Boletim Paroquial Folha (In)Formativa Ano 2023|Nº38|02 a 08 de outubro de 2023 ANO PASTORAL 2022+23 ONDE HÁ AMOR, AÍ HABITA DEUS «Colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.» Lucas 10, 34 XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM A «Arrependeu-se e foi. Os publicanos e as mulheres de má vida irão adiante de vós para o reino de Deus.» Mt 21, 28-32 A liturgia do 26º Domingo do Tempo Comum diz-nos que Deus chama todos os homens e mulheres a empenhar-se na construção desse mundo novo de justiça e de paz que Deus sonhou e que quer propor a todos os homens. Diante da proposta de Deus, nós podemos assumir duas atitudes: ou dizer “sim” a Deus e colaborar com Ele, ou escolher caminhos de egoísmo, de comodismo, de isolamento e demitirmo-nos do compromisso que Deus nos pede. Na primeira leitura (Ez 18, 25-28) , o profeta Ezequiel convida os israelitas exilados na Babilónia a comprometerem-se de forma séria e consequente com Deus, sem rodeios, sem evasivas, sem subterfúgios. A segunda leitura (Fl 2, 1-11) apresenta aos cristãos de Filipos (e aos cristãos de todos os tempos e lugares) o exemplo de Cristo: apesar de ser Filho de Deus, Cristo não afirmou com arrogância e orgulho a sua condição divina, mas assumiu a realidade da fragilidade humana, fazendo-se servidor dos homens para nos ensinar a suprema lição do amor, do serviço, da entrega total da vida por amor. O Evangelho (Mt 21, 28-32) diz que o “sim” que Deus nos pede não é uma declaração teórica de boas intenções, sem implicações práticas; mas é um compromisso firme, coerente, sério e exigente com o Reino, com os seus valores, com o seguimento de Jesus Cristo. Intenções das Eucaristias 2 > Quinta-feira [5]: Não há Eucaristia > Sábado [7] às 17h00: Eucaristia António Carneiro Antunes | 30ºdia; Manuel de Sousa, esposa e filha; Em Ação de Graças pelas Famílias Costa e Carvalho; D. António Lino da Silva Dinis e pais; Manuel da Silva e Sá e família; Rita da Silva Leite | Irmã; António Diniz Seara e família; Teresa Rodrigues (P.); Manuel Ferreira Duarte e esposa; Avelino Coelho Alvim Barroso (P.) | Pessoa amiga; > XXVII Domingo [8] do Tempo Comum | A ... 09h00: Eucaristia Casimiro de Almeida e família; Ana Paula Azevedo Costa | Marido e filho; NOTÍCIAS DA CATEQUESE Catecismo e Seguro – Solicitamos aos pais das crianças, adolescentes e jovens da Catequese Paroquial a entrega de 10,00• para Catecismo, Seguro e material de apoio às sessões da Catequese Paroquial dos filhos. Colabore! FESTAS EM HONRA DE SANTA ANA Contas – A Comissão de Festas de Santa Ana, vem por este meio apresentar as contas da Festa de Santa Ana de 2023. Apresentamos: Receitas – 22,502.43• Despesas – 21,586.91• Saldo – 915.52• CARTÓRIO PAROQUIAL Em São Mateus - Quinta-feira, dia 5, não há cartório; Em Riba de Ave - Sábado, dia 7, das 10h00 às 12h00; Agenda da Semana 3 MARCAÇÃO DE CASAMENTOS PARA O ANO 2024 Informamos todos os noivos que têm programado o seu casamento católico para o ano 2024, que devem fazer a sua marcação no Cartório Paroquial a partir do dia 1 de outubro. COMISSÃO DE FESTAS DA SENHORA DA CONCEIÇÃO Venda de Bolos – A Comissão de Festas da Senhora da Conceição informa que até à festa irá vender bolos. VIGÍLIA DE ORAÇÃO PELO SÍNODO No próximo sábado, 30 de setembro, realiza-se na Praça de São Pedro, no Vaticano, uma vigília ecuménica de oração pelo Sínodo sobre a Sinodalidade, que se inicia no dia 4 de outubro, depois de um caminho de três anos nas dioceses dos cinco continentes. A iniciativa integra-se no evento “Together – Encontro do Povo de Deus”, presidido pelo Papa Francisco, e que conta com a presença de líderes das Igrejas Ortodoxa, Protestante e Evangélica, além de alguns delegados fraternos e membros da Assembleia Geral do Sínodo. PORTUGAL TEM NOVO CARDEAL O Papa Francisco preside, no dia 30 de setembro, em Roma, a um consistório para a criação de 21 cardeais, incluindo D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, recentemente nomeado bispo de Setúbal. Portugal passa a ter seis representantes no colégio cardinalício. Para além de D. Américo Aguiar; integram aquele órgão da Santa Sé D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, D. António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima, D. José Tolentino Mendonça, arquivista e bibliotecário da Santa Sé, todos criados pelo Papa Francisco e eleitores