 0,61 67,30 63.164 2.902 Negro W059°55.477.00” 15/2/2007 13.246 0,18 59,00 74.060 2.568 18/5/2007 43.941 0,53 60,00 86.048 2.707 Fonte: Filizola et al. (in prep.) II. 2.4. Caracterização Geológica e Geomorfológica II. 2.4.1 Geologia O estudo abordado neste relatório se caracteriza pela análise dos aspectos geológicos e geomorfológicos para a implantação do empreendimento denominado “Porto das Lajes” na cidade de Manaus. A questão primordial a ser discutida envolve se o substrato rochoso, de natureza sedimentar, e a morfologia do terreno são adequados à instalação do referido empreendimento. Nessa questão fundamental há a necessidade da abordagem e análise das formações litológicas, relevo e também do sistema de drenagem. Devido à natureza abrangente dos aspetos inerentes ao meio físico, tais como a distribuição das unidades litológicas, ocorrência de falhas e fraturas no substrato rochoso e distribuição das unidades do relevo e sistema de drenagem, a caracterização desses aspectos necessariamente envolve uma área muito maior daquela considerada no empreendimento. Assim sendo, as análises geológicas e geomorfológicas compreendem um estudo de áreas adjacentes a obra. No que concerne aos aspectos geológicos regionais, essa região está inserida no âmbito da Bacia Paleozóica do Amazonas. Particularmente, a cidade de Manaus está posicionada sobre rochas, de idade Cretácea, da Alter do Chão, as quais, por vezes, são aflorantes. Noutras situações são observados os horizontes de solo e/ou coberturas coluvionares provenientes de deslizamentos de encostas. 10 A morfologia da cidade de Manaus é peculiar, a qual está margeada tanto a leste quanto a oeste pelos mais importantes rios da região que configuram à cidade uma geometria retangular. O relevo da área, não é plano como antigamente se pensava, mas bastante colinoso e com margens escarpadas sob a forma de falésias fluviais. Os platôs, situados a cerca de 100 metros, são superfícies antigas residuais bastante dissecadas, onde o sistema de drenagem é bem estruturado e seguem zonas de fraturas e falhas geológicas. O citado empreendimento se situa nesse quadro do meio físico diversificado. As características de uma obra dessa natureza certamente têm impacto nessa dinâmica. Os processos geológicos existentes (zonas de falhas e rochas friáveis) devem ser considerados para a análise dos impactos e, adicionalmente, os mecanismos naturais de erosão são acelerados pela ação antrópica. Materiais e Métodos de Estudo Para a análise pretendida neste relatório, concernente à caracterização geológica e geomorfológica do Porto das Lajes na cidade de Manaus, utilizou-se os seguintes materiais: a) Carta topográfica folha Manaus-E (SA.21-Y-C-I), na escala 1:100.000, da 4a Divisão de Levantamentos (DL) do Ministério do Exército/Departamento de Engenharia e Comunicações (Região Norte), com curvas de nível de 20 em 20 metros; b) Base cartográfica digital da cidade de Manaus desenvolvida pelo IMPLAM na escala 1:10.000; c) Imagem 231/62 do satélite Landsat ETM+; d) Modelos Shutter Radar Topographic Mission (SRTM) da NASA, sendo os modelos S04W60 e S04W61, obtidos pelo site da NASA (http://www.jpl.nasa.gov/srtm/index.html); e) Mapa geológico de Bizzi et al. (2001), escala 1:2.500.000, formato digital; f) Mapa geológico e estrutural de Silva (2005); g) Mapa geomorfológico do Projeto Radambrasil (Folha Santarém SA.22); h) Mapa geomorfológico Digital do IBGE (2006); i) Base cartográfica digital do IBGE (2000); O mapa geológico produzido foi confeccionado a partir da integração dos mapas geológicos existentes no Projeto Radambrasil, Mapa geológico do Brasil (Bizzi et al. 2001) e mapa geológico estrutural de Silva (2005). A análise em imagem de satélite permitiu a individualização de unidades e ou corpos rochosos diferenciados, os quais foram 11 complementares ao mapa compilado. Os lineamentos estruturais obtidos correspondem ao levantamento geológico mais recente para a região, segundo Silva (2005). A base cartográfica da folha topográfica citada acima, compreendendo