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A segunda parte, aparece mais voltada para o ambiente e denota preocupa- ções mais geo-ecológicas, correspondendo aos capítulos quarto, dedicado à hidroclimatologia, principal causa da morfogénese e da evolução recente e atual das vertentes, e quinto, que versa sobre a intervenção antrópica e as alterações dos ecossistemas. Esta segunda parte, centra-se no papel desempenhado pelo ser humano, en- quanto principal responsável pela evolução das vertentes ao longo do último milénio, ressaltando-se a construção dos campos agrícolas, e nela se apontam algumas consequências do êxodo rural para a economia de subsistência, ali- cerçada na complementaridade agro-silvo-pastoril que, até então, constituía a base de sobrevivência das comunidades serranas. Aborda, ainda, os incêndios florestais, salientando a sua contribuição para a aceleração da evolução atual das vertentes, mas cujas consequências não se confinam apenas aos aspectos geomorfológicos, pois interferem também do ponto de vista geo-ecológico, contribuindo para intensificar, ainda mais, a rápida mutação a que os espaços serranos estão a ser sujeitos. Ge grafias edição Imprensa da Universidade de Coimbra Email: imprensa@uc.pt URL: http//www.uc.pt/imprensa_uc Vendas online: http://livrariadaimprensa.uc.pt e strutura editorial Luciano Lourenço João Luís Fernandes Adélia Nunes Fátima Velez de Castro coordenação editorial Imprensa da Universidade de Coimbra c onceção gráfica Imprensa da Universidade de Coimbra i magem da c apa Aldeia de Foz d'Égua (Arganil) i nfografia da c apa Mickael Silva p ré ‑ impressão Bookpaper e xecução gráfica Impressões Improváveis, Lda. isBn 978-989-26-1321-5 isBn d igital 978-989-26-1322-2 doi https://doi.org/10.14195/978-989-26-1322-2 d epósito legal 442688/18 © junho 2018, i mprensa da u niversidade de c oimBra As serras de xisto do centro de Portugal : contribuição para o seu conhecimento geomorfológico e geo-ecológico / coord. Luciano Lourenço I - LOURENÇO, Luciano, 1951- ISBN 978-989-26-1321-5 (ed. impressa) ISBN 978-989-26-1322-2 (ed. eletrónica) CDU 551 SERRAS DE XISTO DA CORDILHEIRA CENTRAL LUCIANO LOURENÇO IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA COIMBRA UNIVERSITY PRESS (Página deixada propositadamente em branco) Dissertação de Doutoramento em Geografia Física apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra em Julho de 1996 e defendida a 23 de Janeiro de 1997, tendo sido aprovada com distinção e louvor por unanimidade. (Página deixada propositadamente em branco) À memória de meus Pais, sempre presente durante a realização deste estudo, o qual, em vida, tanto in- centivaram. A eles, como bons paradigmas dos beirões-serranos, que na sua terra labutaram tenazmente por uma vida melhor e que, na procura dos ne- cessários proventos, calcorrearam vezes sem conta os carreiros das serras, que tão bem conheciam. Aliás, o seu esforço, caraterístico dos beirões serranos de rija têmpera, tantas vezes acompanhado de suor e, por vezes, até de lágrimas, só podia ser interrompido pela morte, prematura, que os impediu de poderem continuar a dar o seu valioso contributo para o engrandecimento da serra que tanto amaram. (Página deixada propositadamente em branco) À Graça e ao João Nuno, a quem foram retiradas muitas horas de convívio familiar e que, apesar disso, se fizeram amigos da serra, tornando-se assim legítimos representantes de todos aqueles que, por afinidade ou não, prezam as Serras de Xisto. (Página deixada propositadamente em branco) Aos Serranos, que, através de gerações sucessivas, foram moldando a paisagem, subtraindo aos fraguedos as magras leiras que lhes serviram de sustento. “No tempo das trovoadas [e não só!], a água empurra a terra de cultivo pelas encostas em ladeira, e lá têm os serranos de refazer o campo, suando, vertente acima, sob o peso das cestadas. Moirejam como formigas, tenazes, contrariando os elementos, a moldar a montanha com as mãos calosas, duras como raízes, certos de que a próxima borrasca de novo lhes roubará as jeiras. E tudo fazem obscura e simplesmente, constantes como forças naturais”. (Mário Braga, 1955, p. 58) (Página deixada propositadamente em branco) s u m á r i o Resumos .............................................................................................................. 15 Prefácio ................................................................................................................ 23 Nota prévia .......................................................................................................... 27 Agradecimento ..................................................................................................... 31 Preâmbulo............................................................................................................ 37 Introdução ........................................................................................................... 41 Capítulo 1 QUADRO MORFO-ESTRUTURAL ................................................................... 59 1.1. Apresentação geral ................................................................................... 59 1.2. Base litológica ......................................................................................... 65 1.3. Tectónica ................................................................................................. 