num eventual conclave; D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor emérito; e D. José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, ambos com mais de 80 anos. O Colégio Cardinalício tinha, até agora, 222 membros (121 eleitores e 101 com mais de 80 anos). A partir do dia 30 de setembro, conta com representantes de 90 países, dos cinco continentes; 69 nações estão representadas entre os eleitores num eventual Conclave. O grupo dos 137 cardeais com menos de 80 anos vai ficar concentrado (46%) em nove países: Itália (15), EUA (11), Espanha (8), França (7), Brasil (6), Índia (5), Portugal (4), Polónia (4) e Argentina (4). A história dos cardeais começa por estar ligada ao clero de Roma, mas chega hoje cada vez mais longe. Em 2013, os cardeais eleitores da Europa representavam 56% do total. Desde então, o Papa Francisco tem vindo a alargar as fronteiras das suas escolhas, com uma mudança mais visível no peso específico de África, Ásia e Oceânia. Segundo o Santo Padre, a proveniência dos novos cardeais “exprime a universalidade da Igreja, que continua a anunciar o amor misericordioso de Deus a todos os homens da terra”. Estas nomeações manifestam a “ligação inquebrável entre a sede de Pedro”, ou seja, a Diocese de Roma, e as “Igrejas particulares espalhadas pelo mundo”. ÚLTIMA ... Onde há amor, aí habita Deus A adesão a Jesus Cristo faz-se com ações, mais do que com palavras. Porque pode haver uma contradição entre o dizer e o fazer, torna-se necessário afirmar a nossa fé com a prática de boas obras. Assim confirmamos a vontade do Pai. “Depois arrependeu-se e foi” A parábola é um teste para a nossa fé. Está pontuada por duas perguntas: «Que vos parece? [...]. Qual dos dois fez a vontade ao pai?». A história é simples e a sentença é clara, ainda que escandalosa e irritante para os ouvintes. Dois filhos respondem e reagem de maneira diferente ao pedido do pai. O comportamento de cada um mostra que as ações são mais decisivas do que as palavras e as promessas que proferimos pela nossa boca. O profeta Ezequiel tinha-o dito, ao lembrar a condenação do justo que se afasta do bem e pratica o mal, em contraste com a salvação do pecador que se afasta do mal e pratica o bem. Quem reduz a fé a declarações de doutrina é avisado de que Deus não se deixa enganar pelas aparências. Em qual dos dois nos reconhecemos? Que filho queremos ser? A verdade é que, em nós, habitam os dois filhos, o justo e o pecador. Não somos impecáveis. As nossas falsas obediências e as nossas dúvidas iniciais sobre fazer ou não a vontade do Pai denunciam os altos e baixos da nossa vida, demonstram um coração dividido, que diz uma coisa e depois se contradiz. É um alerta para cuidarmos da nossa vida, no modo como agimos, no compromisso que colocamos na vivência do Evangelho. Sobre o primeiro filho, é dito que «depois arrependeu-se e foi». Não há dúvida de que a incoerência do primeiro é mais valiosa do que a incoerência do segundo filho: quando o sim se transforma em não, fecha-se uma porta; quando o não se transforma em sim, há um novo caminho que conduz a Deus. Arrependimento A conclusão que Jesus Cristo acrescenta, após a parábola, confirma o arrependimento como elemento essencial, na relação connosco, com Deus e com os outros. Nesta ‘série’, começamos pela eficácia dos pensamentos positivos, facilitadores do diálogo, mesmo com pessoas difíceis. Lembramos a força do perdão, em detrimento do rancor ou da vingança, bem como a coragem de ter em conta a perspetiva do outro. Quando se trata de pedir perdão, é o arrependimento que abre o coração à possibilidade de reatar as relações. O arrependimento é também um instrumento para purificar o olhar, como vimos no episódio anterior, de modo a vencer o ciúme e a inveja. «Se estiver errado, admita-o rápida e enfaticamente», proclama Dale Carnegie, num dos princípios para resolver conflitos e fazer amigos. «Quando estamos errados – e isso acontecerá frequentemente para nossa surpresa, como reconheceremos se formos honestos com nós mesmos – admitamos os nossos erros rapidamente e com entusiasmo». O arrependimento é próprio dos corajosos. Reconhecer o erro é sinal de maturidade. Arrepender-se e reconhecer o erro, queiramos ou não, faz-nos mais felizes, produz resultados surpreendentes e divertidos, na configuração da nossa identidade e nas relações interpessoais.