a drenagem e as curvas de nível, foi digitalizada em ambiente CAD e serviu para a elaboração de diversos mapas temáticos, tais como: drenagem, curvas de nível, bacias hidrográficas, estradas, etc. Após a vetorização, os dados foram convertidos em formato Shapefile para integração em ambiente de Sistema de Informação Georreferenciada (SIG). Adicionalmente, foram extraídas as curvas de nível do modelo SRTM, com detalhamento da topografia para cada 10 metros. Estes dados foram adicionados ao mapa de curvas de nível. O estudo da compartimentação do relevo teve como fonte de informação os mapas geomorfológicos desenvolvidos pelo Projeto Radambrasil (1976, 1977 e 1978) e IBGE (Mapa Geomorfológico do Brasil 2006), cujas interpretações e análises foram compiladas principalmente das observações de Silva (2005). Os modelos SRTM foram úteis para a caracterização das formas do relevo (formas e processos) e do sistema de drenagem (tipos e padrões anômalos). A visualização 3D foi muito usual para identificação de superfícies geomorfológicas e análise do processo erosivo. Visitas ao local onde será instalado o empreendimento foram realizadas com o intuito de caracterizar as unidades litológicas existentes, mapeamento de falhas e fraturas, análise da morfologia local e registro fotográfico, conforme mapa de pontos visitados na Figura 6. 12 Figura 6. Localização dos pontos visitados pela equipe de Geologia e Geomorfologia (Meio Físico). 13 Contexto Geológico Regional: A Bacia do Amazonas A região de estudo está inserida no contexto da Bacia Sedimentar do Amazonas, de idade Paleozóica, cuja uma estrutura é definida como intracratônica com direção WSW-ENE e ocupa cerca de 500.000 km2 de extensão (Neves 1990). A Bacia do Amazonas tem como limites os arcos de Purus (direção N-S) e Gurupá (direção NNW-SSE), respectivamente a oeste e leste da área, que a individualiza das bacias do Solimões e do Marajó, conforme Milani e Zalán (1999) (Figura 7). Nela estão inseridas seqüências sedimentares continentais, marinhas, marinhas rasas e fluviais, e rochas intrusivas, sendo que seu ciclo de sedimentação encerrou-se no Cenozóico (Figura 8). Figura 7. Localização da cidade de Manaus no contexto da Bacia do Amazonas, modificado de Almeida et al. (1977). A estratigrafia da Bacia do Amazonas foi agrupada em quatro seqüências deposicionais: três superseqüências paleozóicas, cortadas por rochas intrusivas (soleiras e diques de diabásio) do Mesozóico, cobertas por uma seqüência clástica continental do Cretáceo ao Recente (Milani e Zalán 1999) (Figura 8). A Seqüência Ordoviciano-Devoniana compreende sedimentos clásticos marinhos do Grupo Trombetas, truncados pela discordância oriunda da Orogenia Caledoniana. A Seqüência Devoniano-Carbonífera envolve sedimentos flúvio-deltaicos e neríticos dos grupos Urupadi e Curuá, separados pela discordância da Orogenia Eoherciniana. A Seqüência Permo-Carbonífera consiste em carbonatos e evaporitos continentais e marinhos restritos do Grupo Tapajós, individualizados pela Orogenia Gonduanide e pelo 14 Diastrofismo Juruá, e, por fim, a Seqüência Cretáceo-Terciária na porção ocidental da Amazônia, constituída por sedimentos neocretáceos e miocênicos das formações Alter do Chão e Solimões, respectivamente. Estas duas unidades atestam os processos de separação do Gonduana e conseqüente abertura do Oceano Atlântico e os esforços que resultaram a formação da Orogenia Andina. Dessas quatro seqüências deposicionais apenas a Seqüência Cretáceo – Terciário está representada na área de estudo, compreendendo a Formação Alter do Chão. Adicionalmente, afloram ainda depósitos coluvionares e aluvionares quaternários que se posicionam no topo do relevo ou nos vales de drenagens. Geologia da cidade de Manaus A cidade de Manaus está assentada sobre rochas sedimentares intemperizadas, de idade cretácea, da Formação Alter do Chão. Esta unidade sedimentar, unidade basal do Grupo Javari, representa a sedimentação flúvio-lacustre da Bacia Sedimentar do Amazonas (Caputo et al. 1972, Caputo 1984 