82 1.4. Unidades morfo-estruturais .................................................................... 107 Capítulo 2 FORMAS DO RELEVO .................................................................................... 129 2.1. Formas culminantes ............................................................................... 131 2.2. Níveis aplanados .................................................................................... 147 2.3. Formas de erosão fluvial condicionadas estruturalmente .......................... 164 1 4 Capítulo 3 DEPÓSITOS DE COBERTURA ....................................................................... 213 3.1. Metodologia de análise dos depósitos de vertente .................................... 214 3.2. Depósitos de vertente essencialmente xistosos ......................................... 222 3.3. Depósitos associados às cristas quartzíticas.............................................. 291 3.4. Considerações morfogenéticas e morfocronológicas sobre os depósitos — Síntese comparativa .......................................................................... 308 Capítulo 4 HIDROCLIMATOLOGIA, PRINCIPAL CAUSA DA MORFOGÉNESE E DA EVOLUÇÃO RECENTE E ATUAL DAS VERTENTES........................... 323 4.1. Evolução recente das condições climáticas .............................................. 324 4.2. Escoamento fluvial. Influência no escavamento dos vales ........................ 347 Capítulo 5 INTERVENÇÃO ANTRÓPICA E ALTERAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS ......... 407 5.1. O Homem nas suas relações com o meio ................................................ 408 5.2. Impacte ambiental dos incêndios florestais ............................................. 442 5.3. Morfogénese e evolução atual das vertentes ............................................. 468 SÍNTESE E CONCLUSÃO ............................................................................... 531 r e s u m o Esta dissertação visa contribuir para o conhecimento geomorfológico e geoecológico das Serras de Xisto do sector ocidental da Cordilheira Central Portuguesa. A primeira parte do trabalho trata, sobretudo, da análise geomorfológica e desenvolve -se por três capítulos, cada um deles versando, respetivamente, sobre o quadro morfo -estrutural, as formas de relevo e os depósitos de cobertura. A segunda parte, em que há mais preocupações de quantificação, aparece mais voltada para o ambiente e denota preocupações mais geoecológicas, corres- pondendo aos capítulos quarto, dedicado à hidroclimatologia, principal causa da morfogénese e da evolução recente e atual das vertentes, e quinto, que versa sobre a intervenção antrópica e as alterações dos ecossistemas. Esta segunda parte, a mais atual, centra-se no papel desempenhado pelo ser humano, enquanto principal responsável pela evolução das vertentes ao longo do último milénio, ressaltando -se a construção dos campos agrícolas. Apontam-se, também, as consequências do êxodo rural para a economia de subsistência, alicerçada na complementaridade agro-silvo-pastoril que, até então, constituía a base de sobrevivência das comunidades serranas. Abordam -se ainda os incêndios florestais e salienta-se a sua contribuição para a aceleração da evolução atual das vertentes, mas cujas consequências não se confinam apenas aos aspetos geomorfológicos, pois interferem também do ponto de vista geoecológico, contribuindo para intensificar, ainda mais, a rápida mutação a que os espaços serranos estão a ser sujeitos. O ser humano, antes como interventor direto, e agora, na atualidade, por omissão e falta de intervenção, é o principal fator desencadeante e, ao mesmo 1 6 tempo, o motor da rápida evolução das vertentes serranas, na medida em que cria condições que alteram aquilo que seria a atuação normal dos processos erosivos naturais e, por conseguinte, aceleram a evolução das vertentes. a B s t r a c t Schist Mountains of the Central Range Contribution to their geomorphological and geo -ecological knowledge This thesis aims to contribute to the geomorphological and geo -ecological knowledge of the Schist Mountains in the western sector of the Portuguese Central Range. The first part of this research deals with the geomorphological analysis and is developed in three chapters: the morpho-structural framework, the landforms and the alluvial deposits, respectively. The second part, centred in the quantification of processes, is more focused on the environment and shows more geo -ecological concerns. It corresponds to chapters fourth and fifth; the former is dedicated to the hydro -climatology, which is the main agent of the morphogenesis and of the recent and current evolution of the slopes, whilst the latter addresses the human intervention and the ecosystems changes. This second part, the current one, focuses on the role played by man, as the main responsible agent for the evolution of the slopes over the last millennium, in which the construction of agricultural fields is emphasized. The consequences of the rural exodus to the subsistence economy were also analysed, based on the agro -ecological complementarity that, until then, was the basis of survival of mountain communities. This research also covers forest fires, highlighting their contribution to the acceleration of the current evolution of the slopes, but whose consequences are not confined to the geomorphological aspects, since they also interfere in terms