e Cunha et al. 1994) (Figura 9). A Formação Alter do Chão se distribuiu em uma vasta região na Bacia do Amazonas, e é composta por arenitos avermelhados silicificados com granulação fina a média, intercalados com níveis argilosos e cauliníticos e arenitos inconsolidados. Essas rochas apresentam estruturas sedimentares, tais como, estratificações tabulares, cruzadas e plano- paralelas e, como conteúdo fossilífero, fragmentos vegetais e indícios de manifestação biológica. O ambiente de deposição dessa unidade sedimentar, conforme Caputo et al. (1972) e Cunha et al. (1994), corresponde a um ambiente flúvio-lacustre. 15 Figura 8. Coluna estratigráfica da Bacia do Amazonas, segundo Cunha et al. (1994). 16 A faciologia mais conhecida da Formação Alter do Chão é composta por corpos areníticos, chamados localmente de “Arenito Manaus”, que ocorrem em subsuperfície como parte da Formação Alter do Chão. Esse material, muito utilizado na construção civil, encontra-se geralmente ao longo de vales nos igarapés como, por exemplo, na Praia da Ponta Negra e na Cachoeira do Tarumã-Açu, dentre outros locais. Sobrepostos a esse pacote rochoso geralmente são encontrados camadas estratificadas avermelhadas (ferruginosas) sobrepostas por um nível caulinítico esbranquiçado. Ambos os níveis mostram-se inconsolidados na parte superior da formação geológica, acima do “Arenito Manaus”. Estas camadas cauliníticas e esbranquiçadas são facilmente observadas nos barrancos observados em toda a cidade de Manaus. A espessura dessa formação chega atingir cerca de 400 metros, mas em Manaus esta parece alcançar apenas 200 m em profundidade. O solo desenvolvido sobre a Formação Alter do Chão compreende o tipo latossólico, com cerca de 8 m a 10 m de espessura. Esse material é composto, mormente, por sedimentos argilo-arenoso amarelado. O horizonte laterítico desenvolvido que se desenvolve nesse horizonte está constituído por seis níveis correspondendo, da base para o topo, em: Horizonte Transicional, Horizonte Argiloso, Crosta Ferruginosa, Nível Esferolítico, Linha de Pedras e o Solo Argilo-arenoso Amarelo. O horizonte transicional é aquele situado em contato direto com a rocha-mãe e possui coloração pálida quando comparada com a original. Já o horizonte argiloso, posicionado acima do horizonte transicional, é mais espesso, limitado acima pelo nível ferruginoso (crosta ferruginosa). Esse nível argiloso é caracterizado por uma zona mosqueada (manchada) denominada de plintita (nível argiloso com argilas manchadas). O horizonte dito ferruginoso, situado logo acima desse nível mosqueado, compreende nódulos de concreções ferruginosas avermelhadas e endurecidos (petroplintito), denominado de crosta laterítica. Acima da crosta ferruginosa endurecida, por vezes, é encontrado um nível de cascalho e fragmentos de crosta laterítica denominado de nível pisolítico que possui poucos centímetros de espessura de fragmentos. Por vezes, uma “linha de pedra”, constituída de fragmentos de crosta laterítica retrabalhada, ocorre sobre o nível da crosta endurecida ou acima do pacote pisolítico. Acima da linha de pedra, o solo composto por um material argilo-arenoso amarelado homogêneo e sem estruturação é o nível mais observado. O nível da material orgânico para desenvolvimento da vegetação, pouco espesso, completa o perfil de solo na região. 17 Ao longo dos rios e igarapés da região é comum a ocorrência de depósitos aluvionares situados nos vales de drenagens. Tais depósitos estão constituídos basicamente por sedimentos arenosos e argilosos, pouco espessos, cinza a marrom, caracterizados por um nível abundante em matéria orgânica. As ilhas situadas nos rios Amazonas e Negro, nessa região, derivam da deposição e sedimentação nos períodos de cheia dos rios e são formadas exclusivamente por sedimentos argilosos dispostos em camadas tabulares. 18 Figura 9. Mapa geológico da cidade de Manaus com a distribuição ampla da Formação Alter do Chão e os depósitos aluvionares situados ao longo dos igarapés 19 Ocorrência de falhas geológicas em Manaus Inúmeras falhas geológicas são reconhecidas na cidade de Manaus, as quais têm sido descritas por diversos pesquisadores, tais como: Igreja & Franzinelli (1990), Silva et al. (1994), Fernandes Filho et al. (1997) e, mais recentemente, por Silva et al. (2003), Silva (2005) e Silva et al. (2007). Segundo Silva (2005), as principais falhas geológicas que ocorrem em Manaus são observadas na Ponta Negra, Avenida do Turismo, Dom Pedro, região da Cidade Nova, Cachoeirinha, Praça 14, Grande Circular, Distrito Industrial, Colônia Oliveira Machado e Mauzinho, dentre outros locais. Estas falhas correspondem a importantes lineamentos tectônicos que exercem um controle efetivo no sistema de relevo e na drenagem dessa cidade. O padrão estrutural desse conjunto de falhas obedece às direções NW-SE, NE-SW, N-S e E-W, cuja principal estrutural se relaciona a Falha do rio Negro, com direção N30W e a falha da margem leste da cidade (Falha Manaus) com orientação próxima a E-W (conforme Figura 10). Conforme Silva (2005), os igarapés Educandos e a Bacia São Raimundo – Mindu são controlados por falhas orientadas segundo NE-SW, enquanto seus tributários seguem zonas de fraturas orientadas NW-SE. No entanto, rios como os igarapés Puraquequara, na borda leste da cidade, e o Tarumã-Açu, estão condicionados à falha N-S. Os rios e igarapés da região de Manaus e adjacências estão todos condicionados em falhas geológicas recentes (Silva 2005). A maioria dessas falhas compreende um sistema de falhamento normal que afeta a Formação Alter do Chão em sistema lístrico e/ou planar. A geometria dos blocos abatidos descreve um conjunto de hortes e grábens alternado, onde a sua distribuição e localização coincidem com a morfologia do terreno atual. O fato de essas falhas deslocarem camadas arenosas e argilosas da Formação Alter do Chão, a crosta laterítica, inclusive, o horizonte de solo demonstra que essas estruturas são quaternárias. Certamente, essa estruturação tem relação estreita relação com o sistema de relevo e drenagem da cidade de Manaus, inclusive denotado pelo controle das margens na cidade. 20 Figura 10. Mapa das principais zonas de falhas na cidade de Manaus, as quais condicionam as margens dos rios Negro e Amazonas e os principais igarapés nesse local. 21 Distribuição e caracterização das unidades geológicas na área de implantação do Porto das Lajes (Manaus) Formação Alter do Chão, horizontes de solo e falhas geológicas O empreendimento denominado de “Porto das Lajes” será assentado sobre o latossolo da Formação Alter do Chão. Na área em estudo observa-se que este solo é argilo-arenoso amarelado situado no topo do relevo. A espessura desse material é da ordem de 5 metros. Nesse pacote de solo ocorre um horizonte laterítico formado por uma crosta laterítica ferruginosa desagregada, como pode ser observada na Figura 11A. As camadas da Formação Alter do Chão se situam abaixo desse material. A distribuição dessas camadas pode ser encontrada nas encostas dos vales e nas margens do Rio Amazonas, onde ocorrem as melhores exposições desses sedimentos, conforme está representado na Figura 11B. Nesse local, os níveis arenosos cauliníticos estão situados na parte superior, enquanto que abaixo dessa camada ocorre o nível ferruginoso. Nesse local, na época da maior vazante são encontrados níveis argilosos avermelhados e camadas de arenito silicificado ”Arenito Manaus” que constituem provavelmente o substrato desse rio. Na estrada de acesso ao empreendimento, as camadas arenosas da Formação Alter do Chão são notadas no corte da estrada. Esta unidade litológica mostra a mesma disposição das camadas observadas na margem esquerda do Rio Amazonas. As fotografias dessa exposição, observada na Figura 11C e D, mostram níveis arenosos e argilosos de composição caulinítica, bastante friável. Quando esse material é exposto, por meio da ação antrópica, no caso pelo corte da estrada e desmatamento, o material inconsolidado e alterado é facilmente carreado pelas águas pluviais. A sustentação do equilíbrio erosivo da área é dada pela cobertura latossólica e do horizonte laterítico no topo do perfil. 22 Figura 11. Distribuição das unidades litológicas na área do empreendimento. A – Perfil latossólico argilo-arenoso amarelo, situado acima da Fm. Alter do Chão. B – Exposição em corte de estrada do nível caulinítico da Fm. Alter do Chão, mostrando estratos tabulares arenosos e argiolos. C – Margem direita do rio Amazonas na área do Porto das Lajes que mostra a distribuição vertical dos níveis caulinítico (acima) e ferruginoso (avermelhado) na base. E – Depósito de colúvio na margem do rio Amazonas. F – Detalhe do nível basal composto por fragmentos de laterita retabalhado e grãos de quartzo. Material proveniente de deslizamento em encosta. 23 Isso permite a caracterização da área em dois aspectos importantes: Primeiro, a remoção de camadas ou horizontes de solo e conseqüente exposição do material friável da Formação Alter do Chão leva a um quadro de ativação da erosão e assoreamento dos canais adjacentes; Segundo, a manutenção de parte do solo argilo-arenoso amarelado é mais compacta e poucos processos erosivos são desencadeados com a preservação desse horizonte. Os processos erosivos são bem marcantes na área de estudo. Silva (2005) afirma que a região encontra-se em franco processo de erosão. Próximo a margem do Rio Amazonas é encontrado um pacote coluvionar que está caracterizado pelo fluxo ou deslizamento de camadas na encosta (Figura 11E e F). Nesse perfil, um nível basal está constituído por uma camada pouco espessa de fragmentos de crosta laterítica e grãos de quartzo retrabalhados. Acima desse nível, o material argilo-arenoso avermelhado possui matriz arenosa e fragmentos de quartzo dispersos, os quais diminuem a granulação para o topo. Níveis de matéria orgânica e fragmentos de carvão detrítico ocorrem no topo perfil. Depósitos aluvionares Os sedimentos aluvionares que ocorrem nessa área correspondem a depósitos localizados no rio Amazonas e, de modo restrito, nos igarapés da área de estudo (Figura 12). Os primeiros são camadas argilosas cinzas que estão distribuídas nas ilhas que se situam em frente ao empreendimento. No vales dos igarapés que cortam a área de estudo, o material encontrado são sedimentos argilosos e arenosos acamadados, com níveis escuros, provenientes da decomposição de matéria orgânica, que se situam próximo a superfície. Falhas geológicas As falhas foram mapeadas na área de estudo, mas também nas adjacências do empreendimento. Os principais locais dessa análise compreenderam a Zona de Falha do Porto Estaman (Mineração Itautinga) e nas circunvizinhanças do Porto Abrahão, a Falha na Colônia Oliveira Machado e a situada na Margem do Rio Amazonas. 24 Figura 12. Depósitos aluvionares e sua distribuição na área de estudo. A – Depósitos de sedimentos recentes situados em ilhas em frente ao Porto das Lajes. B – Sedimentação restrita e localizada nos igarapés que cortam a área de interesse. C e D – Ilhas fluviais que registram sedimentação argilosa e desenvolvem vegetação no período de maior vazante do rio. 25 O perfil que se observa no porto de cimento da empresa Estamam/Itautinga está composto por uma camada estratificada na base, sotoposto por um nível caulinítico esbranquiçado e, no topo, são encontrados a linha de pedras e a cobertura latossólica argilo-arenosa amarelada (Figura 13). Nesse pacote ocorre uma série de falhas com atitudes N50E/80SE e N45E/30NW com rejeito de poucos metros. Feições anastomosadas e sigmoidais são notadas ao longo dos planos de falha (Figura 13A, B e C). Outro conjunto de falhas observado compreende falhas normais com atitude N30W/60NE, que também indicam movimentação de blocos normal e formam um conjunto expressivo e mais novo de falhas NE-SW (Figura 13D, E e F). Próximo a esse ponto, no porto do Sr. Abraão, os pacotes cauliníticos da Formação Alter do Chão apresentam um conjunto composto de inúmeras falhas normais NE-SW, com arranjo planar e mergulham para sudeste e noroeste (Figura 14A). A geometria das falhas mostra um arranjo de abatimento normal e configura a morfologia de horste e grábens, porém a maioria das falhas mergulha para sudeste (Figura 14B). No topo do corte oposto dessa estrada é mostrada uma falha N-S, que desloca o arranjo de falhas NE-SW com abatimento do bloco. As falhas normais que cortam a camada caulinítica Alter do Chão possuem atitudes N55E/60SE, N32E/26NW, N34E/39NW, N05E/75NW e N28E/74NW. Na área do Distrito Industrial um conjunto de falhas normais mostra orientação preferencial N50W/60SW com suave basculamento dos blocos para nordeste, conforme pode ser notado na Figura 15. Essas falhas deslocam as camadas cauliníticas da Formação Alter do Chão e o horizonte de solo. Próximo ao Aeroporto de Ponta Pelada (Bairro da Colônia Oliveira Machado), em um corte com mais de 20 m de altura, são notados sedimentos da Formação Alter do Chão sobrepostos pela cobertura argilo-arenosa amarelada e concreções lateríticas (Figura 16A). Nesse corte se observa falhas N35W/34SW com rejeito de poucos metros, que colocam lado a lado o nível avermelhado e o caulinítico dessa formação e deslocam a concreção laterítica no topo. Duas outras falhas com movimentação normal são paralelas à falha principal. As estrias de atrito observadas no plano dessas falhas indicam movimentação na direção do mergulho (down dip) e cinemática normal. Na outra seção desse perfil (N-S), a falha principal possui direção quase E-W (N75W/42SW), mostra abatimento normal com alguns metros de rejeito e também deslocam a unidade do Cretáceo e o horizonte laterítico (Figura 16B). Na zona de falha são observadas feições de anastomosada típicas de dúplex extensional decorrente do 26 abatimento dos blocos por falha normal. As dobras de arrastos desenvolvidas nas camadas indicam a movimentação normal dos blocos, conforme Figura 16. Na área do empreendimento, na margem do rio Amazonas, foi mapeado uma falha normal com direção NE-SW, a qual promoveu o deslocamento das camadas cauliníticas e avermelhadas (Figura 17). Essa falha desloca as camadas superiores colocando-a lado a lado com a camada inferior (avermelhada), Figura 17A. No detalhe, observa-se que essa ruptura de blocos promove a deformação dos estratos sedimentares (Figura 17B). A outra falha observada nessa mesma colina (Figura 17C) tem direção aproximadamente igual, mas com mergulho para o sentido oposto (Figura 17D). Tal situação permite considerar que essas falhas produzem uma geometria em horste e gráben, cuja configuração estrutural tem correlação direta com a morfologia do relevo. Ou seja, o relevo, formado por colinas em margem escarpada (falésia), tem forma originada por atuação de falhas quaternárias. Desse modo, essa área se caracteriza por um conjunto de falhas normais que cortam as camadas da Formação Alter do Chão e o perfil de solo. Essa estruturação promove o desnivelamento de blocos rochosos, causam modificação na evolução dos horizontes de solos e expõem as camadas friáveis da Formação Alter do Chão aos processos erosivos marcantes. 27 Figura 13. Deformação na zona de falha N-S no topo da seção (A) que mostra grãos arranjo anastomosado no topo da falha (B), planos estriados (C) e falhas normais subsidiárias (E). Em (F), observa-se o traço da falha ao longo do corte no perfil Estaman/Itauinga. 28 Figura 14. Porto do Sr. Abraão, zona leste da cidade de Manaus, contíguo ao porto da empresa Estaman/Itautinga (A). Neste perfil é observado o arranjo de falhas normais NE-SW que mergulham preferencialmente para sudeste e noroeste (A). Em (B) falha N-S que corta as 29 falhas NE-SW mostrando abatimento normal para oeste (lado oposto da estrada). Detalhe da zona de falha normal com estria (fotos 1 a 4). Estereogramas das projeções das falhas (C) e fraturas (D) no porto do Sr. Abraão. 30 Figura 15. Afloramento na estrada da Siderúrgica Magalhães, região de Puraquequara, que apresenta falhas normais com atitude principal N50W/60SE (A). Em (B) arranjo das falhas normais na camada caulinítica da Formação Alter do Chão. 31
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